tag:blogger.com,1999:blog-90015753473371437192024-02-20T17:12:53.059-08:00Temporário Blog Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.comBlogger890125tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-68564111258922006732014-09-23T03:31:00.001-07:002014-09-23T03:31:49.352-07:00Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-32436128775865251552014-04-14T04:16:00.001-07:002014-04-14T04:16:44.479-07:00Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-2060586434236856202013-12-03T03:01:00.000-08:002013-12-03T03:01:05.391-08:00Mirian Goldenbergfolha de são paulo<br />
<h1 style="font-family: tahoma, helvetica, sans-serif; font-size: 27px; line-height: 32px; margin: 0px 0px 10px;">
Homens bobos e mulheres chatas?</h1>
<div id="articleBy" style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; margin: 0px;">
</div>
<div class="article_recommend" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 40px; line-height: 18px;">
<div class="rs_folha">
<div class="rs_skip rsbtn rs_preserve" id="readspeaker_button" style="left: 15px; margin-top: 0px !important; position: relative; top: 17px;">
<a accesskey="L" href="" id="listen" style="color: #000066; cursor: pointer; float: left; margin-top: 5px; text-decoration: underline !important;"><img alt="Ouvir o texto" src="http://f.i.uol.com.br/folha/homepage/images/ouvir_pt_br-black.gif" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block;" /></a></div>
</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
O sociólogo francês Claude Fischler afirmou que, de acordo com suas pesquisas em diferentes países, as pessoas gostam e não gostam das mesmas coisas. Em geral, as pessoas não gostam de trabalhar. Mas gostam, e muito, de fazer sexo, de comer e de brincar.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Portanto, em função desses gostos, o pior momento do dia é aquele em que acordam cedo e têm que ir para o trabalho. E os momentos mais prazerosos e felizes são quando estão fazendo amor, comendo ou brincando.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Nas minhas pesquisas, chama muita atenção a diferença entre os gêneros com relação ao humor e à brincadeira.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Os homens dizem que brincam mais do que as mulheres. Além disso, enquanto eles dizem que já se divertem o suficiente, mais da metade das mulheres confessou que gostaria de rir e de brincar muito mais.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Mais interessante ainda foi o olhar de cada gênero sobre o humor e as risadas. Os homens não apontaram nenhum defeito em quem ri muito. Já as mulheres foram categóricas: quem dá muitas risadas pode ser visto como bobo, superficial, infantil, idiota, inconveniente e inoportuno.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Para muitas mulheres, aqueles que nunca riem ou riem de forma controlada demonstram seriedade, comprometimento, concentração, sobriedade e impõem respeito.<br />E por que, afinal, as mulheres são tão sérias e quase não brincam?</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
A explicação dada pelas próprias mulheres é que brincar muito pode ser malvisto pela sociedade. Pode pegar mal profissionalmente. Elas temem parecer vulgares, superficiais e irresponsáveis.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Como disse um jornalista de 32 anos: "Os homens gostam de dar risada, tomando cerveja e falando bobagens com os amigos. As mulheres adoram uma DR: discutir a relação. Já os homens preferem outro tipo de DR: dar risada".</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Escrevi um artigo científico sobre a importância da brincadeira e do humor na cultura brasileira com o meu querido amigo Bernardo Jablonski, psicólogo social que faleceu em 2011.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Ele lembrou uma frase do humorista Claudio Torres Gonzaga que reflete os resultados das minhas pesquisas: "As diferenças entre homens e mulheres podem ser resumidas numa única frase: os homens são bobos e as mulheres são chatas. O resto é decorrência". Será?</div>
<div class="biography" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 20px 0px;">
<img alt="mirian goldenberg" height="70" src="http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11333760.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; float: left; margin: 10px;" width="70" /><div style="background-color: #00b7f0; color: white; min-height: 50px; padding: 20px 10px;">
<b>Mirian Goldenberg</b> é antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autora de "Coroas: corpo, envelhecimento, casamento e infidelidade" (Ed. Record). Escreve às terças, a cada 15 dias na versão impressa de "Equilíbrio".</div>
<ul style="font-size: 11px; list-style: square inside none; margin: 0px; padding: 10px 0px;">
<li style="border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; display: inline; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 3px;"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/colunas/miriangoldenberg/" style="color: #666666;">Leia as colunas anteriores</a></li>
</ul>
</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-41863712502539237532013-12-03T02:56:00.000-08:002013-12-03T02:56:04.404-08:00Vladimir Safatlefolha de são paulo<br />
<h1 style="font-family: tahoma, helvetica, sans-serif; font-size: 27px; line-height: 32px; margin: 0px 0px 10px;">
O mais caro do mundo</h1>
<div id="articleBy" style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; margin: 0px;">
</div>
<div class="article_recommend" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 40px; line-height: 18px;">
<div class="rs_folha">
<div class="rs_skip rsbtn rs_preserve" id="readspeaker_button" style="left: 15px; margin-top: 0px !important; position: relative; top: 17px;">
<a accesskey="L" href="" id="listen" style="color: #000066; cursor: pointer; float: left; margin-top: 5px; text-decoration: underline !important;"><img alt="Ouvir o texto" src="http://f.i.uol.com.br/folha/homepage/images/ouvir_pt_br-black.gif" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block;" /></a></div>
</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Ao que parece, chegou a hora de saudar o Brasil como o novo país "do mais caro do mundo". Foram necessárias décadas para alcançar tamanha conquista e, ao que parece, desta vez ela veio para ficar. Afinal, anos de trabalho árduo permitiram aos brasileiros ter o prazer de pagar o dobro no mesmo carro que outros mortais compram sem tanto sacrifício.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Atualmente, ser brasileiro é ter a satisfação de levar para casa o console Xbox mais caro do mundo. É poder humilhar os estrangeiros ao dizer o preço que pagamos em passagens aéreas, escolas, aluguéis e imóveis arrebentados em lugares com fios elétricos na frente da janela.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Para chegar a este estágio, foi necessário não apenas um conjunto substantivo de equívocos econômicos. Foi preciso muita cegueira ideológica para engolir a ladainha de que nosso troféu de "o mais caro do mundo" foi conquistado exclusivamente através dos impostos mais elevados e dos altos custos trabalhistas.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Não, meus amigos. Só em um mundo (como esse em que alguns liberais vivem) sem países como França, Alemanha ou Suécia o Brasil teria os impostos mais altos. Se nos compararmos aos EUA, veremos que a contribuição fiscal per capita de um brasileiro (US$ 4.000) é bem menor do que a de um norte-americano (US$ 13.550).</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Na verdade, depois que se inventa o inimigo, é mais fácil esconder o verdadeiro responsável. Nosso troféu de "o mais caro do mundo" deve ser dedicado a esses batalhadores silenciosos do desastre econômico, a esses companheiros de todos os governos brasileiros: o oligopólio e a desigualdade.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
A desigualdade econômica, esta todo mundo conhece. Ela fingiu por um momento que estava se deixando controlar, mas deu não mais que uma unha para permanecer com todos os gordos dedos. Sempre se combateu desigualdade com revolução fiscal que taxasse os ricos, punisse radicalmente a evasão fiscal e limitasse os grandes salários. Mas, no país "do mais caro do mundo", o tema é tabu. Assim, uma classe de milionários pode empurrar alegremente os preços para cima porque não tem problema algum em pagar pelo mesmo o seu dobro, desde que as lojas ofereçam manobrista VIP e água com gás na saída do estacionamento.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Já a nova onda de oligopólios é uma das grandes contribuições da engenharia econômica do lulismo: os únicos governos de esquerda da galáxia que contribuíram massivamente para a cartelização de todos os setores-chaves da economia. Com uma política de auxiliar a formação de oligopólios via empréstimos do BNDES, o governo conseguiu fazer uma economia para poucos empresários amigos. Nela, não há concorrência. Assim, os preços descobriram que, no Brasil, o céu é o limite.</div>
<div class="biography" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 20px 0px;">
<img alt="vladimir safatle" height="70" src="http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11130465.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; float: left; margin: 10px;" width="70" /><div style="background-color: #00b7f0; color: white; min-height: 50px; padding: 20px 10px;">
<b>Vladimir Safatle</b> é professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP (Universidade de São Paulo). Escreve às terças na Página A2 da versão impressa.</div>
<ul style="font-size: 11px; list-style: square inside none; margin: 0px; padding: 10px 0px;">
<li style="border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; display: inline; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 3px;"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/" style="color: #666666;">Leia as colunas anteriores</a></li>
</ul>
</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-91406776775623292522013-12-03T02:43:00.003-08:002013-12-03T02:43:16.480-08:00José Simãofolha de são paulo<br />
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="title" style="font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Ueba! Papuda Padrão Fifa!</div>
<div class="eye" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 2px; border-top-color: rgb(102, 102, 102); border-top-style: solid; border-top-width: 2px; font-style: italic; font-weight: bold; padding: 7px 0px; width: 317px;">
E sabe qual o novo apelido dos tucanos? Tucanóquio! Tucano, quando fala, o bico cresce! Rarará!</div>
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta: "Vencedora da Miss Transexual Latinoamérica é argentina da cidade de PIRPINTOS", rarará!<br />
E atenção! Manifestantes petistas vão a Brasília para uma nova exigência, petistas gritam: "PAPUDA PADRÃO FIFA! Queremos Papuda Padrão Fifa!" Rarará!<br />
E a manchete do "Piauí Herald": "Inspirado por Dirceu, Delúbio será revendedor da Avon". O Delúbio vai revender Avon na Papuda! Ops, na Barbuda! Vai vender hidratante de barba!<br />
Já imaginou ele tocando a campainha das celas: "Tin tón! Avon chama". Rarará!<br />
E mais: diz que o Luiz Carlos Barreto vai fazer um filme no lobby do hotel do Dirceu: "Deu a Louca na Camareira". Com Zé de Abreu, Paulo Betti e Angelina Jolie! A Angelina é mensaleira! Rarará!<br />
E o helipóptero? O helipóptero da família do senador Zezé Perrella? Esparrella! Sabe como é o barulho do helipóptero do senador Espórrella? "Pó Pó Pó Pó!"<br />
E diz que o MP de Minas vai processar o helipóptero por carregar meia tonelada de cocaína sozinho. Proprietários e pilotos foram enganados! É um transformer! Um fusca do Itamar que virou helipóptero, que vai virar abóbora! O helipóptero vai virar abóbora!<br />
E a charge do Aroeira com o piloto do helipóptero falando mineirês: "Pó pousar? Pó pousar?". "Pó pousar o pó, pô!". Rarará!<br />
E condenação mesmo é ficar solto, com um salário mínimo por mês, tomando metrô na praça da Sé às seis da tarde e, quando chega em casa, encontra a sogra de chinelo e calcanhar rachado! Isso é que é uma Papuda Padrão Fifa!<br />
E sabe qual o novo apelido dos tucanos? Tucanóquio! Tucano, quando fala, o bico cresce! Rarará!<br />
E a popularidade do Haddad? O Haddad foi aumentar o IPTU e a casa caiu! Rarará!<br />
É mole? É mole, mas sobe!<br />
O Brasil é Lúdico! Olha esse cartaz num poste aqui em São Paulo: "Evite solidão! Consertamos o seu PlayStation".<br />
E essa placa em Pindaçu, na Bahia: "Caldo de cana! A 200 metros atrás!". Rarará. E esse restaurante em Sorocaba: "Aqui Se Come". Ué, e se fosse uma sorveteria seria: "Aqui Se Chupa?" Rarará!<br />
Hoje, só amanhã!<br />
Nóis sofre, mas nóis goza!<br />
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!<br />
<div class="text_footer" style="font-size: 15px;">
<a href="mailto:simao@uol.com.br" style="color: #666666;" target="_blank"><b>simao@uol.com.br</b></a><br />
<a href="http://twitter.com/@jose_simao" style="color: #666666;" target="_blank"><b>@jose_simao</b></a></div>
</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-47735711946335050972013-12-03T02:32:00.003-08:002013-12-03T02:32:45.645-08:00Helio Schwartsmanfolha de são paulo<br />
<div class="title" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
O que esperar do futuro?</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
<b>SÃO PAULO</b> - À primeira vista, o povo enlouqueceu. Segundo o Datafolha, 59% dos brasileiros acham que a inflação vai aumentar e 43% apostam na alta do desemprego. Não obstante, 56% creem que sua situação econômica pessoal vai melhorar. Como conciliar essas asserções aparentemente contraditórias?</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Meu palpite é o de que a explicação está não na economia, mas na psicologia, mais especificamente nas tinturas com as quais encaramos o futuro. Apesar da exuberância de temperamentos humanos, há entre nós uma tendência para o otimismo local e o pessimismo global.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
No plano pessoal, nutrimos a mais generosa das predisposições. É o que os psicólogos chamam de viés da superioridade ilusória ou efeito lago Wobegon, "um lugar onde todas as mulheres são fortes, todos os homens, bonitos, e todas as crianças estão acima da média".</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Temos uma confiança pouco razoável em nós mesmos e nossas capacidades. Isso se traduz em paradoxos estatísticos como o fato de 87% dos alunos de MBA de Stanford julgarem sua performance acadêmica acima da mediana da escola ou 93% dos americanos acreditarem que são motoristas mais hábeis que a média. Num estudo, pacientes de câncer se revelaram mais otimistas com seu futuro do que os controles saudáveis.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Nas atividades em que nossa performance afeta o resultado, é útil nutrir autoconfiança. Se eu imaginar que consigo realizar uma tarefa, tenho mais chance de sucesso do que se achar que fracassarei logo de cara.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Na esfera global, isto é, em relação a coisas sobre as quais não temos nenhum controle, a lógica se inverte. Aqui, leva vantagem quem se prepara para o pior, ou seja, o pessimista. Se seu catastrofismo não se confirma, ele fez papel de bobo, mas, se a cautela extra era motivada, ela pode ter-lhe garantido a descendência.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Alguns séculos de civilização e aulas de matemática não bastaram para mudar essa visão de mundo.</div>
<div class="text_footer" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 15px;">
<a href="mailto:helio@uol.com.br" style="color: #666666;" target="_blank"><b>helio@uol.com.br</b></a></div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-25459934224576167612013-12-03T02:16:00.001-08:002013-12-03T02:16:21.387-08:00As perversões de Lulu e Bolinha - Claudia Colluccifolha de são paulo<br />
<h1 style="font-family: tahoma, helvetica, sans-serif; font-size: 27px; line-height: 32px; margin: 0px 0px 10px;">
As perversões de Lulu e Bolinha</h1>
<div id="articleBy" style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; margin: 0px;">
</div>
<div class="article_recommend" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 40px; line-height: 18px;">
<div class="rs_folha">
<div class="rs_skip rsbtn rs_preserve" id="readspeaker_button" style="left: 15px; margin-top: 0px !important; position: relative; top: 17px;">
<a accesskey="L" href="" id="listen" style="color: #000066; cursor: pointer; float: left; margin-top: 5px; text-decoration: underline !important;"><img alt="Ouvir o texto" src="http://f.i.uol.com.br/folha/homepage/images/ouvir_pt_br-black.gif" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block;" /></a></div>
</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Enquanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) planeja retirar as perversões sexuais (como do sadomasoquismo e o <a href="http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/12/1378921-transexualismo-deve-sair-da-lista-de-doencas-mentais.shtml" style="color: #666666;">travestismo fetichista</a> ) do rol de transtornos mentais, outro tipo de perversidade ganha terreno no campo da sexualidade.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Refiro-me a essa absurda exposição da intimidade de mulheres e homens na internet seja por meio dos aplicativos Lulu e Tubby (nome inglês do personagem Bolinha) seja pela divulgação de vídeos íntimos, já relacionados a dois <a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/12/1379103-garotas-foram-encontradas-enforcadas-apos-fotos-e-videos-publicados-na-internet.shtml" style="color: #666666;">casos de suicídios de adolescentes</a>.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Lulu, para os poucos que ainda não sabem, é um app em que mulheres avaliam anonimamente o desempenho sexual de homens. Já o Tubby, a revanche masculina, chega aos smartphones amanhã com o slogan "sua vez de descobrir se ela é boa de cama". Lixo, é o que eu acho de ambos.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Na psicologia, o fenômeno já tem nome: pornografia de vingança, uma reedição da violência de gênero. O assunto é muito sério e deveria estar sendo amplamente discutido em casa, nas escolas e nas diversas mídias.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Como bem lembrou recentemente a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos em sexualidade da USP, desde que o mundo é mundo, a rejeição leva a atos de vingança. Mas, com a tecnologia digital, a internet e as redes sociais, a vingança pode tomar proporções gigantescas. E se tornar devastadora, como vimos nesses dois casos das meninas que se mataram.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Ainda que os mais jovens vivam hoje a sexualidade de forma mais livre, muitos, especialmente os adolescentes, ainda estão aprendendo a se relacionar. Muitas vezes se expõem a brincadeiras que podem acabar mal. Depois, não sabem lidar com sentimentos gerados por essa exposição pública da sexualidade. A menina se sente humilhada, como se isso comprometesse sua vida inteira.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Algumas iniciativas já começam a surgir com o intuito de barrar isso. No Congresso, tramita um projeto de lei criado pelo deputado federal Romário (PSB-RJ) que prevê penas de um a três anos contra o responsável pela divulgação de vídeos ou fotos íntimas.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
O projeto tramita em conjunto com outros que falam sobre a proteção contra condutas ofensivas contra a mulher na internet ou em outros meios de propagação da informação.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Ontem, o <a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/12/1379824-ministerio-publico-abre-inquerito-contra-aplicativo-lulu-e-facebook.shtml" style="color: #666666;">Ministério Público do Distrito Federal</a> instaurou inquérito civil público para apurar danos morais causados pelo aplicativo Lulu, capaz de "ofender direitos da personalidade de milhões de usuários do sexo masculino".</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Saudade daquela época em que Luluzinha era só a menina heroína de cachinhos, que usava boina e vestido vermelhos, e o Bolinha, o gorducho líder do clubinho onde menina não entrava...</div>
<div class="biography" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 20px 0px;">
<img alt="cláudia collucci" height="70" src="http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/12304341.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; float: left; margin: 10px;" width="70" /><div style="background-color: #00b7f0; color: white; min-height: 50px; padding: 20px 10px;">
<b>Cláudia Collucci</b> é repórter especial da <b>Folha</b>, especializada na área da saúde. Mestre em história da ciência pela PUC-SP e pós graduanda em gestão de saúde pela FGV-SP, foi bolsista da University of Michigan (2010) e da Georgetown University (2011), onde pesquisou sobre conflitos de interesse e o impacto das novas tecnologias em saúde. É autora dos livros "Quero ser mãe" e "Por que a gravidez não vem?" e coautora de "Experimentos e Experimentações". Escreve às quartas, no site.</div>
</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-48628332759589914612013-12-03T02:06:00.003-08:002013-12-03T02:06:40.321-08:00Rosely Sayãofolha de são paulo<br />
<h1 style="font-family: tahoma, helvetica, sans-serif; font-size: 27px; line-height: 32px; margin: 0px 0px 10px;">
Avós, filhos e netos</h1>
<div id="articleBy" style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; margin: 0px;">
DE SÃO PAULO</div>
<div class="article_recommend" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 40px; line-height: 18px;">
<div class="rs_folha">
<div class="rs_skip rsbtn rs_preserve" id="readspeaker_button" style="left: 15px; margin-top: 0px !important; position: relative; top: 17px;">
<a accesskey="L" href="" id="listen" style="color: #000066; cursor: pointer; float: left; margin-top: 5px; text-decoration: underline !important;"><img alt="Ouvir o texto" src="http://f.i.uol.com.br/folha/homepage/images/ouvir_pt_br-black.gif" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block;" /></a></div>
</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Qual o papel dos avós no mundo atual? Essa tem sido uma questão muito visitada por pais com filhos pequenos ou nem tanto, e também por seus próprios pais, ou seja, os avós das crianças e dos adolescentes.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Há muitas reclamações do lado dos adultos --recíprocas, por sinal -- e talvez elas sejam um dos principais motivos que tem levado muita gente a pensar no assunto. Vamos levantar algumas questões nesse tema tão antigo e, ao mesmo tempo, tão novo.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Por que seria esse um tema novo? Porque desde que a família começou a mudar e a ganhar diversos desenhos e novas dinâmicas, desde que perdemos as referências sociais rígidas, mas que eram consideradas seguras, sobre o que é ser homem e o que é ser mulher, desde que os papéis de pai e de mãe passaram a mudar, os avós entraram em crise.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Tradicionalmente, avós são velhos, e um grupo de avós de hoje não quer ser reconhecido como tal. Velhos são os bisavós, cada vez mais frequentes na vida familiar devido ao aumento da longevidade e, eles sim, com direito a ter cabelos brancos e agenda livre.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Assim, há um grupo de avós que pouco tempo tem para os netos porque estão muito envolvidos com a própria vida. Há, inclusive, avós que tem filhos quase da mesma idade que seus netos. Esse é um fenômeno bem novo, não é?</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Há também um grupo de avós que gostariam de se envolver com seus netos, mas que têm poucas chances de atuar à sua maneira com as crianças porque seus filhos não querem muitas interferências na maneira de tratar seus --SEUS-- filhos. Quando eles precisam da presença dos avós com a criança, deixam orientações expressas sobre como agir em todas as situações. E sobre como não agir também.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Uma questão frequente desse grupo de pais é: como ensinar meu filho a não fazer determinada coisa em casa se os avós, na casa deles, permitem? Muitos têm se desvencilhado dessas situações simplesmente diminuindo as visitas aos avós. Como se as crianças não soubessem diferenciar os contextos que frequentam e as pessoas com quem convivem!</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E há, também, um grupo de avós que acredita ocupar o lugar de seus filhos em relação aos netos: ficam com eles boa parte do tempo, cuidam, educam etc., porque seus filhos pouco tempo têm por causa do envolvimento extremo com a vida profissional.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Certamente há ainda outros grupos de avós aqui não mencionados, mas uma coisa é certa para todos eles: ser avó ou avô no mundo contemporâneo supõe a diversidade de papel, o que implica em criação e inovação, o que é muito bom.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Entretanto, mesmo com toda essa variedade de avós, todos devem --e podem-- afetar a vida de seus netos. Aliás, qual o sentido de ser avó se não for para isso?</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
A experiência de vida, a maturidade mesmo que com aparência juvenil, a paciência, a complacência, a generosidade, a tranquilidade, os valores e a sabedoria dos avós podem afetar positivamente os seus netos.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E tudo isso vai se expressar ora no momento de negar algo com firmeza carinhosa, ora no momento de relevar um comportamento teimoso, ora quando dá vontade de mimar o neto e na hora de narrar a história da família, de sua cultura, de suas tradições. Avós podem ser ótimos contadores de histórias da família, do conhecimento e da humanidade.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Avós e netos têm o direito a tudo isso, não é verdade?</div>
<div class="biography" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 20px 0px;">
<img alt="rosely sayão" height="70" src="http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11133711.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; float: left; margin: 10px;" width="70" /><div style="background-color: #00b7f0; color: white; min-height: 50px; padding: 20px 10px;">
<b>Rosely Sayão</b>, psicóloga e consultora em educação, fala sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação. Escreve às terças na versão impressa de "Cotidiano".</div>
<ul style="font-size: 11px; list-style: square inside none; margin: 0px; padding: 10px 0px;">
<li style="border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; display: inline; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 3px;"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/" style="color: #666666;">Leia as colunas anteriores</a></li>
</ul>
</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-40274535328496524192013-12-03T01:52:00.000-08:002013-12-03T01:52:34.521-08:00João Pereira Coutinhofolha de são paulo<br />
<span style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 39px; font-weight: bold;">Herodes, esse incompreendido</span><br />
<div class="eye" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 2px; border-top-color: rgb(102, 102, 102); border-top-style: solid; border-top-width: 2px; color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; font-style: italic; font-weight: bold; padding: 7px 0px; width: 317px;">
Para uma criança em sofrimento, apresentar-lhe a morte como alternativa é um gesto de obscenidade</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
O jornalista Paulo Francis, que adorava crianças malcomportadas, costumava dizer que Herodes tinha sido um incompreendido. Pena que Francis não esteja entre nós para contemplar o que se passa na Bélgica. O espírito de Herodes está vivo por aquelas bandas e o país está a um passo de legalizar a eutanásia para crianças.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Verdade que a Bélgica sempre foi bastante "liberal" (peço desculpa pelo uso abusivo do termo) nessas matérias. Segundo os manuais da especialidade, a eutanásia (ativa ou passiva) existe para terminar com o sofrimento intolerável (e incurável) de um doente.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
O médico pode matar o paciente (eutanásia ativa), ou, em alternativa, pode suspender certos tratamentos que terão o mesmo fim (eutanásia passiva).</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Seja como for, havia pelo menos um entendimento mínimo de que a eutanásia era um expediente extremo, só aplicável a situações extremas.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Acontece que a Bélgica foi alargando os casos de "situações extremas". Sim, um doente terminal com câncer cumpre os requisitos para uma injeção letal. Mas o que dizer de uma pessoa em profundo sofrimento psicológico ou acometida por uma deficiência irreversível como a cegueira?</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Se o argumento da autonomia é o mais importante nas questões de vida ou morte, não devemos respeitar também a autonomia de alguém que não deseja mais viver porque habitar as trevas --psicológicas, sensoriais-- não é destino que se deseje para ninguém?</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Foi assim que a Bélgica começou a praticar estas formas de eutanásia "à la carte" muito para além dos casos clássicos de sofrimento irreversível. O passo seguinte --eutanásia para crianças-- era apenas uma questão de tempo.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Posição pessoal: sou favorável a que os médicos façam tudo para minorar a dor (mesmo que esses cuidados paliativos tenham como "duplo efeito" a morte a prazo do paciente --por exemplo, com injeções crescentes de morfina).</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
E, além disso, admito situações de eutanásia passiva em que se retiram meios artificiais que apenas adiam artificialmente o fim de qualquer existência. Entre esses meios artificiais não estão, logicamente, o oxigênio, a água e a alimentação. Matar um ser humano por asfixia, sede ou fome não faz parte da minha cartilha.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Mas também não faz parte da minha cartilha os argumentos autônomos e utilitaristas que normalmente são avançados para defender a eutanásia ativa.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Sobre os argumentos utilitaristas --há certos meios (matar o paciente) que são legítimos para se atingir certos fins (evitar o sofrimento do paciente)--, convém não levarmos demasiado longe esse raciocínio de "meios e fins". Caso contrário, também podemos defender, sem nenhuma contradição, que existem certos meios (matar quem defende matar pacientes) para se atingirem certos fins (salvar a vida dos pacientes).</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Sobre os argumentos de autonomia individual, a questão não está em saber se a autonomia é um valor fundamental. Claro que é. A questão está antes em saber até que ponto alguém em sofrimento considerável continua a ser o melhor juiz em causa própria. Sobretudo quando existem alternativas terapêuticas para diminuir esse sofrimento.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
E, claro, a questão agrava-se quando falamos de crianças. Na lei belga que o Parlamento se prepara para aprovar, a eutanásia poderá ser ministrada a crianças gravemente doentes desde que elas o desejem; desde que os pais o permitam; e desde que um especialista sancione essa escolha.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Cada uma dessas premissas já é um problema por si só. Não vou discutir o que significa para uma civilização alegadamente avançada conceder aos pais (e aos médicos) o direito de matar os filhos. O cenário comenta-se a si próprio.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Fico-me pelos filhos: respeitar a vontade de uma criança que deseja morrer não é apenas um problema legal, que lida com o fato de ela não ter atingido ainda a maioridade. É sobretudo uma forma de desistência moral: para uma criança em sofrimento, apresentar-lhe a morte como alternativa é um gesto de obscenidade que deveria envergonhar uma sociedade de adultos.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
"Herodes, esse incompreendido", dizia Paulo Francis, com perversa ironia. Mal ele imaginava que, na segunda década do século 21, Herodes deixaria de ser uma ironia.</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-52719279129598307272013-12-01T04:03:00.000-08:002013-12-01T04:03:14.200-08:00Cristina Grillofolha de são paulo<br />
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="title" style="font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Padrão Brasil</div>
<b>RIO DE JANEIRO</b> - O novíssimo estádio do Maracanã, aquele no qual se gastou quase R$ 1,2 bilhão em uma reforma e onde daqui a oito meses acontecerá a final da Copa do Mundo, não passou em seu primeiro teste de verdade.<br />
Aqueles que chegaram quarta-feira ao estádio pouco antes do jogo entre Flamengo e Atlético Paranaense, final da Copa do Brasil, puderam ver o bom e velho Maracanã em todo o seu esplendor.<br />
Houve empurra-empurra quando as novas catracas eletrônicas pararam de funcionar, barrando a entrada dos torcedores que ti- nham pago de R$ 250 a R$ 800 por seus ingressos.<br />
Em determinado momento, os portões foram abertos para evitar que pessoas fossem espremidas contra as grades. Muita gente sem ingresso entrou. E muitos com ingresso ficaram do lado de fora.<br />
Em nota, a concessionária que administra o Maracanã negou o problema com as catracas, testemunhado pela <b>Folha</b>, e atribuiu o tumulto a torcedores sem ingressos que tentavam invadir o estádio.<br />
Alguns deles conseguiram entrar, de acordo com o relato da concessionária, depois de ultrapassar a barreira de policiais militares, escalar as catracas, que têm 2,2 m de altura, e passar pelo vão de 50 centímetros entre elas e o teto de concreto. Com tanta capacidade atlética, deveriam ser convocados e treinados para a Olimpíada de 2016.<br />
Lá dentro, gente de pé nos corredores --parece que aquela história de que, depois da reforma, os lugares seriam marcados era só brincadeirinha-- e banheiros imundos, segundo o relato de amigos.<br />
Para os saudosistas, queixosos de que a reforma "padrão Fifa" roubou a alma do Maracanã, os fatos de quarta-feira podem ser um alento. Ali, ao menos naquele dia, vigorou um "padrão Brasil" de final de campeonato.</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-64761678340764065192013-12-01T03:38:00.002-08:002013-12-01T03:38:42.478-08:00Claudia Colluccifolha de são paulo<br />
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="title" style="font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Transexualismo deve sair da lista de doenças mentais</div>
<div class="fine_line" style="font-weight: bold;">
<div style="font-size: 20px !important; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 18px !important;">
Rol de transtornos da Organização Mundial da Saúde será atualizado em 2015</div>
<div style="margin-bottom: 18px !important;">
Mudança é vista como conquista mas também com receio de que isso leve a dificuldades de acesso a tratamentos</div>
</div>
<span class="creditart" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">CLÁUDIA COLLUCCI</span><span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">DE SÃO PAULO</span>A advogada e empresária Márcia Rocha, 47, é travesti. Usa próteses de silicone, tem pênis e se autodefine como bissexual. Foi casada duas vezes com mulheres e tem uma filha de 18 anos.<br />
O webdesigner Leonardo Tenorio, 23, nasceu mulher, mas desde a adolescência se sente homem. Com o uso de hormônio masculino, ganhou barba e esconde os seios sob uma faixa apertada. Agora, ele briga com o plano de saúde pelo direito de fazer uma mastectomia.<br />
Ambos estão prestes a obter uma conquista histórica: deixar de serem classificados como doentes mentais. Hoje, o manual que orienta os psiquiatras considera transexualismo (que passou a se chamar incongruência de gênero) um transtorno.<br />
Mas a nova versão da lista de doenças que orienta a saúde em todo o mundo, a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças), editada pela Organização Mundial da Saúde, deverá eliminar isso.<br />
Vários comportamentos tidos hoje como transtornos, como o sadomasoquismo e o travestismo fetichista, serão varridos da CID. Outros, como o transexualismo, vão mudar de categoria.<br />
Os trans, por exemplo, vão ganhar um novo capítulo, longe das doenças, que deve reunir outras "condições relativas à sexualidade", ainda a serem definidas.<br />
A ordem é "despatologizar" o sexo. "Comportamentos sexuais que são inteiramente privados ou consensuais e que não resultem em danos às outras pessoas não devem ser considerados uma condição de saúde. Não há razão para isso", disse à <b>Folha</b> Geoffrey Reed, diretor de saúde mental da OMS.<br />
Reed esteve em São Paulo em encontro para discutir pesquisas e análises que serão feitas no país sobre as novas propostas. No Brasil, a coordenação dos trabalhos é da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).<br />
Segundo Reed, a ideia é reduzir preconceitos e facilitar o acesso a terapias a quem realmente precisa delas.<br />
"Por que nós, trans, precisamos de um diagnóstico? Por que precisa de um médico para dizer que a pessoa é o que ela é? Nosso direito de autonomia é totalmente ceifado com essa atual patologização", diz Tenorio, presidente da Associação Brasileira de Homens Trans.<br />
<b>POLÊMICA</b><br />
A questão, porém, é complexa. Existe o temor que ao, perder a classificação de doença, esses comportamentos deixem de ser cobertos pelos sistemas de saúde. No Brasil, por exemplo, os transgêneros têm direito a cirurgias de mudança de sexo e outras terapias no SUS.<br />
"Estamos analisando o impacto nas leis da mudança de diagnóstico como um todo para evitar qualquer eventual prejuízo ao acesso aos serviços de saúde", afirma a psiquiatra Denise Vieira, uma das coordenadoras brasileiras da revisão da CID na área de saúde sexual.<br />
Para a cirurgia de troca de sexo no SUS, por exemplo, a pessoa precisa ser avaliada, dois anos antes, por uma equipe de psiquiatra, cirurgião, psicólogo, endocrinologista e assistente social.<br />
Segundo os médicos, o cuidado é porque, se feita em pacientes sem o diagnóstico de transexualismo, pode resultar em distúrbios psíquicos graves e até levar ao suicídio.<br />
Mas a burocracia só ocorre no SUS, segundo a advogada Márcia Rocha, que estampa em seu registro profissional o nome de Marcos Fazzini da Rocha.<br />
"Quem tem dinheiro consegue colocar ou tirar o que quiser", afirma ela, integrante da comissão de direitos da diversidade sexual e combate à homofobia da OAB/SP, citando os próprios seios.<br />
<b>CRIANÇA TRANS</b><br />
Outra polêmica em curso é o diagnóstico da criança trans. Há grupos que defendem que elas não sejam rotuladas como tal na infância porque estudos mostram que, no futuro, muitas tendem a ser gays ou lésbicas, e não transexuais.<br />
Para o psiquiatra Jair de Jesus Mari, professor titular da Unifesp, ainda há várias questões no campo da sexualidade que devem ser levantadas até a conclusão da revisão da CID-11, prevista para ser publicada em 2015.<br />
"Não há um conceito biológico claro do que são transtornos mentais ou de sexualidade. Não vamos dar conta de toda a complexidade do comportamento humano."</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-59853799775840178582013-12-01T03:33:00.003-08:002013-12-01T03:33:48.429-08:00Exposição sexual na rede se alastra e causa vítimasfolha de são paulo<br />
<span style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 20px; font-style: italic;">Casos de 'revenge porn' acabam em linchamento moral de mulheres no país</span><br />
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="fine_line" style="font-weight: bold;">
<div style="margin-bottom: 18px !important;">
Polícia investiga vazamento de imagens de duas adolescentes brasileiras, de 16 e 17 anos, que se suicidaram</div>
</div>
<span class="creditart" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">CIDA ALVES</span><span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">DE SÃO PAULO</span>O "revenge porn" --vingança pornô, em inglês--, prática até então conhecida dos brasileiros por notícias de países como Estados Unidos, chegou de vez ao Brasil.<br />
E já pode ter feito vítimas.<br />
Vídeos e fotos sensuais gravados na intimidade do casal são compartilhados na internet para causar humilhação pública a uma das partes. Assim, as vítimas são expostas ao linchamento moral dentro e fora das redes, e os agressores ficam preservados pelo anonimato virtual.<br />
Pesquisa ainda inédita da ONG Safernet, realizada com quase 3.000 pessoas de 9 a 23 anos, mostra que 20% já receberam textos ou imagens eróticas de amigos e conhecidos e 6% já repassaram esse tipo de conteúdo --a maioria o fez mais de cinco vezes.<br />
Uma vez que ocorre o vazamento desse conteúdo, é quase impossível parar sua propagação, diz o presidente da Safernet Brasil, Thiago Tavares.<br />
"Quando cai na rede é impossível controlar. Há sites que são especializados em divulgar esse tipo de conteúdo. Em minutos, milhares de pessoas têm acesso, salvam e compartilham", explica.<br />
O "revenge porn" é um desdobramento de uma prática muito comum entre adolescentes e que também tem origem nos Estados Unidos --o "sexting". A troca de conteúdo erótico por celular ou na internet tem como principais vítimas mulheres jovens.<br />
<b>VÍTIMAS</b><br />
A polícia ainda investiga quem vazou as imagens de duas meninas que se suicidaram recentemente após serem expostas na internet.<br />
Giana Fabi, 16, de Veranópolis (RS), teve uma foto sua seminua, tirada por um amigo, compartilhada nas redes sociais. Júlia dos Santos,17, de Parnaíba (PI), apareceu em um vídeo de sexo com outro casal que foi compartilhado pelo aplicativo Whatsapp.<br />
Não demorou para o conteúdo estar em sites especializados em divulgar vídeos íntimos que caíram na rede.<br />
Um deles, brasileiro, anunciava o vídeo de Júlia no Twitter até o dia 14 de novembro. Após as notícias do suicídio da garota, foi retirado.<br />
Mas já era tarde. A gravação ainda é encontrada na maior plataforma de vídeos eróticos caseiros do mundo, que figura entre os 20 sites mais acessados do país. Assim, o "revenge porn" acaba contribuindo para outro crime: a pornografia infantil.<br />
Na 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia de São Paulo, um em cada sete casos investigados envolvem a divulgação de fotos e vídeos de adolescentes nas redes sociais.<br />
<div class="text_footer" style="font-size: 15px;">
Colaborou <b>RAFAEL CAPANEMA</b>, de São Paulo</div>
</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="title" style="font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Júlia, 17, e Giana, 16, tiveram imagens íntimas divulgadas</div>
<div class="fine_line" style="font-weight: bold;">
<div style="font-size: 20px !important; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 18px !important;">
As adolescentes, do Piauí e do Rio Grande do Sul, foram encontradas enforcadas dentro de suas casas neste mês</div>
<div style="margin-bottom: 18px !important;">
Outra vítima, de Goiânia, conta que parou de trabalhar e estudar enquanto tenta tirar o vídeo da rede</div>
</div>
<span class="creditart" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">JULIANA COISSI</span><span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">DE SÃO PAULO</span>Júlia, 17, era fã de rap e da cantora Miley Cyrus, frequentava o colégio e um curso técnico de enfermagem. Giana, 16, gostava de salto alto e cursava o ensino médio e um curso de secretariado.<br />
Júlia Rebeca dos Santos, de Parnaíba (PI), e Giana Laura Fabi, de Veranópolis (RS), tinham algo em comum: viviam conectadas à internet.<br />
Elas tiveram a intimidade devassada com a divulgação de fotos e vídeos íntimos. E, com uma diferença de quatro dias, foram achadas enforcadas em casa; Júlia, no dia 10, e Giana, no dia 14. As suspeitas são de suicídio.<br />
A polícia e familiares questionam: por que alguém espalhou essas imagens?<br />
O delegado Marcelo Ferrugem disse que um adolescente foi interrogado e admitiu o envio a quatro amigos de uma foto de Giana com os seios à mostra. A imagem foi gravada por ele em uma conversa com a garota pelo programa Skype, há seis meses.<br />
À polícia, ele nega ter vivido um relacionamento amoroso com Giana.<br />
No caso de Júlia, a Polícia Civil do Piauí analisa quem espalhou um vídeo no qual ela aparece mantendo relações sexuais com uma garota e um jovem, todos menores de idade.<br />
Segundo o delegado James Guerra Júnior, as imagens, a princípio, dão a entender que a própria Júlia filmou a cena.<br />
Os celulares dos três passam por perícia para checar se foi a partir de um deles que o vídeo foi compartilhado.<br />
<b>CHOQUE</b><br />
Para as famílias, os últimos dias foram de assédio da mídia, comentários póstumos bons e ruins na internet, mas principalmente de choque.<br />
"Por que acabar assim com a própria vida? Por uma coisa tão pequena?", repete várias vezes à <b>Folha</b> o pai de Giana, o motorista Marcos Gilmar Fabi, 48. Ele não poupa elogios à filha caçula: uma menina simpática, "que não fazia distinção de ninguém".<br />
Daniel Aranha, 28, primo de Júlia, a descreve como uma menina "cercada do amor da família, que gostava de cantar alto músicas no meu carro".<br />
Mais velha de três filhos, a garota de Parnaíba costumava ir com a tia a uma igreja evangélica aos domingos.<br />
A família tenta se refazer do impacto da morte. "Ainda não caiu a ficha, sabe? Parece que daqui a pouco vamos buscá-la na escola ou ela vai chegar", afirma o primo.<br />
Ana Luiza Mano, do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática, explica que as vítimas se deixam filmar por acharem que estão num contexto de confiança e que aquele momento ficará só entre os envolvidos.<br />
Quando a confiança é quebrada, têm de enfrentar a pressão social.<br />
Foi o caso da estudante Fran Santos, 19, de Goiânia, que tenta reconstruir sua vida desde que foi exposta na internet, em outubro.<br />
"Parei de trabalhar e estudar. Na rua as pessoas ficam olhando e comentando. Já até tentaram tirar foto minha no ônibus", conta Fran, que teve um vídeo de sexo divulgado na internet por um rapaz com quem se relacionou.<br />
A jovem tenta retirar o conteúdo da rede --sem muita esperança de que vá conseguir. "Infelizmente está cada dia mais comum. Não fui a primeira e não serei a última".<br />
<div class="text_footer" style="font-size: 15px;">
Colaborou <b>CIDA ALVES</b>, de São Paulo</div>
</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-65532281563278953672013-12-01T03:30:00.000-08:002013-12-01T03:30:16.256-08:00Clube da bolinha - Cida Alvesfolha de são paulo<br />
<span style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 39px; font-weight: bold;">Clube da bolinha</span><br />
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="fine_line" style="font-weight: bold;">
<div style="font-size: 20px !important; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 18px !important;">
Serviço Lulu, que permite que as mulheres avaliem os homens e permaneçam anônimas, foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais</div>
</div>
O serviço Lulu, em que mulheres avaliam homens anonimamente, passou os últimos dias entre os aplicativos mais baixados e os assuntos mais comentados nas redes sociais.<br />
Segundo a empresa responsável, a Luluvise, fundada em Londres e em processo de mudança para Nova York, o app já registrou mais de 5 milhões de visitas, 100 milhões de perfis visualizados e 1 milhão de avaliações.<br />
O Brasil foi o primeiro país a receber uma versão local. Em passagem por São Paulo, a executiva-chefe da companhia e criadora do Lulu, a jamaicana Alexandra Chong, 32, disse que permitir às mulheres se vingarem de seus ex-namorados não é o objetivo principal do app.<br />
"Nós desenhamos o produto para que ele seja uma experiência muito mais positiva do que negativa. O Lulu é um lugar seguro para que as mulheres compartilhem informações e usem-nas para tomar decisões melhores. Nós amamos os homens."<br />
As avaliações são feitas por meio de um questionário e pela adição de características positivas ou negativas predefinidas em forma de hashtags, como #RespeitaAsMulheres e #ApaixonadoPelaEx.<br />
Uma delas, que fazia referência a pênis pequeno, #NãoFazNemCócegas, foi retirada pela empresa após reclamações.<br />
"O Lulu não foi feito para ferir os sentimentos de ninguém. Contratamos revisores locais para a tradução, mas essa hashtag escapou", afirma Alexandra.<br />
A expressão que representa a condição oposta (#TrêsPernas), porém, segue no ar.<br />
<b>AMEAÇAS DE PROCESSO</b><br />
O sucesso do Lulu motivou ameaças de processo, como a do estudante de direito Felippo de Almeida Scolari, 28. "Meu perfil tinha informações sobre a minha intimidade disponíveis para qualquer um. Não gostei porque eu não autorizei que minha conta do Facebook estivesse ali", diz.<br />
Alexandra afirma que a empresa ainda não recebeu nenhuma notificação oficial.<br />
"O Lulu é provocativo, diferente, nunca foi feito antes. Demora um pouco para as pessoas se acostumarem e entenderem como ele funciona. Nós passamos muito tempo nos certificando de que estamos de acordo com as leis locais", garante.<br />
Ela diz que nunca criaria um Lulu para homens, mas que não se incomoda se alguém o fizer.<br />
"Dou todo apoio a quem quiser inovar e criar. Quando apresentamos o Lulu nos EUA, imediatamente ouvimos caras dizendo que lançariam um Lulu para homens na semana seguinte, no mês seguinte, e eles nunca chegaram."<br />
Segundo Alexandra, a versão atual do Lulu é apenas a fase inicial de um produto maior dirigido às mulheres, que abrangerá temas como beleza, saúde e carreira.<br />
<div class="text_footer" style="font-size: 15px;">
Colaborou <b>CIDA ALVES</b>, de São Paulo</div>
</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
<div class="title" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Legislação genérica favorece impunidade</div>
<div class="fine_line" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; font-weight: bold;">
<div style="font-size: 20px !important; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 18px !important;">
Projetos no Congresso propõem punições</div>
</div>
<span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">DE SÃO PAULO</span><br />
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
O "revenge porn" encontra na impunidade um estímulo para se propagar pelas redes.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
A falta de leis específicas e de delegacias especializadas faz com que o tempo de resposta da Justiça seja inversamente proporcional à rapidez com que um vídeo íntimo se espalha pela internet.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
"Buscar por justiça tem sido muito frustrante", afirma a estudante Thamiris Sato, 21, que teve fotos divulgadas na internet pelo ex-namorado.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
"O cara vai lá, posta, a menina fica com vergonha de denunciar e, mesmo quando denuncia, ele não vai ser preso, não vai acontecer nada."</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Ela diz que entrará com uma ordem de restrição contra o ex e que apresentará uma queixa-crime. Seu caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
A Lei Maria da Penha é uma das alternativas para as mulheres vítimas dessa prática. "Pode ser caracterizada violência psicológica", explica Omar Kaminski, advogado especializado em novas tecnologias.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Segundo Kaminski, casos de "revenge porn" também podem ser tipificados como crimes contra a honra -injúria e difamação-, previstos no Código Penal.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
"Porém, muitas vezes as penas não são condizentes com o mal causado", diz.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Na esfera civil, a vítima pode tentar uma indenização por danos morais.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
<b>PROPOSTAS</b></div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
No Congresso Nacional, pelo menos três projetos -todos apresentados neste ano- propõem punições para o</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
"revenge porn".</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Proposta de outubro do deputado federal Romário (PSB-RJ) torna crime a divulgação indevida de material íntimo e prevê pena de um a três anos e prisão e multa, podendo haver aumento de um terço se o objetivo for vingança ou humilhação da vítima.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
O deputado Eliene Lima (PSD-MT) apresentou proposta para punir a vingança pornográfica com pena de um ano de reclusão mais multa de 20 salários mínimos.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
O projeto do deputado João Arruda (PMDB-PR), modifica a Lei Maria da Penha, tornando-a também "virtual" e abrangendo de forma mais específica esse tipo de ocorrência.</div>
<div class="text_footer" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 15px;">
<b>(CA)</b></div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-44788271856941136752013-12-01T03:22:00.000-08:002013-12-01T03:22:07.169-08:00Aids no Brasil: oportunidades perdidas - Caio Rosenthal e Mário Schefferfolha de são paulo<br />
<div class="kicker blue" style="color: navy; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; font-weight: bold; letter-spacing: 0.3px; text-transform: uppercase;">
CAIO ROSENTHAL E MÁRIO SCHEFFER</div>
<div class="title" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Aids no Brasil: oportunidades perdidas</div>
<div class="fine_line" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; font-weight: bold;">
<div style="font-size: 20px !important; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 18px !important;">
Ao contrário das previsões oficiais, a epidemia da Aids ressurge com força total entre os homossexuais e as populações negligenciadas</div>
</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
É bem possível que muitos de nós ainda estejamos vivos para assistir ao fim da epidemia da Aids. A ciência busca freneticamente uma vacina. Já em teste, drogas menos tóxicas e de efeito prolongado prometem substituir as doses diárias que pacientes tomam por toda a vida.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Ganha força a ideia da cura funcional da Aids, a redução do HIV a um nível tão baixo no organismo ao ponto de o sistema imunitário assumir o controle da infecção, mesmo sem medicamentos.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Hoje, quem faz o teste, descobre que tem HIV e recebe o tratamento pode também prevenir a transmissão a parceiros, assim como já é possível o uso controlado de antirretrovirais antes ou depois do sexo sem proteção, uma alternativa para pessoas soronegativas expostas. Se combinadas com a massificação do uso de preservativos, essas estratégias fariam cair drasticamente o número de infectados e de mortes.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Nos últimos anos, no entanto, o Brasil não só perdeu essas oportunidades como imprimiu retrocessos no seu outrora respeitável programa de combate à Aids. Por falta de campanhas adequadas, o uso de preservativos só diminui. Desde 2006, as taxas de mortalidade voltam a crescer e, em algumas regiões, superam as da década de 1980. Trinta mortes e cem novos casos são registrados todos os dias no país.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Por desconhecerem que estão infectados e por iniciarem tardiamente o tratamento, muitos morrem logo no primeiro ano do diagnóstico. Outros esperam meses entre o teste positivo e a primeira consulta em serviços lotados e sem médicos.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Recente diretriz nacional que antecipa o começo do tratamento da Aids prevê o deslocamento de milhares de novos pacientes para as unidades básicas de saúde, que não estão preparadas para um atendimento que exige experiência e especialização. A oferta antecipada de medicamentos depende também do diagnóstico precoce. Infelizmente, as iniciativas de testagem do HIV buscam holofotes, do Carnaval ao Rock in Rio, mas deixam de identificar novos casos. Os mais atingidos pela epidemia seguem sem acesso ao teste.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Trunfo do Brasil no passado, que chegou a quebrar a patente de um medicamento, a produção local de genéricos estagnou. Até hoje laboratórios nacionais não fabricaram a prometida dose fixa combinada, que junta três remédios antiaids em um único comprimido, o que facilita a adesão ao tratamento.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
No ritmo da incompetência, ministro e secretários da Saúde deveriam ser processados a cada caso de criança que nasce com HIV, um flagelo perfeitamente eliminável. Erráticos, os dados oficiais apostaram que a Aids avançaria em direção aos heterossexuais, às pessoas de baixa renda e ao interior do país. Concentrada nas áreas urbanas, a verdade é que a epidemia ressurge com força total entre os homossexuais e outras populações negligenciadas.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Costuras eleitorais permitem o triunfo do moralismo e da religião sobre a saúde pública. Campanhas dirigidas aos mais vulneráveis são censuradas, afastando a ação governamental da epidemia real.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Sem mais investimentos federais no SUS, sem liderança que retome o diálogo e a mobilização social, o Brasil ficará de fora da marcha mundial para o fim da Aids.</div>
<div class="text_footer" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 15px;">
<b>CAIO ROSENTHAL</b>, 64, médico infectologista, é membro do Conselho Regional de Medicina de SP<br />
<b>MÁRIO SCHEFFER</b>, 47, é professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-59224792448243664452013-12-01T03:17:00.000-08:002013-12-01T03:17:05.549-08:00'Uruguai não terá fumo livre', diz Mujica - Lucas Ferrazfolha de são paulo<br />
<span style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 39px; font-weight: bold;">'Uruguai não terá fumo livre', diz Mujica</span><br />
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="fine_line" style="font-weight: bold;">
<div style="font-size: 20px !important; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 18px !important;">
Presidente pede ao mundo que deixe seu país fazer uma 'experiência' de regulamentação da produção e venda da droga</div>
<div style="margin-bottom: 18px !important;">
Projeto está prestes a ser votado no Senado; compra de cigarros de maconha passará a ser controlada pelo Estado</div>
</div>
<span class="creditart" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">LUCAS FERRAZ</span><span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">ENVIADO ESPECIAL A MONTEVIDÉU</span>Sentado na chácara onde vive, nos arredores de Montevidéu, José Alberto Mujica Cordano filosofa: "As pessoas, nas suas condutas, não dão bola para a razão".<br />
E não há nenhuma que explique o fato de esse senhor de 78 anos entrar para a história como o responsável por transformar o Uruguai no primeiro país a regulamentar produção e venda da maconha, algo inédito no mundo.<br />
Baseado ele afirma que nunca fumou.<br />
"Não defendo a maconha, gostaria que ela não existisse. Nenhum vício é bom. Vamos é regular um mercado que já existe. Não podemos fechar os olhos para isso. A via repressiva fracassou."<br />
Em entrevista à <b>Folha</b> na zona rural de Rincón del Cerro, na chácara onde vive com a mulher, a senadora Lucía Topolansky, o presidente ressalta que o Uruguai vai regulamentar, e não legalizar a maconha. A venda será controlada pelo Estado.<br />
Simulando de forma caricatural quem está sob efeito da droga, garante que o país não se transformará na terra do "fumo livre".<br />
"Pedimos ao mundo que nos ajude a fazer essa experiência, que nos permita adotar um experimento sócio-político diante de um problema grave que é o narcotráfico", disse. "O efeito do narcotráfico é pior que o da droga."<br />
Já aprovado na Câmara, o projeto de lei que regulamenta a droga permite ainda que os usuários, mediante licença, plantem a erva em casa.<br />
De acordo com o governo, se quiserem sair da clandestinidade, os cerca de 200 mil usuários de maconha no país deverão se cadastrar para ter acesso limitado à droga.<br />
A votação do projeto pode ser concluída nesta semana pelo Senado, último estágio antes da sanção presidencial. Na prática, a experiência começará no ano que vem.<br />
Ainda será preciso regulamentar a medida, estabelecendo limite de cigarros que podem ser comprados --um número citado é 40 por mês.<br />
A prerrogativa será restrita a uruguaios e residentes no país, uma forma de inibir o turismo da droga.<br />
Como o governo Mujica tem maioria no Senado, espera-se que o projeto seja aprovado com folga.<br />
<b>REVOLUÇÕES</b><br />
Será mais uma medida revolucionária do governo do ex-guerrilheiro, que já aprovou o casamento gay e legalizou o aborto.<br />
País de tradição liberal, onde fumar maconha não é crime (ao contrário do Brasil), o Uruguai começou a discutir a regulação da droga há pelo menos dez anos.<br />
"Propusemos a lei por causa das tradições do Uruguai. De 1914, 1915, até os anos 60, o álcool era monopólio do Estado. Por mais de 50 anos produzimos e vendemos nossa própria grapa, cachaça, rum. Por um valor maior, que era para direcionar recursos para a saúde pública. É o que vamos fazer agora".<br />
O presidente cita outros vanguardismos do país de pouco mais de 3 milhões de habitantes, como a regulamentação da prostituição, o direito de divórcio pela vontade da mulher e a opção do Uruguai de ser um Estado laico. Todos esses pontos foram estabelecidos nas primeiras décadas do século passado.<br />
Usando metáforas da vida no campo, Mujica lembra que mudar a sociedade é como plantar oliva, "não se pode esperar uma grande colheita logo de cara". "As causas humanas são de longo prazo."<br />
Ele afirma que, se houver equívoco ou resultado negativo no processo de regulação da maconha, o governo voltará atrás. "Mas, se descobrimos coisas que podem servir como ferramenta para a humanidade, e se esse experimento na vida real valer a pena, poderemos ser um exemplo. Mas também a conclusão pode ser a de que não temos solução para isso, e assistiremos a uma humanidade cada vez mais doente."<br />
Ele contou à <b>Folha</b> que uma das medidas para tentar restringir a circulação da maconha no Uruguai é a adoção de um código genético único nas plantas. "Molecularmente, será possível identificar a nossa maconha", disse.<br />
Ele admite que seu governo está sendo pressionado pela comunidade internacional, sobretudo por países vizinhos, como o Brasil, temerosos de que a maconha uruguaia transborde as fronteiras. "Sempre vai haver pressão. Há um aparato no mundo que vive em reprimir e custa muito."<br />
A resistência também vem de dentro. Pesquisas mostram que parte da população uruguaia é contrária à lei. "Há um custo político alto, ninguém quer pagar por isso. Ex-presidentes como Ricardo Lagos [Chile] e FHC defendem, mas o curioso é que fazem isso quando não são mais presidentes. Por que não defenderam quando eram presidentes?".</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="title" style="font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
'O dogmatismo é uma doença da esquerda'</div>
<span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">DO ENVIADO A MONTEVIDÉU</span>Badalado internacionalmente como o "presidente mais pobre do mundo", "o melhor presidente do mundo" e "o herói não reconhecido da América Latina", José Mujica diz achar graça dos clichês.<br />
Na entrevista à <b>Folha</b>, ele também abordou temas como Mercosul e a esquerda latino-americana.<br />
<b>Mercosul</b><br />
Está travado. As classes dirigentes, como a burguesia paulista e argentina, não entendem que estamos na época da integração. O Mercosul não vai caminhar se, de boa fé, não houver entendimento entre Brasil e Argentina.<br />
<b>Esquerda</b><br />
O dogmatismo é uma doença crônica da esquerda latino-americana. Acreditamos que somos possuidores de uma verdade absoluta. A esquerda tem a doença de sempre ser apaixonada pelos modelos em que acredita. Mas se penso que meu vizinho deve pensar como eu, estamos fritos.<br />
<b>Estilo de vida</b><br />
Há senhores acostumados com o poder, que se consideram representantes naturais dele e se sentem agredidos quando veem alguém que não pertence a essa classe e não renuncia a sua forma de viver. Eles não toleram. Tenho um respeito de pertencimento que não abandono, e isso dói em alguns. Essa luta tem diversas características. O Lula sofreu com isso por ser torneiro mecânico, gente do povo.<br />
Acho graça desses estereótipos. Pobre é quem precisa de muito. Tenho um tipo de riqueza que muitos não ambicionam. Desprezo a acumulação de dinheiro. Tenho 78 anos e estou por um passo [da morte], vou acumular dinheiro?<br />
<div class="text_footer" style="font-size: 15px;">
<b>(LF)</b></div>
</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-73247842718938911892013-12-01T03:11:00.000-08:002013-12-01T03:11:06.576-08:00Clovis Rossifolha de são paulo<br />
<h1 style="font-family: tahoma, helvetica, sans-serif; font-size: 27px; line-height: 32px; margin: 0px 0px 10px;">
A utopia respira, embora em coma</h1>
<div id="articleBy" style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; margin: 0px;">
</div>
<div class="article_recommend" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 40px; line-height: 18px;">
<div class="rs_folha">
<div class="rs_skip rsbtn rs_preserve" id="readspeaker_button" style="left: 15px; margin-top: 0px !important; position: relative; top: 17px;">
<a accesskey="L" href="" id="listen" style="color: #000066; cursor: pointer; float: left; margin-top: 5px; text-decoration: underline !important;"><img alt="Ouvir o texto" src="http://f.i.uol.com.br/folha/homepage/images/ouvir_pt_br-black.gif" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block;" /></a></div>
</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Saíram os dados do terceiro trimestre na Europa.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Comentário do economista José Carlos Díez em "El País": "A eurozona cresceu 0,1% trimestral, o que foi surpresa negativa. França e Itália continuam com leves quedas do PIB. E o consumo privado de França e Alemanha está estancado. Mais preocupante é que as exportações da área, incluindo Alemanha, se estancaram no trimestre passado".</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Agora, foco na Itália, quarta economia da área, conforme relato de "La Repubblica" na sexta-feira:</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
"O número de desempregados cresceu 9,9% em relação ao ano passado e chega a 3,189 milhões de pessoas [ou 12,5%, o mais alto índice desde 1977]. Entre os jovens, vai a 41,2%, máximo histórico".</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Quem lê essas notícias --e são apenas a ponta de um gigantesco iceberg-- fica achando que ninguém mais vai querer chegar nem perto da União Europeia, o conglomerado de 28 países, certo?</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Errado, muito errado. Primeiro, o próprio número 28 denuncia o erro: eram 27 até o ano passado, mas a Croácia fez questão de aderir ao clube e agora faz parte dele.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Segundo, há um levante popular na Ucrânia, porque seu presidente, Viktor Yanukovich, desistiu na última hora de assinar neste fim de semana um acordo de associação com a UE. Nem era um acordo de adesão, que esse leva um tempão para ser processado.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Manifestações capazes de fazer as de junho no Brasil parecerem esquálidas ocorreram durante a semana, não só na capital, Kiev, mas em várias outras cidades, todas elas comandadas por e com maciça presença de jovens.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Posto de outra forma: o futuro da Ucrânia crê que o seu próprio futuro e o do país estejam na Europa.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Até Yanukovich acredita nisso. Só pediu um adiamento na assinatura do acordo porque foi pressionado pela Rússia, que ameaçou com represálias no fornecimento de gás e na redução das importações (é o maior mercado para a Ucrânia).</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Mas, após os primeiros protestos, disse: "não há alternativa à construção de uma sociedade de padrões europeus na Ucrânia. (...) Nada nos roubará uma Ucrânia em que haja igualdade de oportunidades, uma Ucrânia europeia".</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Pois é. Continua viva a utopia do Estado de Bem-Estar Social, de que a Europa é o modelo menos imperfeito que o ser humano construiu até hoje.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Pode estar em estado comatoso, até porque seus líderes têm se mostrado incapazes de sair da crise sem jogar fora a criança (o modelo) junto com a água suja do banho (seus excessos). Mas respira.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
A propósito, lembro uma frase de um certo Luiz Inácio Lula da Silva, no já remoto ano de 1994, quando ele ainda era de esquerda e disputava a Presidência.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Entrávamos na sede do SPD, o Partido Social-Democrata, então em Bonn, para um debate com líderes sindicais e políticos.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
"Se a gente [o Brasil] chegasse perto do modelo deles, já estaria de muito bom tamanho", me disse.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Já presidente, aliás, Lula diria que a construção europeia era "uma conquista da civilização". O episódio da Ucrânia demonstra que a civilização ainda respira.</div>
<div class="biography" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 20px 0px;">
<img alt="clóvis rossi" height="70" src="http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11130365.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; float: left; margin: 10px;" width="70" /><div style="background-color: #00b7f0; color: white; min-height: 50px; padding: 20px 10px;">
<b>Clóvis Rossi</b> é repórter especial e membro do Conselho Editorial da <b>Folha</b>, ganhador dos prêmios Maria Moors Cabot (EUA) e da Fundación por un Nuevo Periodismo Iberoamericano. É autor de obras como "Enviado Especial: 25 Anos ao Redor do Mundo" e "O Que é Jornalismo". Escreve às terças, quintas e domingos na versão impressa de "Mundo e as sextas no site</div>
</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-23630110602003487612013-12-01T03:05:00.000-08:002013-12-01T03:05:02.744-08:00Antonio Pratafolha de são paulo<br />
<h1 style="font-family: tahoma, helvetica, sans-serif; font-size: 27px; line-height: 32px; margin: 0px 0px 10px;">
Escorrendo</h1>
<div id="articleBy" style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; margin: 0px;">
DE SÃO PAULO</div>
<div class="article_recommend" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 40px; line-height: 18px;">
<div class="rs_folha">
<div class="rs_skip rsbtn rs_preserve" id="readspeaker_button" style="left: 15px; margin-top: 0px !important; position: relative; top: 17px;">
<a accesskey="L" href="" id="listen" style="color: #000066; cursor: pointer; float: left; margin-top: 5px; text-decoration: underline !important;"><img alt="Ouvir o texto" src="http://f.i.uol.com.br/folha/homepage/images/ouvir_pt_br-black.gif" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block;" /></a></div>
</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Você encara o infortúnio com valentia: uma caneca de chá numa mão, uma caixa de lenços na outra, paciência e fé que o paracetamol e a vitamina C te levarão, bem ou mal, até o fim daquela gripe. Os vírus, contudo, são criaturinhas insidiosas. Ressentidos por ocuparem o térreo na pirâmide da seleção natural, estão determinados a derrotar não só os glóbulos brancos do infeliz hospedeiro, mas a subjugar seu espírito, até que a última gota da dignidade escorra pelo nariz.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
De manhã, você se assoa em lenços de papel -nada que fira teus brios. Há algo de austero naquelas caixas de lenço, algo de realeza inglesa ou, ao menos, de rico de novela. É essa austeridade, aliás, que me faz preferir as caixas de cor escura, pretas ou vinho, e jamais levar as coloridas, com florzinhas ou ilustrações do Romero Britto: não há graça nenhuma em assoar o nariz, e uma pessoa direita deve fazê-lo com a seriedade de quem dá uma má notícia. A má notícia, infelizmente, é que no ritmo de duas assoadas por minuto, antes do almoço sua caixa de lenços já era: agora você anda por aí com um rolo de papel higiênico a tiracolo, e os vírus, usando suas adenoides como cama elástica, dão piruetas de alegria.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
O papel higiênico é uma afronta à dignidade humana, por três motivos. Em primeiro lugar, estamos levando a uma extremidade do corpo algo que é fundamentalmente destinado à outra. Segundo: papel higiênico esfarela. Uma assoada mais agressiva e parece que você tem caspa no queixo, que nevou na sua blusa ou que mergulhou de peixinho num galinheiro. Por último, mas não menos importante: aquele oco no meio do rolo é um convite à barbárie; você, que antes ia civilizadamente ao banheiro jogar os papéis usados no lixo, agora passa a mocozá-los no miolo.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Os vírus, nesta altura do campeonato, estão todos aglomerados nas bordas das suas narinas, como a torcida no alambrado aos 43 do segundo tempo: riem, gritam, cantam. Sabem que vencerão o jogo, mas vencer não basta, querem te ver no fundo do poço. O poço, no entanto, parece não ter fundo, assim como o oco no meio do rolo: você espreme o papel de um lado, o papel sai pelo outro. As primeiras bolotas amassadas a rolar pelo chão você até recolhe, mas o corpo dói, o entusiasmo falta e, além do mais, você está se habituando àquela porqueira, o que era repugnante às nove da manhã parece aceitável às quatro da tarde, de modo que a casa vai sendo polvilhada pelos pipocões de papel e muco.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Aqui, um vírus mais afoito poderia deixar o estádio. Os experientes, porém, sabem que o melhor está por vir -e vem. Em poucas horas, eles te assistem passar do papel higiênico pros guardanapos, dos guardanapos pro papel toalha, até que enfim contemplam sua derrocada final: você, no carro, a caminho da farmácia -onde comprará dúzias de caixas de lenço, sem se importar se trarão ilustrações do Romero Britto, da Turma da Mônica ou dos Cavaleiros do Zodíaco -assoando o nariz numa folha de Zona Azul. Usada. Não, nova.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Aí sim essas criaturinhas toscas, felizes por terem deixado de joelhos a máquina mais complexa do universo -você-, darão as mãos, cantarão "Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora..." e se atirarão de suas ventas em busca de novos desafios.</div>
<div class="biography" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 20px 0px;">
<img alt="antonio prata" height="70" src="http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/10362428.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; float: left; margin: 10px;" width="70" /><div style="background-color: #00b7f0; color: white; min-height: 50px; padding: 20px 10px;">
<b>Antonio Prata</b> é escritor. Publicou livros de contos e crônicas, entre eles "Meio Intelectual, Meio de Esquerda" (editora 34). Escreve aos domingos na versão impressa de "Cotidiano".</div>
<ul style="font-size: 11px; list-style: square inside none; margin: 0px; padding: 10px 0px;">
<li style="border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; display: inline; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 3px;"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/" style="color: #666666;">Leia colunas anteriores</a></li>
</ul>
</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-22165502739725064372013-12-01T02:53:00.001-08:002013-12-01T02:53:30.535-08:00José Simãofolha de são paulo<div>
<h1 style="font-family: tahoma, helvetica, sans-serif; font-size: 27px; line-height: 32px; margin: 0px 0px 10px;">
Félix vende salsicha FRIBOFE!</h1>
<div id="articleBy" style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; margin: 0px;">
</div>
<div class="article_recommend" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 40px; line-height: 18px;">
<div class="rs_folha">
<div class="rs_skip rsbtn rs_preserve" id="readspeaker_button" style="left: 15px; margin-top: 0px !important; position: relative; top: 17px;">
<a accesskey="L" href="" id="listen" style="color: #000066; cursor: pointer; float: left; margin-top: 5px; text-decoration: underline !important;"><img alt="Ouvir o texto" src="http://f.i.uol.com.br/folha/homepage/images/ouvir_pt_br-black.gif" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block;" /></a></div>
</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Bafos da semana: Mengão campeão e Zé Dirceu gerente de hotel! E como gritou aquele flamenguista: "Agora são quatro letra: CABÔ!". E o Flamengo é tri, o Vasco é a prova de que o futebol não é uma caixa de surpresas, e o Botafogo? Ah, o Botafogo é um bairro lindo! Rarará.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E o meu São Paulo eliminado pela Ponte Preta! A macaca comeu os bambis. E como disse o FuteboldaDepressão: "Time grande não cai. Despenca da Ponte". Rarará. O São Paulo tem que trocar o Boi Bandido por um Bambi Malvado! Rarará!</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E o Zé Dirceu gerente de hotel? Pacote pra Réveillon! Os hóspedes saem sem as malas! E o Brasil quer saber: ele vai trabalhar no lobby ou na lavanderia? NO LOBBY, como sempre. Vai continuar fazendo o que sempre fez!</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E o Delúbio vai trabalhar no caixa? E o porteiro vai ser o Genoino, com aquela camisa rosa!</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E o Roberto Jefferson vai cantar no hotel? Vai ter show do Roberto Jefferson? Parece o hotel de "O Iluminado"! Rarará!</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E já imaginou a situação? A conta veio errada e você pede pra chamar o gerente. E aí aparece o Zé Dirceu! Rarará! E o hotel não tem cofre nem seguro, aventura radical.<br />O Zé Dirceu vai abrir uma cadeia de hotéis: Papuda Inn!</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E adorei a charge do Xalberto com o Alcksiemens rebatendo as denúncias de cartel: "Vamos investigar tudo, doa a quem doer! AAAAAIIIIIIII". Rarará. E notícia de corrupção tucana é sempre "suposto". Supostos tucanos praticaram suposto roubo chamado de suposto cartel no suposto Metrô! O PSDB quer dizer Partido Suposto Do Brasil! Rarará! Até o partido é suposto!</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E Zé Dirceu e Genoino, ambos têm problemas de saúde; o Genoino é cardiopata e o Dirceu é psicopata. Rarará. O Genoino é hipertenso e o Dirceu é hiperchato!</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E essa: "Condenadas no mensalão tomam banho de sol na Papuda". Virou "Big Brother" agora? E faz mal tomar banho de sol na Papuda!</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E como disse o Ciro Botelho: o Félix vai vender salsicha FRIBOFE! Rarará! É mole? É mole, mas sobe!</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
O Brasil é Lúdico! Placa no restaurante Imaculada, no centro do Rio: "Eike Batista nunca esteve aqui". Rarará. Vou botar essa placa aqui na porta de casa: "Eike Batista nunca esteve aqui".</div>
<div class="biography" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 20px 0px;">
<img alt="josé simão" height="70" src="http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11133345.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; float: left; margin: 10px;" width="70" /><div style="background-color: #00b7f0; color: white; min-height: 50px; padding: 20px 10px;">
<b>José Simão</b> começou a cursar direito na USP em 1969, mas logo desistiu. Foi para Londres, onde fez alguns bicos para a BBC. Entrou na <b>Folha</b> em 1987 e mantém uma coluna que considera um telejornal humorístico.</div>
<ul style="font-size: 11px; list-style: square inside none; margin: 0px; padding: 10px 0px;">
<li style="border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; display: inline; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 3px;"><a href="mailto:simao@uol.com.br" style="color: #666666;" target="_blank">simao@uol.com.br</a></li>
<li style="display: inline; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 3px;"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/colunas/josesimao/" style="color: #666666;">Leia colunas anteriores</a></li>
</ul>
</div>
</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-74932589667477450732013-12-01T02:47:00.003-08:002013-12-01T02:47:58.895-08:00'The Good Wife' chega aos cem em boa forma - Luciana Coelhofolha de são paulo<br />
<h1 style="font-family: tahoma, helvetica, sans-serif; font-size: 27px; line-height: 32px; margin: 0px 0px 10px;">
'The Good Wife' chega aos cem em boa forma</h1>
<div id="articleBy" style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; margin: 0px;">
</div>
<div class="article_recommend" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 40px; line-height: 18px;">
<div class="rs_folha">
<div class="rs_skip rsbtn rs_preserve" id="readspeaker_button" style="left: 15px; margin-top: 0px !important; position: relative; top: 17px;">
<a accesskey="L" href="" id="listen" style="color: #000066; cursor: pointer; float: left; margin-top: 5px; text-decoration: underline !important;"><img alt="Ouvir o texto" src="http://f.i.uol.com.br/folha/homepage/images/ouvir_pt_br-black.gif" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block;" /></a></div>
</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Emily Nussbaum, a excelente crítica de séries da revista americana "The New Yorker", certa vez argumentou que "The Good Wife" era a primeira grande série de TV sobre tecnologia, dado o número de casos envolvendo o tema em que seus protagonistas trabalharam. Faz sentido e há mérito, mas a série que completa hoje cem episódios nos EUA é bem mais que isso.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
O que "The Good Wife" não é, aliás, é exatamente aquilo que ela parece à primeira vista: um drama -mais um- sobre advogados. E parecer com um, sem o ser, tem garantido que a série envelheça bem, até cada vez melhor.</div>
<table class="articleGraphic" style="border-collapse: collapse; border-spacing: 0px; clear: both; color: black; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 0px; width: 639px;"><tbody>
<tr><td class="articleGraphicSpace" rowspan="3" style="width: 0px;"></td><td class="articleGraphicCredit" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 10px; line-height: 13px; padding: 0px; text-align: right;">Jeff Neira/Divulgação/CBS</td><td class="articleGraphicSpace" rowspan="3" style="width: 0px;"></td></tr>
<tr><td class="articleGraphicImage" style="padding: 0px; text-align: center;"><img alt="Os atores T.R. Night, Mike Pniewski e Alan Cumming em cena da série " border="0" src="http://f.i.uol.com.br/folha/ilustrada/images/13333437.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; margin: 0px;" /></td></tr>
<tr><td class="articleGraphicCaption" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 3px; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; padding: 3px 0px;">Os atores T.R. Night, Mike Pniewski e Alan Cumming em cena da série</td></tr>
</tbody></table>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Sob a trama simples, mulher-de-político-com-a-vida-ganha-se-descobre-traída-e-decide-retomar-carreira-nos-tribunais, a série foi capaz de tratar de política e do papel da mulher (para ficar nos temas grandes) com a mesma sutileza que valeu à interpretação irretocável de Julianna Margulies um Emmy, um Globo de Ouro e um prêmio do sindicato dos atores.</div>
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É possível, a partir dela, tecer debates sobre como as mulheres de candidatos e primeiras-damas são simultaneamente objeto de fascinação e desdém nos EUA (a série começou em 2009, após uma onda de revelações de casos de políticos proeminentes) e de como elas frequentemente anulam seu potencial para assumir um papel de, vá lá, boa esposa (Michelle Obama que o diga).</div>
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É possível, até, fazer uma tese sobre estereótipos femininos no mercado de trabalho e na TV a partir de sua vasta amostragem de personagens mulheres.<br />Mas é possível, também, apenas relaxar e se divertir, focando seja o enredo central seja os sub-roteiros que se desenvolveram a partir dele em quatro anos e meio, alinhavados com uma sofisticação rara para a TV aberta dos EUA.</div>
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Um ingrediente para tanto é o cuidado com os personagens secundários (cada um ali, do Eli vivido por Alan Cumming à Kalinda de Archie Panjabi, parece capaz de protagonizar sua própria série) e com o elenco convidado (Nathan Lane, Jeffrey Tambor, Maura Tierney, Stockard Channing).</div>
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Um ano atrás dos episódios exibidos nos EUA, fãs no Brasil serão recompensados nesta semana, após uma temporada meio trôpega, pelo retorno de Louis Canning, o advogado sem caráter interpretado por Michael J. Fox, em um bem-vindo papel de vilão.</div>
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O outro, mais importante, é a introspecção e as nuances que Margulies deu à sua Alicia Florrick, que permite enxergar a personagem de tantas maneiras quanto é possível ver a série.</div>
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Ela é corruptível, é verdade, mas não há uma derrocada moral óbvia como houve no Walter White de "Breaking Bad" ou no Jack Bauer de "24 Horas". E é a heroína, inequivocamente, não só para amarrar a "história do dia" como é praxe nas séries de advogados e policiais.</div>
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Provavelmente o maior mérito de "The Good Wife" é se manter atual sem tentar reinventar a roda, absorver maneirismos nem querer copiar a receita das séries que bombam na TV paga adoçando-as para a TV aberta, como tem sido feito exaustivamente. Se há uma fórmula que pode envelhecer bem, é esta.</div>
<div class="biography" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 20px 0px;">
<img alt="luciana coelho" height="70" src="http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/12332477.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; float: left; margin: 10px;" width="70" /><div style="background-color: #00b7f0; color: white; min-height: 50px; padding: 20px 10px;">
<b>Luciana Coelho</b> é editora-adjunta de Mercado. Pelo jornal, já foi correspondente em Nova York, Genebra, Boston e Washington, além de editora-adjunta de Mundo.</div>
</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-61752112112367940852013-12-01T02:41:00.001-08:002013-12-01T02:41:51.911-08:00Mônica Bergamofolha de são paulo<br />
<h1 style="font-family: tahoma, helvetica, sans-serif; font-size: 27px; line-height: 32px; margin: 0px 0px 10px;">
Biografia de fundador do Fasano conta trajetória de altos e baixos da família</h1>
<div id="articleBy" style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; margin: 0px;">
</div>
<div class="article_recommend" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 40px; line-height: 18px;">
<div class="rs_folha">
<div class="rs_skip rsbtn rs_preserve" id="readspeaker_button" style="left: 15px; margin-top: 0px !important; position: relative; top: 17px;">
<a accesskey="L" href="" id="listen" style="color: #000066; cursor: pointer; float: left; margin-top: 5px; text-decoration: underline !important;"><img alt="Ouvir o texto" src="http://f.i.uol.com.br/folha/homepage/images/ouvir_pt_br-black.gif" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block;" /></a></div>
</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b><br /></b></div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>"Qual o</b> apartamento do senhor?", pergunta o garçom. "Sou Fabrizio Fasano", responde, seguro e sem apostos, o senhor de 78 anos, que pede ao funcionário do hotel que tem seu sobrenome para a conta da mesa ser enviada ao escritório central, nos Jardins.</div>
<div class="articleGallery" data-id="21017" style="border-bottom-color: rgb(153, 0, 0); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 2px; clear: both; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 20px 0px; padding: 0px 0px 10px; position: relative; width: 635px;">
<h4 class="title" style="font-family: tahoma, helvetica, sans-serif; font-size: 19px; line-height: 23px; margin: 0px 0px 10px; max-height: 46px; overflow: hidden; width: 471px;">
Fabrizio Fasano ganha biografia</h4>
<a class="full" href="http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/21017-fabrizio-fasano-ganha-biografia" style="color: #666666; font-size: 12px; position: absolute; right: 0px; text-decoration: none !important; top: 2px;"><span class="icon foto" style="background-attachment: scroll; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/folha/furniture/5.2/images/sprite-general.png?2013091101); background-position: -546px -89px; background-repeat: no-repeat no-repeat; display: block; float: left; height: 16px; margin: 1px 3px 0px 0px; width: 16px;"></span> Ver em tamanho maior »</a><div class="thumbnails" style="height: 64px; margin: 0px 0px 10px; position: relative; width: 540px;">
<div class="pagination" style="height: 64px; left: 46px; overflow: hidden; position: absolute; top: 0px; white-space: nowrap; width: 540px;">
<ul style="left: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute;">
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a class="selected" href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340849-400x600-1.jpeg" style="border-bottom-left-radius: 5px; border-bottom-right-radius: 5px; border-top-left-radius: 5px; border-top-right-radius: 5px; border: 5px solid rgb(153, 0, 0); color: #666666; display: block; padding: 0px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340849-400x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340845-400x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340845-400x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340847-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340847-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340848-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340848-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340846-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340846-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340844-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340844-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340834-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340834-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340835-400x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340835-400x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340841-400x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340841-400x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340842-400x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340842-400x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340843-400x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340843-400x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340840-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340840-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/20/338364-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/20/338364-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340839-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340839-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340836-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340836-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340837-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340837-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340838-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340838-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
<li style="float: left; height: 64px; list-style: none; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; width: 80px;"><a href="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340833-970x600-1.jpeg" style="color: #666666; display: block; padding: 5px;"><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340833-970x600-1-medium.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 54px; width: 70px;" /></a></li>
</ul>
</div>
<a class="control prev" href="" style="background-image: url(http://f.i.uol.com.br/fotografia/images/sprite-fotos.png); background-position: -212px -42px; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #666666; display: block; font-size: 0.2px; height: 25px; left: 0px; position: absolute; text-decoration: underline !important; text-indent: -99999em; top: 25px; width: 20px; z-index: 99;">Anterior</a><a class="control next" href="" style="background-image: url(http://f.i.uol.com.br/fotografia/images/sprite-fotos.png); background-position: -237px -42px; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #666666; display: block; font-size: 0.2px; height: 25px; left: 600px; position: absolute; text-decoration: underline !important; text-indent: -99999em; top: 25px; width: 20px; z-index: 99;">Próxima</a></div>
<div class="image" style="background-color: #efefef; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; height: 405px; overflow: hidden; position: relative; text-align: center; width: 635px;">
<div class="credit" style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 11px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: right;">
Bruno Poletti/Folhapress</div>
<a class="control prev_img" href="" style="background-color: transparent; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/fotografia/images/sprite-fotos.png); background-position: -212px -87px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 5px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 5px; color: #666666; display: block; font-size: 0.2px; height: 70px; left: 0px; position: absolute; text-decoration: underline !important; text-indent: -99999em; top: 170.09375px; width: 47px; z-index: 99;">Anterior</a><a class="control next_img" href="" style="background-color: transparent; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/fotografia/images/sprite-fotos.png); background-position: -272px -87px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-left-radius: 5px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 5px; border-top-right-radius: 0px; color: #666666; display: block; font-size: 0.2px; height: 70px; position: absolute; right: 0px; text-decoration: underline !important; text-indent: -99999em; top: 170.09375px; width: 47px; z-index: 99;">Próxima</a><img src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/11/29/340849-400x600-1.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; height: 400px; margin: 0px auto; opacity: 1;" /></div>
<div class="legend" style="color: #333333; font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-top: 5px;">
O empresário Fabrizio Fasano, 78, no hall do hotel Fasano, nos Jardins, em São Paulo</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>A cena</b>, presenciada pelo repórter Joelmir Tavares, é emblemática do papel do empresário nos negócios da família. Outrora figura central, ele é hoje mais um referencial do que um patrão no grupo comandado por dois dos três filhos -com 18 restaurantes, quatro hotéis, bufê e casa de eventos em cinco cidades.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Fabrizio diz</b> não saber seu cargo ("Acho que é vice-presidente. Ou presidente? Nunca perguntei"). O fato é que ainda vai à sede da empresa todo dia. O clã entrou no setor de alimentação com seu avô Vittorio em 1902, continuou com seu pai Ruggero e se mantém, na quarta geração, com seu filho do meio, Rogério, o Gero.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>A transformação</b> do sobrenome da família de origem italiana em símbolo de luxo é agora contada em livro -"Fabrizio Fasano - Colecionador de Sonhos", de Ignácio de Loyola Brandão. A obra, que tem na capa foto do patriarca feita pelo primogênito, Fabrizio Júnior, o Fabrizinho, será lançada amanhã na Casa Fasano, administrada pela caçula Andrea, a Deca.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>"Ele não</b> queria o livro. Relutou muito", diz o escritor, 77, sentado ao lado do amigo. "Acho um pouco soberbo. Não gosto muito de falar de mim mesmo", justifica o personagem da obra. Ela é, segundo o autor, mais "um perfil afetivo" do que biografia.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Das 206</b> páginas, que consumiram um ano e meio de trabalho, ficaram fora aventuras amorosas do empresário, por exemplo. Foi um pedido de Fabrizio. O casamento com Daisy, em 1960, durou 26 anos. Ficaram separados por 22 e se reaproximaram há dois. Cada um tem a própria casa. "O Fá precisava ter alguém ao lado dele, porque teve um problema sério [de saúde]. E as namoradas sumiram", diz ela, 75.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Marlene</b> Dietrich (1901-1992) foi uma das conquistas. Em sua versão "empresário da noite", ele trouxe a alemã para cantar no Fasano da avenida Paulista, em 1959. Após o show, viraram a noite circulando por dez casas noturnas. "Beijei só, mas não tive nada com ela sexualmente. A Daisy sabe que eu saí com ela."</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>A obra</b> relata ainda o dia em que a atriz americana Jane Russell (1921-2011), outra a passar pelo palco do Fasano, surpreendeu o dono da casa com um beijo cinematográfico no salão.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Nat King</b> Cole (bêbado, desafinou e foi vaiado), Sammy Davis Jr., Tony Bennett, Ginger Rogers e Cauby Peixoto também fizeram shows no espaço. Hoje, ao relembrar os famosos jantares dançantes, Fabrizio recorda o custo altíssimo para contratar artistas estrangeiros. "Mas eu fazia assim mesmo. Me divertia pra burro. Sempre fui boêmio."</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>A noite</b> era diferente. "Hoje as pessoas vão para se exibir", diz Loyola. "Que nem o tal Rei do Camarote [paulistano que gasta até R$ 50 mil na balada]. Antes iam pelo show..." Fabrizio completa: "E pelos amigos".</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>A intimidade</b> entre Fabrizio e Loyola -os dois se conhecem há 40 anos- foi fundamental para construir a cronologia. Quando a memória do biografado falhava, o autor de 40 livros tratava de achar o fio da meada.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>"Tenho cada</b> vez menos amigos. Estão morrendo", observa Fabrizio. "É possível conhecer pessoas. Mas amizade com raiz eu não consigo mais na minha idade. Você não passa problemas juntos."</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Foi com</b> dois amigos que ele fundou a editora Três (que publica a revista "IstoÉ"), após a família fechar seus restaurantes e confeitarias, afetados pelas incertezas econômicas pós-golpe de 1964.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Voltou a</b> ganhar dinheiro produzindo o uísque Old Eight, líder do mercado nacional entre os anos 1960 e 1970. Dono de fazendas, barcos, imóveis e uma imensa casa no Morumbi, onde dava festas para até mil pessoas, recebeu boa proposta e vendeu a marca. Decidiu investir em um novo uísque. Aí veio a queda.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>O lançamento</b> ambicioso do Brazilian Blend incluiu patrocínio à transmissão da Copa do Mundo de 1978 pela TV. Mas um erro na fórmula, que deixava a bebida branca e sem sabor após semanas, levou Fabrizio a pedir concordata. Perdeu bens e amigos.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>"Preferia que</b> meus negócios tivessem tido uma trajetória mais normal", afirma, sobre os altos e baixos. "Hoje não tenho dívidas, mas também não tenho poupança." Para Loyola, "ele teve tudo e nada. O que interessou para esse homem? Sempre o desafio. Nunca foi dinheiro".</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Após o</b> tombo, o empresário retomou os restaurantes nos anos 1980, ao lado de Rogério, que resgatou a vocação gastronômica da família e expandiu a atuação para a hotelaria. "Meu pai é parceiro, conselheiro, sempre presente", diz. "O Rogério é perfeccionista, muito mais que eu", comenta o velho Fasano.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>"Herdei dele</b> o arrojo e essa coisa de sonhar, 'vai que dá'", diz Rogério. Há alguns anos, o filho chegou a levar 18 chefs, maîtres e garçons para a Itália, num tour por Roma, Veneza e Florença. Queria que a equipe se entrosasse e conhecesse o país que inspira a culinária do grupo. Até os funcionários ficaram perplexos.</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Fabrizio</b>, que se empolga com o número de lugares para comer em SP, frequenta estabelecimentos como os de Jun Sakamoto e de Alex Atala, que, segundo ele, "colocou o Brasil no mapa da gastronomia mundial".</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
*</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Cita os</b> gastos com pessoal ("representam 30% do custo") para explicar o preço elevado do setor. "As pessoas não trabalham mais de graça ou só pela gorjeta, como antigamente. Querem salário fixo." Diz que, "se o garçom é simpático, o cliente releva os erros".</div>
<div class="star" style="background-color: white; background-image: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif); background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; height: 30px; line-height: 18px; text-align: center;">
*</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Descrito</b> no livro como "inquieto, hiperativo, homem da noite, sedutor, empreendedor", Fabrizio mantém o hábito de jantar fora todas as noites. Passa na casa de Daisy. Vai com ela a um de seus restaurantes prediletos. E termina no Fasano, tomando um cálice do vinho que chama de "meu portinho".</div>
<div class="biography" style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin: 20px 0px;">
<img alt="mônica bergamo" height="70" src="http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11133323.jpeg" style="background-color: #cccccc; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; display: block; float: left; margin: 10px;" width="70" /><div style="background-color: #00b7f0; color: white; min-height: 50px; padding: 20px 10px;">
<b>Mônica Bergamo</b>, jornalista, assina coluna diária publicada na página 2 da versão impressa de "Ilustrada". Traz informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na <b>Folha</b> desde abril de 1999.</div>
<ul style="font-size: 11px; list-style: square inside none; margin: 0px; padding: 10px 0px;">
<li style="border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; display: inline; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 3px;"><a href="mailto:bergamo@folhasp.com.br" style="color: #666666;" target="_blank">bergamo@folhasp.com.br</a></li>
<li style="display: inline; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 3px;"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/" style="color: #666666;">Leia as colunas anteriores</a></li>
</ul>
</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-54077566299021192902013-12-01T02:33:00.001-08:002013-12-01T02:33:55.535-08:00Mauricio Stycerfolha de são paulo<br />
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="title" style="font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Peça de museu</div>
<div class="fine_line" style="font-weight: bold;">
<div style="font-size: 20px !important; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 18px !important;">
O 'SBT Notícias' durou 40 edições, tempo insuficiente em qualquer emissora para implantar um telejornal</div>
</div>
No último dia 11 de setembro, o SBT surpreendeu o público e a concorrência ao anunciar, em mensagem exibida repetidas vezes, uma alteração drástica em sua programação.<br />
"A reprise de Carrossel' não deu o resultado esperado pela direção artística desta emissora. Por esta razão, deixará de ser exibida, voltando à nossa programação dentro de um ano. Esse horário terá como atração Neila Medeiros, a única jornalista capaz de apresentar sozinha o programa Aqui Agora', enfrentando Datena e Marcelo Rezende. Estreia segunda-feira, 23 de setembro".<br />
Pouco mais de dois meses depois, este comunicado é uma peça de museu, facilmente encontrada no YouTube. De tudo que prometeu, como se verá, apenas a data de estreia do programa jornalístico se concretizou. Mas vamos por partes.<br />
Versão brasileira de uma novela mexicana, "Carrossel" foi o maior sucesso recente do SBT. O último dos seus 310 capítulos foi ao ar em 26 de julho. Acreditando que o público não precisava de nenhum descanso, no dia 2 de setembro a emissora começou a reprisá-la. E nove dias depois, como informou o comunicado, a iniciativa foi cancelada.<br />
Entre os dias 11 e 23 de setembro, o jornalístico prometido pelo SBT mudou de nome duas vezes. A ideia de reviver o lendário "Aqui Agora" foi abandonada logo no dia 16, quando se noticiou que a atração passaria a se chamar "Boletim de Ocorrências". No dia 18, chegou-se, finalmente, ao título definitivo, "SBT Notícias", também cópia de um falecido programa da emissora.<br />
À frente do noticiário policial, a competente Neila Medeiros não foi capaz de enfrentar Datena (Band) e Marcelo Rezende (Record). Aliás, não conseguiu nem mesmo reter a audiência que o SBT tinha no horário. Com média em torno de três pontos no Ibope, o programa foi exibido pela última vez no dia 15 de novembro.<br />
Foram 40 edições, tempo insuficiente em qualquer emissora do planeta para implantar um novo telejornal. Silvio Santos, a quem se atribui a redação do comunicado que o criou, foi também quem teria decidido pelo seu fim.<br />
Os mais calejados com o estilo do empresário não viram nenhuma novidade no episódio. Silvio segue, segundo os mais próximos, um manual de administração muito pessoal, baseado na intuição e movido pelo impulso.<br />
Com esse jeito, bem ou mal, conseguiu erguer uma grande rede de comunicação. Por anos, foi a segunda maior do país, posto que perdeu para a Record em 2007.<br />
Erros cometidos nos últimos tempos, como os descritos neste texto, parecem obedecer a um esforço mal planejado para retomar a vice-liderança. Nesta busca, a preocupação única é com a audiência.<br />
O SBT exibe hoje seis novelas por dia --boa parte delas reprises, quase todas mexicanas. A grade se completa com uma penca de seriados americanos, todos velhos. Outras atrações que rendem pontos no Ibope à emissora são os veteranos "A Praça É Nossa", Ratinho e "Casos de Família", este último um clássico do mundo cão.<br />
Silvio Santos nunca teve muita preocupação com a relevância do SBT, mas impressiona o cardápio atual. Tirando os programas apresentados por Roberto Cabrini e Marília Gabriela, além dos comentários destemperados de Rachel Sheherazade, âncora do telejornal "SBT Brasil", hoje a emissora é conhecida por conta das pegadinhas que exibe no "Programa Silvio Santos".<br />
<div class="text_footer" style="font-size: 15px;">
<a href="mailto:mauriciostycer@uol.com.br" style="color: #666666;" target="_blank"><b>mauriciostycer@uol.com.br</b></a><br />
<a href="http://twitter.com/mauriciostycer" style="color: #666666;" target="_blank"><b>@mauriciostycer</b></a></div>
</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-79802046411165625202013-12-01T02:29:00.000-08:002013-12-01T02:29:31.826-08:00Ferreira Gullarfolha de são paulo<br />
<div class="title" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Vivido e apagado</div>
<div class="fine_line" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; font-weight: bold;">
<div class="eye" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 2px; border-top-color: rgb(102, 102, 102); border-top-style: solid; border-top-width: 2px; font-size: 20px !important; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 18px !important; padding: 7px 0px; width: 317px;">
Curioso, aproximei-me e senti aquele odor azedo e insuportável que emanava de dentro de seu paletó</div>
</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Quando ouço alguém dizer que vai escrever suas memórias, fico admirado. Não sou capaz. Certa vez, me meti a fazê-lo e me dei mal, porque, do começo mesmo de minha vida, quase não me lembro de nada.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Com razão, o leitor melhor informado pode alegar que escrevi um livro de memórias, "Rabo de Foguete", e é verdade. Mas esse livro conta apenas coisas do meu período de clandestinidade, que vivi no Rio, e os anos de exílio passados em vários países.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Quando o escrevi, em 1998, aquela parte do passado ainda estava viva em mim. Aliás, embora minha memória seja precária, tenho mais facilidade em lembrar da vida adulta do que de meus anos de menino.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
E quanto mais distante do presente, pior. De fato, do começo do começo não lembro de coisa alguma. Como disse, ao tentar resgatar esse período de minha vida, vi que não me lembrava de nada ou de quase nada.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Não sei se isso é assim mesmo com todo mundo. Lembro-me do soalho de casa, na rua da Alegria, da janela e da platibanda das casas em frente. Um flash desligado de tudo o mais. Meu quarto escuro, quase sempre fechado. A lembrança mais distante --que não sei se é lembrança ou sonho-- é uma cena, numa estrada, um automóvel enguiçado que meu pai dirigia. Era noite e havia luar. Só isso. Mas não lembro se meu pai possuía um automóvel nem que soubesse dirigir.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Outra lembrança está associada a um odor desagradável. Era o odor de um senhor que vendia joias a domicílio --creio que, na verdade, bijuterias, e que, certa tarde, bateu em nossa porta. Minha mãe foi atendê-lo, disse-lhe que entrasse, ele sentou numa cadeira e abriu a sua pequena maleta em cima dos joelhos. Curioso, aproximei-me e senti aquele odor azedo e insuportável que emanava de dentro de seu paletó.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Esse cheiro me marcou tanto que, toda vez que da janela o via passar na rua, tinha vontade de vomitar. Por isso, o associei a um urubu, muito embora nunca tivesse sentido o cheiro dessa ave. Mas um bicho que come carniça só pode cheirar mal.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Lembro-me às vezes das aulas na casa de Dona Elvira. Sua casa era a escola, onde eu, minhas irmãs e outras crianças estudávamos. Dessa casa, não sei por que, fui para a casa de outra professora, na rua dos Prazeres. Só mais tarde, meu pai me matriculou no Colégio São Luís de Gonzaga, o melhor da cidade, onde concluí o curso primário.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Daí, o que mais me lembro, além das orações, são as moscas que voejavam acima de minha cabeça, atraídas pelas feridas que eu tinha ali. Eu as espantava com as mãos, mas elas voltavam.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Acredito que a parte de minha vida de que mais lembranças tenho é da quitanda de meu pais, onde passava a maior parte do tempo, quando não ia à escola, ajudando no atendimento aos fregueses, particularmente aqueles que vinham tomar cachaça ou meladinha, mistura de tiquira com mel de abelha.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Mas o bom mesmo eram as conversas do pessoal, como Zé Dedão e o sargento Gonzaga, que saía sempre meio bêbado ao anoitecer. Meu pai participava ativamente da conversaria, e quase sempre fazendo piadas a respeito das histórias que ouvia, dando a entender que era tudo mentira.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Era a época da Segunda Guerra Mundial, em que o Brasil se envolveu. O noticiário, que o rádio transmitia, atraía a atenção de todos. Meu pai ligava o rádio, chamava o pessoal para ouvir as notícias, em meio às descargas da péssima sintonia. Ele afirmava que aquelas descargas eram tiros dos soldados guerreando. Não sei se acreditava no que dizia, se falava a sério ou de gozação. Mas o pessoal acreditava piamente.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Fora essas lembranças, guardei as de nossa casa na rua Celso de Magalhães, quase na Quinta dos Medeiros. Lembro da família à mesa do jantar, as irmãs cochichando e Bizuza resmungando por não se sabe o quê.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Mas particularmente me lembro das saúvas, que se instalaram no chão do quintal. O ninho ficava no fundo da terra, mas elas saíam em fila para buscar recortes de folhas que eram a alimentação da tribo.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Como havia uma lenda de que onde tem formiga tem dinheiro enterrado, convoquei as irmãs para descobrir esse tesouro. Cavamos, cavamos e não achamos nada. Tudo o que me veio dessa trabalheira foi um poema --poema concreto-- que é uma evocação daquela aventura infantil.</div>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-83910918345695943862013-12-01T02:24:00.000-08:002013-12-01T02:24:09.770-08:00Dilma cresce e oposição encolhe, aponta Datafolhafolha de são paulo<br />
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="title" style="font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Dilma cresce e oposição encolhe, aponta Datafolha</div>
<div class="fine_line" style="font-weight: bold;">
<div style="font-size: 20px !important; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 18px !important;">
Se eleição fosse hoje, presidente só enfrentaria 2º turno caso Marina disputasse</div>
<div style="margin-bottom: 18px !important;">
No cenário que hoje parece mais provável, petista alcança 47%, contra 19% de Aécio e 11% de Campos</div>
</div>
<span class="creditart" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">FERNANDO RODRIGUES</span><span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">DE BRASÍLIA</span>De junho para cá, os pré-candidatos a presidente fizeram o possível para recuperar a popularidade perdida por causa do abalo provocado pelas manifestações de rua em todo país. Por enquanto, só a presidente Dilma Rousseff segue em trajetória ascendente. A oposição oscila entre bons e maus momentos, e agora encolheu um pouco mais, segundo o Datafolha.<br />
Dilma ou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, lideram a corrida presidencial em todos os cenários mais prováveis para 2014 --o Datafolha testou nove combinações de nomes.<br />
A presidente pontua de 41% a 47%, dependendo de quem são seus adversários. Lula oscila de 52% a 56%.<br />
O Datafolha entrevistou 4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e na sexta-feira. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.<br />
Apesar do conforto momentâneo que oferecem a Dilma, os eleitores emitem um sinal contraditório para a petista. Dois terços dizem preferir que "a maior parte das ações do próximo presidente seja diferente" das adotadas por ela.<br />
Entre todas as simulações com os nomes dos pré-candidatos, o cenário que parece mais provável hoje é também aquele em que Dilma está mais bem colocada. Ela tem 47% contra 19% de Aécio Neves (PSDB) e 11% de Eduardo Campos (PSB). Em outubro, ela pontuava 42%. O tucano tinha 21% e o socialista, 15%.<br />
Nesse cenário, o percentual de eleitores que vota em branco, nulo ou que se diz indeciso ficou inalterado em 23%, de outubro até agora. Ou seja, a petista cresceu extraindo votos dos dois adversários diretos nesse período. Ganharia no primeiro turno.<br />
A presidente só não venceria hoje a eleição na primeira votação nos cenários em que Marina Silva aparece como candidata. Ocorre que a ex-senadora se filiou ao PSB e não é certo que vá concorrer como cabeça de chapa nas eleições do ano que vem.<br />
Numa das simulações, a petista fica com 41% contra 43% dos outros dois adversários somados (Marina registra 24% e José Serra 19%). Mas Dilma está se recuperando. Em outubro, tinha 37%, contra 28% de Marina e 20% de Serra.<br />
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, testado num dos cenários, aparece com 15%, numericamente em segundo lugar. Dilma, com 44%, venceria no primeiro turno. Aécio teria 14%. Campos, 9%.<br />
Diferentemente de Dilma, o ex-presidente Lula venceria a disputa no primeiro turno nos quatro cenários em que seu nome aparece --inclusive contra Marina e Serra.</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-36390237225300916942013-12-01T02:22:00.000-08:002013-12-01T02:22:03.102-08:00Presidente termina 2013 em alta graças à oposição ineficiente - Mauro paulinofolha de são paulo<br />
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="kicker red" style="color: red; font-weight: bold; letter-spacing: 0.3px; text-transform: uppercase;">
ANÁLISE AVANÇO DE DILMA</div>
<div class="title" style="font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Presidente termina 2013 em alta graças à oposição ineficiente</div>
<div class="fine_line" style="font-weight: bold;">
<div style="font-size: 20px !important; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 18px !important;">
Ambiente até esteve propício, mas ninguém conseguiu formular discurso adequado às demandas dos brasileiros</div>
</div>
<span class="creditart" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">MAURO PAULINO</span><span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA</span><span class="creditart" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">ALESSANDRO JANONI</span><span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA</span>Dilma fecha 2013 em alta. A pesquisa divulgada hoje pelo Datafolha confirma a tendência dos levantamentos anteriores, em agosto e outubro. Estes já apontavam crescimento da popularidade da presidente após a queda sofrida inicialmente em função da sensação de insegurança econômica e acentuada após os protestos de junho.<br />
No último mês, tanto a aprovação à gestão petista quanto o apoio à sua reeleição cresceram, enquanto o índice de rejeição ao seu nome caiu no mesmo período.<br />
Mas o cenário que explica o processo de retomada da popularidade da presidente não se limita apenas às respostas pontuais do governo à crise deflagrada pelas manifestações e tampouco na percepção dos brasileiros sobre a economia.<br />
É marcado, acima de tudo, pela ineficiência da oposição na formulação de um discurso adequado às demandas dos brasileiros. Somados, os candidatos da oposição caíram nas intenções de voto na mesma proporção com que a presidente subiu.<br />
E não faltou ambiente favorável à oposição este ano. Da pressão inflacionária no primeiro semestre evidenciada na pesquisa do início de junho, passando pelo debate multifacetado dos protestos até a repercussão das prisões dos condenados no processo do mensalão, o noticiário era rico em matéria-prima para a apresentação de alternativas.<br />
Para completar, reações específicas do governo em cada um desses episódios também não convenceram. Com exceção do alcance do Mais Médicos, programa aprovado pela população, e da sensação de empregabilidade entre os brasileiros, a proposta polêmica de reforma política e a insegurança sobre a economia forneciam um arsenal ainda mais valioso para os adversários de Dilma.<br />
Porém, o espaço encontrado pela oposição e a forma como tentou capitalizar tais temas não encontraram aderência especialmente junto aos estratos mais carentes da população.<br />
Sobre 2014, o ambiente que se projeta na opinião pública não é dos melhores para o governo. Apesar do 13º salário injetar agora certo otimismo quanto ao poder de compra e à condição econômica dos entrevistados, há um maior pessimismo quanto ao desemprego e à inflação, em patamares próximos aos verificados no início de junho, antes dos protestos.<br />
O desejo de mudança expresso pela maioria, próximo ao observado no fim do segundo mandato de FHC, em 2002, exige tanto do governo quanto da oposição ações mais eficientes e compreensíveis para ocupar esse espaço de insatisfação latente, que decidirá as eleições.<br />
Ouvir, decifrar essas demandas e entregar programas adequados aos diferentes anseios e segmentos da população é a principal lição que 2013 impõe para os candidatos em 2014.</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9001575347337143719.post-2119452885540584232013-12-01T02:19:00.001-08:002013-12-01T02:19:42.977-08:00Painel - Vera Magalhãesfolha de são paulo<br />
<div id="articleNew" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="kicker blue" style="color: navy; font-weight: bold; letter-spacing: 0.3px; text-transform: uppercase;">
PAINEL</div>
<div class="title" style="font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
</div>
<div class="title" style="font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Sem dia de visita</div>
Pesquisas de posse do PT já apontavam apoio maciço à decisão do STF sobre a prisão dos condenados no mensalão, revelado pelo Datafolha. Esses números pautaram o distanciamento de Dilma Rousseff em relação aos petistas presos. Mesmo com a estratégia de descolamento, o desempenho da presidente piora entre os que se dizem bem informados sobre as prisões: a vantagem de 12 pontos que tem sobre Marina Silva em um eventual 2º turno cai para um ponto (44% a 43%).<br />
<b>Toga</b> Contra Joaquim Barbosa, Dilma venceria por 54% a 30% em caso de uma segunda fase da disputa, mas o resultado muda para 45% a 42% entre os eleitores que se consideram bem informados sobre a execução das penas.<br />
<b>Nicho</b> Nos cenários de primeiro turno, Joaquim Barbosa empata com Dilma em dois recortes: no grupo com ensino superior completo (27% para cada um) e no de renda superior a dez salários mínimos (ambos e Aécio Neves aparecem com 25%).<br />
<b>Volta</b> Entre os eleitores que consideram o governo ruim ou péssimo, apenas 5% aceitariam votar em Dilma. Se Lula for o candidato do PT, 28% desses entrevistados votariam no ex-presidente.<br />
<b>Fica</b> Já os entrevistados que têm o PT como partido de preferência não engrossam o coro pela volta do ex-presidente. Na pesquisa espontânea, Dilma passou de 39% em outubro para 46%. Lula caiu de 15% para 7%.<br />
<b>Vem...</b> Foco de ação do governo após os protestos iniciados em junho, as cidades grandes apresentam recuperação mais lenta da petista. Dilma passou de 38% dos votos em municípios com mais de 500 mil habitantes, em outubro, para 41% agora.<br />
<b>... pra rua</b> Aécio e Eduardo Campos (PSB), que caíram no resto do país, ficaram estáveis nas grandes cidades. Nesses municípios, Marina venceria Dilma no segundo turno. A ex-senadora tem 45% e a petista, 43%.<br />
<b>Ressaca</b> A rejeição de José Serra (PSDB) na capital paulista, que governou de 2005 a 2006, supera em 9 pontos a média nacional. No país, 35% dos eleitores não votariam no tucano. Em São Paulo, sua rejeição é de 44%.<br />
<b>Afago</b> Depois do mal estar da queda de braço pelo reajuste dos combustíveis, Dilma fará elogios rasgados à presidente da Petrobras, Graça Foster, em seu discurso na solenidade de assinatura do contrato da concessão do campo de Libra, amanhã.<br />
<b>Que tal?</b> Já na largada de sua incursão pelo interior de São Paulo no fim de semana, Aécio fez o mais explícito apelo por apoio aos tucanos paulistas que o acompanhavam: "Me ajudem a vencer a eleição em São Paulo que eu ganho a eleição no Brasil".<br />
<b>Pelo fio...</b> O PSB viu influência do PT na ação de caciques nacionais do PMDB que tentam afastar os socialistas de uma possível aliança com o partido ao governo do Rio Grande do Sul, o que abriria um palanque para Eduardo Campos no Estado.<br />
<b>... do bigode</b> Lula já orientou os partidos aliados a isolar o governador pernambucano em Estados de maior peso político e grandes colégios eleitorais. O petista Tarso Genro tentará a reeleição no Rio Grande do Sul, com o PMDB como adversário.<br />
<b>Capacete</b> Deputados do Solidariedade protocolaram na Câmara pedido de audiência pública com diretores e engenheiros da Odebrecht sobre a segurança dos trabalhadores das obras da empresa para a Copa de 2014. O partido, liderado por sindicalistas, quer explicações sobre o acidente no Itaquerão.<br />
<div class="kicker blue" style="color: navy; font-weight: bold; letter-spacing: 0.3px; text-transform: uppercase;">
TIROTEIO</div>
<i>Só um marciano ou alguém fora de si não saberá quem contratou o frete, a origem e o destino da droga e quem autorizou o pouso.</i><br />
<b>DO DEPUTADO CHICO ALENCAR (PSOL-RJ)</b>, sobre Gustavo Perrela (SDD-MG) ter dito que não sabia do transporte de 445 kg de cocaína em seu helicóptero.<br />
<div class="kicker blue" style="color: navy; font-weight: bold; letter-spacing: 0.3px; text-transform: uppercase;">
CONTRAPONTO</div>
<div class="title_end" style="font-size: 23px; font-weight: bold;">
Especulação política</div>
O senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) participou de almoço do Secovi (sindicato de construtoras de São Paulo) na sexta-feira. No final, conversava numa roda de empresários sobre mercado imobiliário.<br />
-Meu avô deixou um sítio para mim e para minhas irmãs e pensamos em vender e comprar uma sala comercial cada um em São Paulo -disse o tucano.<br />
Em seguida, o mineiro concluiu:<br />
-Tive de desistir: o IPTU aqui é muito alto!<br />
A ironia com a polêmica da correção da tabela pelo prefeito Fernando Haddad (PT) causou risos da plateia.<br />
<div class="text_footer" style="font-size: 15px;">
com <b>BRUNO BOGHOSSIAN</b> e <b>PAULO GAMA</b></div>
</div>
<ul class="newstexts" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; height: 20px; list-style: none inside none; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;"></ul>
Renata Guarani-Kaiowáhttp://www.blogger.com/profile/13471209060636701567noreply@blogger.com0