sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Site exibe homens como produtos em supermercado; 70% dos usuários são de SP

folha de são paulo
E
REGIANE TEIXEIRA
DE SÃO PAULO
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Primeiro veio a sensação do aplicativo de relacionamentos Tinder e, na última semana, a polêmica do Lulu, no qual as mulheres classificam homens com quem já se relacionaram.
Pegando a onda dos serviços on-line sobre amor e sexo, um novo site quer unir e causar mais burburinho entre os brasileiros.
Inspirado em uma ideia francesa e com esquema de convites limitados, o Adote Um Caraexibe o perfil de homens disponíveis como se fossem produtos de um supermercado.

Adote um cara

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Reprodução/adoteumcara.com.br
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Adote um cara. Site exibe homens como produtos em supermercado; 70% dos usuários são de SP
Na página, a mulher se cadastra gratuitamente como "cliente" e o homem como "produto". As moças podem colocar os homens nos carrinhos e, a partir daí, o rapaz pode mandar uma mensagem para a interessada.
Ambos colocam descrições pessoais como altura, gostos musical e estilo, seção na qual é possível escolher opções como caipira, funkeira ou periguete.
O site não revela quantos usuários já tem no Brasil, mas afirma que 70% dos cadastrados são do cidade de São Paulo.
Além da França, a página já foi lançada também na Alemanha, Espanha, Itália e Polônia. Para Sebastien Sikorski, diretor de desenvolvimento internacional do site, a diferença entre o Adote o Cara e entre outros serviços on-line para relacionamentos é a quantidade de informação sobre os cadastrados. "Assim fica mais fácil começar uma conversa", afirma.
Sobre internautas que andam criticando a ideia de colocar os homens como produtos, Sikorski diz que se trata apenas de uma brincadeira. "É um jeito de uma primeira conversa não ser uma coisa são formal", justifica.
O psicólogo Ailton Amélio, especialista em relacionamento amoroso, também não vê problemas no supermercado virtual.
"É um artifício para tornar o contato mais leve", diz. "Essa coisa de se sentir um objeto é mais feminina. Sempre houve uma carga histórica de obrigações sobre a mulher, por isso ela é mais sensível."
Ele, no entanto, critica aplicativos como o Lulu: "Esse é condenável porque reúne desafetos e gente que busca difamação ou vingança."
A polêmica dos serviços on-line sobre encontros e sexo deve ganhar ainda mais força nos próximos dias. Um grupo de brasileiros já anunciou para a semana que vem o lançamento do Tubby, no qual homens poderão avaliar mulheres com as quais já tiveram algum envolvimento.

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