quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Máfia do ISS - Fraude ocorre há 14 anos, diz ex-mulher de auditor

MÁFIA DO ISS
folha de são paulo
Fraude ocorre há 14 anos, diz ex-mulher de auditor
Vanessa Ferreira prestou depoimento de cinco horas ao Ministério Público
Testemunha afirma que fiscal Luís Magalhães lhe contou que esquema já existia quando ele ingressou na prefeitura
DE SÃO PAULOO esquema de fraudes na cobrança de ISS (Imposto Sobre Serviços) na Prefeitura de São Paulo começou há 14 anos, afirmou ontem a testemunha Vanessa Caroline Ferreira, ex-mulher do auditor fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães.
Ela prestou depoimento de cinco horas ao Ministério Público para dar mais detalhes de como funcionava a máfia do ISS, que pode ter causado rombo de R$ 500 milhões nos cofres públicos. Os promotores vinham investigando o sistema de propina a partir de 2005.
Ao deixar a Promotoria, ela disse que Magalhães lhe contou sobre quando podem ter começado as fraudes.
"O esquema de corrupção --o que o Luis contou para mim-- vem desde quando ele entrou na prefeitura. Tem no mínimo 14 anos. Quando ele ingressou, aprendeu o achaque. Não era um crime organizado, que nem [depois, quando] eles formaram a quadrilha", afirmou.
Os promotores questionavam Vanessa, segundo ela, sobre pontos ainda obscuros no caso. "O depoimento foi mais voltado ao enriquecimento ilícito e detalhes que eu conhecia dessas pessoas, a vida cotidiana, quem vendia joias para quem."
A testemunha ainda afirmou que os promotores enfrentam dificuldades para avaliar as provas apreendidas. "Disse onde eles iriam encontrar alguns arquivos. Há uma quantidade enorme de informações que eles não estão conseguindo desdobrar."
Ela ainda reafirmou que Magalhães lhe revelou ter colaborado na campanha para vereador, em 2008, do ex-secretário de Governo Antonio Donato (PT). Donato nega ter recebido dinheiro do auditor.
"Eu não tenho por que mentir. O Luis foi claro comigo quando falou: O Donato, dei dinheiro na campanha passada dele, espero que ele lembre de mim'."
Vanessa disse também que pessoas ligadas a ela vêm sofrendo ameaças. "Já houve três ameaças contra pessoas próximas a mim. Nesta semana foi ameaçada a mulher do meu advogado. Ela saiu do Estado, ele está apavorado."

    Haddad, em verso e prosa

    folha de são paulo
    Atribui-se a Mario Cuomo, governador de Nova York de 1983 a 1994, a ideia de que campanhas se fazem em poesia, mas mandatos são cumpridos em prosa.
    A lição é valiosa para o prefeito Fernando Haddad (PT). Na seara retórico-eleitoral, esforça-se por deixar em primeiro plano promessas de investimentos e melhorias no transporte público municipal.
    No campo prático, contudo, parece esperar que suas promessas se materializem por encanto, tantas são as falhas de gestão nas medidas que tem adotado.
    Nesta semana, o jornal "Agora" mostrou que um dos projetos da Prefeitura de São Paulo incluiu a instalação de um ponto de ônibus provisório em uma rua onde não há circulação de coletivos.
    Não se trata de simples ponto fora da curva, por assim dizer, mas de exemplo eloquente de inépcia administrativa e de falhas tão frequentes que se tornaram a regra.
    Tome-se a implantação das faixas exclusivas de ônibus, até aqui a principal marca do governo Haddad. Após notar apoio da opinião pública à medida, ou pelo menos à prioridade dada aos transportes públicos, o prefeito decidiu ampliar sua proposta inicial, que previa a construção de 150 km de vias para coletivos até 2016, para 300 km até o fim deste ano.
    Baseada em critérios políticos, e não técnicos, a decisão padece de planejamento. No afã de cumprir a nova meta, a administração municipal se vê impelida a pintar faixas até em trechos de pequena circulação --inócuas, portanto.
    Além disso, a criação de espaços de circulação expressa, na maior parte dos casos, não veio acompanhada da necessária reorganização das linhas de ônibus em função da demanda. Mesmo onde isso ocorreu, porém, a pressa da prefeitura deixou passageiros desinformados, e terminais, lotados.
    Sem que tenha avançado nas prometidas obras de construção de 150 km de corredores --mais caros, mas mais eficientes--, a prefeitura ainda trata com incúria aqueles que estão em funcionamento.
    A degradação dos corredores e a desorganização na distribuição de linhas faz com que registrem média de velocidade inferior à das faixas exclusivas --um absurdo, como a própria prefeitura reconhece.
    Para Haddad, as medidas adotadas "sinalizam à população que o dirigente está agindo". Lirismo à parte, não basta agir; é preciso fazê-lo da forma mais adequada aos objetivos que pretende alcançar.

      Pesquisa traz à tona trabalhos perdidos do artista Flávio de Carvalho

      folha de são paulo

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      SILAS MARTÍ
      DE SÃO PAULO

      Mais do que artista plástico, Flávio de Carvalho, morto aos 73 há 40 anos, foi engenheiro, arquiteto, cenógrafo, diretor teatral, performer, designer e cineasta frustrado. Também acabou sendo vítima dessa pluralidade estonteante, já que parte de sua obra acabou espalhada --às vezes esquecida-- em arquivos e depósitos públicos.
      Ele tentou refundar os costumes, revendo a moda europeia no clima tropical, reinventando a ideia de moradia ao construir uma vila modernista na alameda Lorena, em São Paulo, e pregando uma arquitetura "nua e lisa". Agora, tem uma parte de sua história desenterrada.

      Um garimpo feito no Theatro Municipal, em salas da biblioteca Mário de Andrade e até em fundos de gaveta do Arquivo Histórico trouxe à tona uma série de trabalhos até agora dados como perdidos. A pesquisa foi feita nos últimos meses pela equipe do Museu da Cidade, responsável pelo acervo municipal.

      Flávio de Carvalho

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      Danilo Verpa/Folhapress
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      Criação de Flávio de Carvalho para o balé 'O Cangaceiro'
      Entre as obras estão 12 figurinos do balé "O Cangaceiro", encenado por Carvalho nas comemorações dos 400 anos de São Paulo, em 1954, e as primeiras plantas das obras na alameda Lorena.
      O Museu da Cidade tentará integrar agora esses itens à coleção de arte de São Paulo, fazendo saltar de quatro para cerca de 40 o número de obras de Carvalho catalogadas no acervo público.
      Esse conjunto recém-descoberto também será o ponto forte da ocupação da Oca pela coleção da cidade a partir de janeiro do ano que vem, que estreia com uma grande mostra dedicada ao artista.
      "Estamos tomando o caso do Flávio de Carvalho como referência para pensar os objetos na coleção", diz Afonso Luz, diretor do Museu da Cidade. "Essas peças são documentos vivos da história."
      Mas, segundo Luz, o esquecimento delas se deu por causa do "olhar conservador sobre seu significado estético".
      "Temos o desafio de organizar milhares de bens culturais guardados em inúmeros depósitos e reservas técnicas espalhadas pela cidade", afirma. "Um dos motivos dessa dispersão é que o conceito corrente de artes visuais é de objetos de parede, obras que funcionam como decoração."
      ELO PERDIDO
      Os vestidos desenhados por Carvalho para "O Cangaceiro" representam uma espécie de elo perdido na trajetória do artista --um contraponto aos experimentos com moda nas performances que ele orquestrou.
      Enquanto Carvalho trouxe aspectos femininos ao guarda-roupa do homem em 1956, quando caminhou de saia e meia arrastão pelo centro da cidade na ação "Experiência nº 3", os vestidos de seu balé eram masculinizados, algo entre o sensual e a robustez de jagunços.
      Também têm grande ressonância agora as plantas originais da alameda Lorena. Com as casas hoje em grande parte descaracterizadas, algumas funcionando como lojas, os documentos podem servir de base para um restauro das construções que Carvalho criou nos anos 1930 como "máquinas de morar".
      *
      ARTISTA CRIOU 17 CASAS NOS JARDINS, EM SP
      O desenho reproduzido abaixo é uma das plantas originais feitas por Flávio de Carvalho para as 17 casas que construiu na alameda Lorena, em São Paulo. As plantas podem ajudar a restaurar as construções, datadas de 1936.
      Eduardo Anizelli/Folhapress
      Flávio de Carvalho é tema de mostra e documentário
      Nos 40 anos de sua morte, modernista tem pinturas exibidas na Faap
      Plural, artista também tentou fazer cinema; sua iniciativa de rodar um longa na Amazônia é analisada em filme
      DE SÃO PAULOEnquanto a Oca deve receber em janeiro um recorte expandido da produção de Flávio de Carvalho, que vai da arquitetura aos figurinos, uma mostra em cartaz agora no Museu de Arte Brasileira da Faap reúne a ala mais tradicional de sua obra, com retratos de gente como os maestros brasileiros Eleazar de Carvalho (1912-1996) e Camargo Guarnieri (1907-1993).
      Tudo, aliás, está interligado nessa história, já que Guarnieri, retratado por Carvalho, compôs "O Cangaceiro", balé que teve os figurinos criados pelo artista plástico.
      Maria Izabel Branco Ribeiro, diretora do museu da Faap, não dá a mesma ênfase aos projetos de Carvalho para além da pintura.
      "Dizer que a obra dele como figurinista é tão significativa quanto a obra de pintor e de arquiteto é uma afirmação desequilibrada", diz Branco Ribeiro. "Ele não tem uma preocupação com moda. Vejo as atitudes dele como de alguém que contraria regras, um iconoclasta."
      'DEUSA BRANCA'
      Iconoclasta ou só inquieto, Carvalho também tentou ser cineasta. Sua iniciativa de rodar um filme na Amazônia, para onde levou duas loiras esbeltas e dispostas a encarnar sua "Deusa Branca", virou alvo de um documentário lançado no Itaú Cultural e que deve entrar no circuito de festivais em 2014.
      No filme, o diretor Alceu Braga destrincha os bastidores de uma expedição do artista à selva em 1958.
      Sem roteiro, Carvalho pretendia gravar o embate de sua trupe com uma perigosa tribo de canibais, os xirianãs.
      Mas sua desgraça não veio pelas mãos dos índios, que serviram até banquete de macacos assados à equipe, e sim por ter se apaixonado por uma atriz, que conquistara também o capitão da expedição. Irritado, Carvalho até trocou tiros com o rival, embora nenhum tenha se ferido.
      A expedição fracassada sepultou a incursão cinematográfica do artista.

        Mortes nas arenas - Juca Kfouri

        folha de são paulo

        Mortes nas arenas

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        As arenas começam a justificar o novo modo de nomear os estádios.
        Como palcos de sangue de mais duas vítimas que agora se somam às duas nas arenas de Brasília e de Manaus, assim como a mais outras duas nas do Grêmio e do Palmeiras, não destinadas à Copa.
        Mortes são mais comuns do que gostaríamos nas obras de grande porte. No caso da arena corintiana, põem por terra a satisfação de seus construtores que se orgulhavam até ontem por não haver registros nem de acidentes nem de greves em suas obras, ocorrências frequentes nas demais arenas para a Copa.
        De fato, impressionava o ambiente alegre movido a churrascos aos sábados no campo alvinegro.
        José Afonso de Oliveira Rodrigues, morto no Mané Garrincha, em junho do ano passado, Raimundo Nonato Lima, em abril deste ano no estádio de Amazonas e Fábio Luiz Pereira e Ronaldo Oliveira dos Santos agora, são as vítimas fatais das obras nas 12 sedes espalhadas pelo país afora.
        A hora se presta para demagogias as mais diversas, seja por parte dos responsáveis, seja por quem se solidariza com as vítimas.
        Questões como o ritmo acelarado para cumprir os prazos se impõem, embora a tragédia em Itaquera tenha sido causada por uma operação idêntica à que havia sido feita na semana passada, do outro lado da construção e com estrutura menos pesada.
        Talvez o guindaste alemão, o maior em operação no país, não tenha sido suficientemente calçado no último passo que faltava. Dois técnicos embarcaram ontem para o Brasil para investigar.
        Nada mais corintiano.
        O ano de 2013 que começou marcado pela morte em Oruro é desses para serem esquecidos na mais que centenária trajetória do Corinthians, o contraponto proporcional ao que foi a brilhante temporada de 2012, típico mesmo de quem sempre se diz sofredor.
        Seja como for, Afonso, Raimundo, Fábio e Ronaldo não verão a Copa que ajudaram a fazer e suas famílias a viverão enlutadas, algo que não cabe no já famoso padrão Fifa.
        Ou, ao menos, não deveria caber. Como estará o clima no Sauípe, para o sorteio do dia 6?
        FIM DA ENCICLOPÉDIA
        Morreu Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol.
        A quarta-feira 27 de novembro marcará indelevelmente a história do futebol no Brasil.
        À dor da morte de dois trabalhadores da Copa se soma a do melhor lateral-esquerdo de todos os tempos, craque de apenas duas camisas, a alvinegra do Botafogo e a amarela da seleção.
        No time da velha CBD esteve em quatro Copas, como reserva na de 1950 e como titular nas três subsequentes, bicampeão em 1958/62.
        Quem o viu botar pontas-direitas endiabrados no bolso e a jogar, ainda nos anos 50, como se fosse um ala, não o tirará da memória jamais.
        Memória que Nilton Santos perdeu nos últimos de seus 88 anos de vida.
        juca kfouri
        Juca Kfouri é formado em ciências sociais pela USP. Com mais de 40 anos de profissão, dirigiu as revistas "Placar" e "Playboy". Escreve às segundas, quintas e domingos na versão impressa de "Esporte".

        Mônica Bergamo

        folha de são paulo

        Estabelecimentos que exponham clientes à violência podem ter de indenizá-los

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        Estabelecimentos comerciais que falham na garantia de segurança, expondo os clientes à violência, podem ser obrigados a indenizá-los em caso de alguma ocorrência. A decisão é do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
        EM RETIRADA
        O tema foi discutido sobre um caso específico que ocorreu num shopping center na Paraíba. Na saída do estacionamento, uma consumidora foi surpreendida por assaltantes com revólveres que ordenaram que ela saísse do carro. O marido deu marcha a ré e fugiu.
        EM RETIRADA 2
        Desarmado, o segurança do shopping saiu correndo. As duas vítimas receberão
        R$ 8.000 cada uma por danos morais. Com juros e correção monetária.
        EM CASA
        O PTN (Partido Trabalhista Nacional) deve apoiar a candidatura da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) ao governo do Paraná no próximo ano. O partido é presidido por José Masci de Abreu, irmão de Paulo Masci de Abreu, dono do hotel que contratou José Dirceu para trabalhar em Brasília.
        EM CASA 2
        No mês passado, Gleisi e o marido, Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, receberam em casa representantes do partido no Paraná. Além do hotel, Masci tem também uma empresa de comunicação que possui ao menos oito rádios em SP.
        CONSTELAÇÃO
        Ao divulgar a notícia da visita aos dois ministros, o PTN informou também que acabara de filiar à legenda o bruxo Chik Jeitoso. Entre outras coisas, ele previu graves problemas para Joaquim Barbosa. "O presidente do Supremo Tribunal Federal (...) corre risco de morte já a partir de janeiro de 2013″, alertou.
        EM BOA COMPANHIA
        "Frances Ha", dirigido pelo americano Noah Baumbach e produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, da RT Features, foi indicado ao British Independent Film Awards. Concorre ao prêmio britânico na categoria melhor filme independente com "Blue Jasmine", de Woody Allen, e "Azul É a Cor Mais Quente", de Abdellatif Kechiche, ganhador da Palma de Ouro em Cannes.
        ÍNTIMA E PESSOAL
        Giampaolo Sgura/Folhapress
        Em ensaio de lingerie, Gisele Bündchen mistura o lado glamouroso e despojado. "A mulher pode ir poderosa para a festa e quando chega em casa quer mais é ficar à vontade", diz a top, ao ser clicada para a edição de Natal da "Vogue", pelo fotógrafo italiano Giampaolo Sgura.
        *
        A brasileira vai passar as festas nos EUA. "O fim do ano é época de recarregar energias. Gosto de ficar sossegada e juntinho do meu marido e dos meus filhos em Boston."
        INTERNACIONAL
        Roberto Carlos e a Rede Globo fecharam parceria para realizar anualmente um megashow internacional sempre na semana do Sete de Setembro. A exemplo de Jerusalém em 2011, estão previstos espetáculos em Las Vegas, em 2014, e em Taormina, na Itália, em 2015.
        ITALIANÍSSIMO
        A apresentação italiana terá direção artística de Jayme Monjardim e consultoria do cineasta Franco Zeffirelli. "Roberto vai gravar também um disco todo em italiano", diz Dody Sirena, empresário do Rei.
        *
        O lançamento está previsto para 2014, com versões de novos sucessos como "Esse Cara Sou Eu".
        DE VOLTA AOS ANOS 80
        O empresário José Victor Oliva e Cesar Byun, presidente da LG, reuniram frequentadores assíduos da extinta casa noturna Gallery em jantar anteontem, no Jardim Guedala. As cantoras Fafá de Belém e Zizi Possi foram ao evento, que também contou com Dody Sirena, empresário de Roberto Carlos, e a mulher, Fernanda. Os casais Marina e Thierry de Sabrit, Chiquinho Scarpa e Marlene Nicolau, e José e Cris Ortali foram recebidos pela anfitriã Tatianna Oliva. O jornalista Giba Um e o publicitário Luiz Lara também estiveram lá.

        José Victor Oliva oferece jantar

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        Bruno Poletti/Folhapress
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        Tatianna Oliva e o marido, José Victor Oliva, reuniram frequentadores assíduos da extinta casa noturna Gallery em jantar na terça (26), no Jardim Guedala
        JOGADOR
        Ronaldo e Igor Trafane, presidente da Confederação Brasileira de Pôquer, anunciam hoje que o número de praticantes do jogo no Brasil saltou de 4 milhões em 2012 para 5 milhões em 2013.
        MILHÕES EM AÇÃO
        Edward Snowden, ex-técnico da CIA que revelou o alcance da espionagem americana, diz que os brasileiros "são uma grande inspiração" para ele. "Vocês demonstraram ao mundo que a voz de uma sociedade é ouvida quando milhões de pessoas vão às ruas", afirma à edição da "VIP" que chega às bancas amanhã. A revista dá a Snowden o título de homem do ano. O texto, criptografado, foi enviado por meio do jornalista americano Glenn Greenwald.
        CURTO-CIRCUITO
        No Natal Iluminado, visitantes da Oscar Freire podem tirar fotos em totens interativos, diz Rosângela Lyra, da Associação dos Lojistas dos Jardins.
        Cesar Cunha Campos, diretor da FGV Projetos, participa hoje de fórum sobre o Brasil em Roma.
        Denise Stoklos encena "Vozes Dissonantes", hoje, às 19h, na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, em Pinheiros. Grátis. 14 anos.
        com ELIANE TRINDADE, JOELMIR TAVARES, ANA KREPP e MARCELA PAES
        mônica bergamo
        Mônica Bergamo, jornalista, assina coluna diária publicada na página 2 da versão impressa de "Ilustrada". Traz informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999.

        José Simão

        folha de são paulo
        Ueba! Dirceu lança o Papuda Inn!
        E os times de futebol poderiam se reunir e criar o projeto Bom Gosto! Para cabelos e tatuagens! Rarará!
        Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E tô adorando o Zé Dirceu como gerente de hotel. A conta veio errada? Chama o gerente! Rarará! Esse hotel vai ter o maior lobby da história da hotelaria mundial! O Dirceu vai acabar abrindo uma cadeia de hotéis: Papuda Inn! Rarará!
        E essa: "Acharam 450 kg de cocaína no helicóptero da família do senador Zezé Perrella". Como disse o Duke: HELIPÓPTERO! Da família ESPARRELLA! Do PDT de Minas. E presidente do Cruzeiro! Minas tá bombando: mensalão mineiro, helipóptero!
        E os petistas reclamam, e aqui com razão, que "se o helicóptero fosse de alguém do PT, seria abertura do Jornal Nacional". Rarará!
        E o site Futirinhas revela as novas exigências do Bom Senso à CBF: 1) O Santos adiará todos os jogos até o Neymar voltar! Ou seja, não joga mais. 2) Empate pro Corinthians valerá três pontos e vitória um ponto. 3) Rogério Ceni não poderá mais cobrar pênaltis. Aí perde a graça. 4) Cada vez que algum são-paulino gritar "o campeão voltou", o time perderá um ponto. E eu acrescento: toda vez que algum são-paulino gritar "time grande não cai", perderá dez pontos. 5) Valdivia deverá jogar, no mínimo, dez jogos por ano. 6) Locutores serão obrigados a falar que o estádio tá lotado se Santos e Botafogo conseguirem levar mais de mil torcedores. 7) Galvão Bueno será obrigado a falar em todos os jogos: "É teste pra cardíaco, amigo", "Haja coração" e "toco y me voy". 8) Luciano do Valle não poderá mais errar os nomes dos jogadores. Essa vai ser impossível. Acabou o Bom Senso. Rarará!
        E os times poderiam se reunir e criar o projeto Bom Gosto! Para cabelos e tatuagens! Rarará!
        Só uma coisa, sou o maior fã desse estilo de jogador de futebol: boné virado, tatuagem de presidiário, relógio do tamanho duma pizza e muita bolsa Vuitton! Eles não são coxinhas! Rarará! E os jogadores podiam ter o bom senso de jogar um pouquinho melhor, né? Rarará!
        É mole? É mole, mas sobe!
        O Brasil é Lúdico! Brasileiro escreve tudo errado, mas todo mundo se entende! Olha essa placa em SP: "Cuidado! Cão bravo! PET BULL". PET? Ah, não, pet é poodle, beagle! Ou é pet ou é pitbull! Rarará!
        E essa em Piaçabuçu: "Não entre cem avizar! O cachouro vai pega!". Ai que medo do cachouro! O cachouro é vaucinado? Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

          Contardo Calligaris

          folha de são paulo
          Adorável 'Jovem e Bela'
          Conselho: meus amigos, cresçam ou caiam fora, joguem videogame com o irmão ou namorem a irmã
          "Jovem e Bela", de François Ozon, conta uma temporada na vida de uma adolescente: Isabelle, 17 anos, tem seu primeiro namorico de verão e se prostitui no outono e inverno seguintes. Marine Vacth, a atriz, além de jovem e bela, é adoravelmente emburrada, como só os adolescentes franceses conseguem ser.
          Aviso aos espectadores: entre ela, o comportamento de seus pais, a classe do colégio discutindo um poema de Rimbaud e a paisagem, o filme pode matar qualquer um de saudade de Paris e da França. Agora, alguns pontos (sem "spoilers").
          1) O namorico de Isabelle durante o verão é sinistro, como a maioria dos namoricos de praia entre adolescentes. Isabelle olha para sua primeira transa como uma espectadora que não acredita na miséria do que está acontecendo. Cá entre nós, qualquer coisa é melhor e mais interessante do que aquilo --talvez até se prostituir num estacionamento.
          2) Durante esse verão, Isabelle se irrita quando a mãe manifesta uma curiosidade bestamente cúmplice: cadê aquele jovem alemão bonito? Os pais adoram que os namoradinhos se incorporem ao cotidiano da família: eles esperam que o lar acabe domesticando o desejo sexual das filhas.
          Mais tarde, no filme, Isabelle não aguenta a visão de seu novo namorado de pijama na mesa de família. Para completar, o namorado vai jogar videogame com o irmãozinho de Isabelle. Essa prática nefasta é frequente; conselho: meus amigos, decidam-se, cresçam ou caiam fora, joguem com o irmão ou namorem com a irmã.
          Com a desculpa de que a rua de noite é insegura, os pais permitem e aprovam que muitos adolescentes brinquem de marido e mulher no seu quarto de crianças. O que tem de errado em deixar o namoradinho dormir com a namoradinha? Nada, mas é isso mesmo que se faz na casa dos pais: dormir --não transar. Para descobrir o que é sexo, é melhor sair de casa.
          Por que condenar os adolescentes a começar sua vida sexual "em família", ou seja, dormindo?
          3) Isabelle diz que ela podia até não gostar de se prostituir, mas, uma vez de volta ao lar, ela estava a fim de recomeçar. É uma definição perfeita da fantasia erótica: a realização pode não dar prazer, mas a gente fica a fim de recomeçar, sobretudo quando se afoga na mesmice.
          4) Para encontrar clientes, Isabelle tem um perfil (sem rosto) num site. Receamos que a internet seja o paraíso dos predadores de crianças. Mas o inverso talvez tenha se tornado mais frequente: menores disfarçados como maiores se oferecem para sexo, por dinheiro ou não.
          5) Engraçado. Podemos duvidar da maturidade de alguém de 17 anos para se prostituir ou mesmo para transar, a não ser que isso aconteça com o namorado de pelúcia --aquele que, de manhã, joga videogame com o irmãozinho.
          Ao mesmo tempo, queremos que esse alguém de 17 anos, na escola, leia "Roman", que Rimbaud escreveu, justamente, aos 17 anos. Mathilde Mauté, a mulher de Paul Verlaine, tinha 17 anos e estava grávida quando Rimbaud, 17 anos, chegou na casa de Verlaine para começar a tórrida e famosa história de amor dos dois amigos.
          Seria bom decidir um dia o que queremos e esperamos de um adolescente.
          6) A partir de que idade, para nossas leis, um jovem pode livremente consentir a ter sexo com coetâneos e adultos? A idade do consentimento sexual, na França, é 15 anos. No Brasil, há muito tempo, ela é de 14. Aposto que muitos imaginavam que fosse mais tarde.
          Tanto a lei francesa quanto a brasileira levam em conta uma vulnerabilidade dos jovens até os 18 anos. E considera-se que a prostituição se aproveite dessa vulnerabilidade. Ou seja, é permitido que um adulto transe com alguém de 17 anos que consinta por amor (por exemplo). Mas não se a transa for por dinheiro.
          Não tenho nenhuma simpatia pela prostituição de adolescentes. Mas não deixa de ser bizarro: se a idade do consentimento é 14 ou 15 anos, por que a liberdade de se prostituir começaria só aos 18? Duas respostas possíveis.
          A primeira é que somos ingênuos. Acreditamos que transar com alguém "por amor" não signifique se aproveitar de sua vulnerabilidade. Tendo a pensar o contrário: o amor, pretenso ou "verdadeiro", sempre foi uma arma para pegar inocentes desprevenidos.
          A segunda resposta é que, apesar de nossa suposta liberação, somos escandalizados pela ideia de que haja desejo sexual e sexo sem a boa desculpa do envolvimento emocional. Eles podem transar porque se amam. Agora, transar só para transar é coisa de puta, não é?

          Papéis que acusam PSDB circulam há quatro anos

          folha de são paulo
          Documento que tucanos dizem ter sido forjado é conhecido desde 2009
          Autoria é atribuída a executivo que deixou Siemens em 2007 e colabora com investigações de cartel
          MARIO CESAR CARVALHODE SÃO PAULOAlguns dos documentos que despertaram a ira dos tucanos contra o PT nesta semana circulam há quatro anos pelas mãos de autoridades que investigam os negócios do governo de São Paulo com a multinacional francesa Alstom e a alemã Siemens.
          Líderes do PSDB acusaram o PT de forjar esses papéis para incriminar os tucanos e atenuar o impacto das prisões de petistas envolvidos com o esquema do mensalão, mas alguns dos documentos que vieram à tona agora eram conhecidos do Ministério Público de São Paulo desde 2009.
          Em junho, a Polícia Federal anexou esse conjunto de papéis ao inquérito que investiga a atuação de um grupo de empresas que teria combinado preços em licitações do Metrô e da CPTM desde 1998, num período em que o Estado foi administrado por sucessivos governos do PSDB.
          O dossiê é formado por três documentos. O mais antigo é uma carta anônima escrita em inglês e enviada ao ombudsman da Siemens na Alemanha em junho de 2008. Ela denuncia irregularidades em licitações das quais a empresa participou e fala em pagamento de propina, sem citar nomes.
          Há também entre os papéis uma versão em português da carta, com o acréscimo de um parágrafo que aponta o PSDB como destinatário da propina e outras mudanças. Nesta semana, os tucanos exibiram essas diferenças como se fossem evidência de que os documentos foram falsificados.
          O terceiro documento é um relatório mais recente, que oferece mais detalhes sobre licitações que a Siemens teria ajudado a fraudar e cita políticos do PSDB que teriam ligações com lobistas que teriam distribuído a propina paga pelas multinacionais.
          Nenhum dos papéis tem assinatura, mas sabe-se que a carta de 2008 foi enviada pelo ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, que deixou a empresa em 2007 e hoje colabora com investigações conduzidas pela PF, pelo Ministério Público Federal e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
          Os outros dois documentos contêm informações que o executivo já havia apresentado antes a assessores da bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo.
          A versão em português da carta enviada à Siemens foi recebida pelo Ministério Público Estadual em 2009 e chegou a ser divulgada pela revista "Carta Capital" na época.
          LOBISTAS
          Além de apontar o dedo para o PSDB, ela dá nomes de dois lobistas e de empresas de consultoria que teriam auxiliado as multinacionais a repassar propina a políticos e diretores do Metrô e da CPTM.
          O relatório de abril foi revelado há uma semana pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e é datado de 17 de abril deste ano. Ele diz que o atual chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, principal auxiliar do governador Geraldo Alckmin, recebeu propina do lobista Arthur Teixeira, o que ele nega.
          O relatório afirma que outros três secretários do governo Alckmin têm relações com Arthur Teixeira: Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos), José Aníbal (Energia), e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico).
          O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta semana que encaminhou a papelada à PF após recebê-la das mãos do deputado estadual licenciado Simão Pedro, secretário da Prefeitura de São Paulo, que nega ter adulterado os documentos.

            Janio de Freitas

            folha de são paulo
            Esconde esconde
            Estar encoberto é o traço da sequência que termina no arquivo do Ministério Público Federal em SP
            A acusação do senador Aécio Neves e de outras eminências do PSDB ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de envolvê-los em ilicitudes para desviar as atenções postas nos petistas presos, não resiste a um simples olhar aos jornais ou telejornais. Até um exame médico de José Genoino continuou mais importante do que a distensão EUA/Irã, do que um pronunciamento conservador do papa aparentemente inovador, do que manifestações de entidades de magistrados e da OAB contra o presidente do STF --e, claro, do que o tal envolvimento de peessedebistas.
            Mas uma parte e outra tornam necessárias mais duas linhas investigatórias nessa história de corrupção nas licitações de metrô e trens em São Paulo. "Mais duas" não é bem o caso, porque até agora sabe-se de investigações que o Ministério Público Federal em SP deixou de fazer, mas nada se sabe com certeza de investigação em processamento. A propósito, as condutas que, por vários anos, evitaram investigações aqui e até uma singela colaboração do MP com a investigação suíça deveriam ser objeto de inquéritos rigorosíssimos. Tanto no próprio Ministério Público Federal no Estado, apesar de pouco promissor contra a força do corporativismo, quanto no plano federal, pelo dano a relações internacionais do país.
            Aécio Neves começou por acusar de manobra a entrega à Polícia Federal, pelo ministro, de uma carta em que é feito o envolvimento de políticos do PSDB com a corrupção. Mas o que Cardozo deveria fazer senão entregá-la à PF? Ao que parece, o que se deseja é exatamente que toda suspeita de corrupção, como faz a carta, seja encaminhada à PF e suas congêneres. O original da carta, porém, segundo as eminências do PSDB, não incluiria citação alguma ao seu partido, só existente na versão divulgada. Ao que Cardozo responde com a informação de que a carta exibida pelo PSDB, sem as incriminações, tem menos folhas, ou menos texto, do que o original por ele recebido e encaminhado à PF.
            Nesta altura, os dois lados nos lançaram no terreno do inacreditável. Aécio Neves, José Eduardo Cardozo e José Aníbal são igualmente inimagináveis como autores ou como coniventes em acréscimos ou supressões documentais para incriminar adversários políticos. Há algo estranho e encoberto no confronto de leviandades mutuamente atribuídas.
            Estar encoberto é o traço característico da sequência que começa em dinheirama correndo debaixo de mesas governamentais, segue em contratos que escondem os valores corretos e mergulha no arquivo do Ministério Público Federal em São Paulo, onde uma correspondência de investigação se esconde e esconde a própria investigação --esta, feita na Suíça porque o Brasil não a faz. É necessário e urgente interromper a característica do caso, para esclarecer os sigilos da carta. Um dos lados vai sair mal do esclarecimento. Mas isso, provavelmente, começará a esclarecer o mais importante. Talvez, o mais escondido na história toda.

            Rogerio Gentile

            folha de são paulo
            O PSDB deve explicações
            SÃO PAULO - Aécio promoveu um showzinho anteontem em Brasília para defender o PSDB de São Paulo das suspeitas de roubalheira nas obras do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Fez cara de indignado, acusou o governo federal de manipular as instituições para enxovalhar adversários e até cobrou a substituição do ministro da Justiça. Só faltou levantar o punho fechado para o alto.
            Embora o presidenciável tenha tentado reduzir o caso a uma simples perseguição política, como fez e ainda faz o PT no mensalão, o escândalo das licitações metroferroviárias em São Paulo é muito mais grave do que isso e recai sobre três governos do PSDB (Covas, Alckmin e Serra).
            Três pontos são inquestionáveis. O primeiro é que a multinacional Siemens confessou ter atuado em um cartel entre 1998 e 2008 com o objetivo de partilhar obras e elevar o preço das concorrências em São Paulo. Gigantes como a Alstom, a Bombardier, a CAF e a Mitsui teriam integrado o esquema. O segundo é a condenação, na Suíça, de um ex-diretor da CPTM acusado de lavar dinheiro de corrupção. Por fim, uma conta atribuída a Robson Marinho, que foi chefe da Casa Civil de Covas, foi bloqueada no mesmo país por suspeita de ter recebido propina.
            Ainda que tenha ocorrido manipulação política em torno do caso (o ex-diretor da Siemens citou ou não políticos tucanos como beneficiários de corrupção?), é falacioso dizer, como fez Aécio, que tudo não passa de uma reedição do episódio dos "aloprados", quando petistas foram presos com dinheiro que seria usado para comprar um dossiê contra Serra.
            As investigações estão apenas no começo e ainda há muita coisa a esclarecer. Mas é difícil acreditar que um cartel desse porte tenha conseguido burlar ao menos cinco licitações bilionárias em SP sem a conivência de autoridades, de maior ou menor escalão. Por mais que Aécio tente confundir as coisas, o fato é que o PSDB deve explicações.

              Veja as manchetes dos principais jornais desta quinta-feira

              folha de são paulo

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              DE SÃO PAULO
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              Jornais nacionais
              O Estado de S.Paulo
              Câmara adia decisão sobre aposentadoria de Genoino
              O Globo
              Caso Siemens: PT e PSDB fazem guerra de versões sobre dossiê
              Valor Econômico
              Petrobras não deve ter regra de reajuste e Vale aceita Refis
              Correio Braziliense
              Novo Laudo complica a atuação de Genoino
              Estado de Minas
              A duplicação que encolheu
              Zero Hora
              Inflação e eleição fazem juro voltar a dois dígitos
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              Jornais internacionais
              The New York Times (EUA)
              Novas regras para frear entidades sem fins lucrativos do papel político
              The Guardian (Reino Unido)
              A ganância é boa: Boris invoca espírito Thatcher
              El País (Espanha)
              Interior rebate multas Lei de Segurança para protestos