sábado, 16 de novembro de 2013

Jornal pessoal de cronista ganha reedição - Raquel Cozer

Jornal pessoal de cronista ganha reedição
'Diário da Tarde', de Paulo Mendes Campos, publicado em livro há três décadas, sai agora em formato tabloide
Publicação do IMS segue o formato idealizado pelo autor, com seções literárias, esportivas e de frases
RAQUEL COZER COLUNISTA DA FOLHA
Paulo Mendes Campos foi fundador, diretor de Redação e revisor do "Diário da Tarde", conforme se lia no expediente da publicação. Era ainda colunista, repórter e editor, espécie de funcionário dos sonhos de todo dono de jornal. No caso, dele mesmo.
O projeto não durou. Suas 20 edições vieram a público em uma só ocasião, em 1981, reunidas em livro da editora Massao Ohno, em parceria com a Civilização Brasileira.
Mas ganhou status de preciosidade para os admiradores da obra do cronista e poeta mineiro (1922-1991), sem nunca ter chegado aos leitores no formato que o autor imaginava, de tabloide.
Essa lacuna histórica é reparada pelo Instituto Moreira Salles, que lança edição especial com projeto gráfico de Daniel Trench e ilustrações de Veridiana Scarpelli. O evento será na segunda, no Rio, com debate de Renato Terra, da revista "piauí", e Xico Sá, colunista da Folha.
É verdade que, como dono e senhor do "Diário da Tarde", Mendes Campos se deu a liberdades como reutilizar material veiculado em jornais de verdade, por assim dizer.
É o caso, em especial, dos textos das duas principais seções de cada uma das edições, "Artigo Indefinido", de ensaios literários, e "O Gol É Necessário", de crônicas.
A parte literária trazia recortes variados como uma interpretação do "Cântico dos Cânticos" bíblico, um perfil de Virginia Woolf e um bate-papo imaginado entre Cecília Meireles e Emílio Moura.
Este, sem tirar nem pôr uma vírgula em versos de um e outro poeta, resultou em um extenso diálogo com falas como "Ele: Teu sorriso é tão puro que te ilumina toda. Ela: Quero apenas parecer bela".
Já as crônicas de futebol desde a primeira edição lamentavam: "Vai-se tornando avaro esse esporte, pois, vivendo às custas do consumidor, nega a mercadoria pela qual este paga, não à vista, mas antes de ver: gols".
CAUSOS E FRASES
Cada uma das edições incluía ainda a seção "Poeta do Dia", com versos dos criadores preferidos de Mendes Campos, como Paul Verlaine, Dylan Thomas e T.S. Eliot.
E, para completar, cinco seções divertidas, com causos e frases de efeito, "Bar do Ponto", "Pipiripau", "Grafite", "Suplemento Infantil" e "Coriscos". Ao leitor que folhear o "Diário da Tarde", estes certamente ressaltarão.
No "Bar do Ponto" da edição nº 5, por exemplo, o autor determina: "O poeta é a criança; o romancista é o adolescente; o ensaísta é a madureza; o crítico é a velhice".
Na mesma página, a seção "Pipiripau" parece feita dia desses: "Nunca se imprimiu tanto. E nunca se aproveitou tão pouco [...]. A livralhada sexual é idiota; a violenta é pueril; a de terror não chega a impressionar crianças; a esotérica é de dar pena; a fofoqueira ainda pode distrair, mas mente pelos dedos".

Regressão continuada - Helio Schwartsman

folha de são paulo
sÃO PAULO - Depois do prefeito Fernando Haddad (PT), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) resolveu ampliar o número de séries em que o aluno poderá ser reprovado, desfazendo parte da progressão continuada, que já foi bandeira de administrações petistas e tucanas.
Esse é um daqueles temas permanentes. Ele vai e volta à agenda porque há um desacordo original entre o que a maioria das pessoas pensa sobre educação e a já respeitável massa de dados empíricos acerca do que funciona e não funciona. Lamentavelmente, políticos ouvem mais a heurística popular do que a ciência.
As pessoas, especialmente pais, gostam da ideia de repetência porque imaginam que ela assegura que o aluno aprenda o que foi ensinado. Seus conhecimentos são testados de modo objetivo e, se ele não souber o bastante, será retido, garantindo que todos os que concluam seus estudos de fato dominem o currículo.
O problema com esse raciocínio é que ele é desmentido pelos fatos. Ou melhor, pode até ser que valha para o ensino superior e as séries mais altas, mas não funciona no ensino elementar. Um conjunto de metanálises (estudos que comparam dezenas, às vezes centenas, de estudos) mostra que a retenção não apenas não cumpre o objetivo esperado como pode até piorar o desempenho dos estudantes. Vale a pena aqui conferir os trabalhos de Shane Jimerson.
O repetente pode até se sair um pouquinho melhor num primeiro instante, mas esse efeito desaparece em dois ou três anos. No longo prazo, sua performance tende a ser pior do que a de grupos de alunos semelhantes que foram promovidos.
Considerando que a reprovação tem alto custo financeiro (equivalente a 11% do que se investe na rede básica no Brasil) e faz aumentar os índices de evasão escolar, fica difícil defendê-la em termos racionais.
Alguém já afirmou que o problema da democracia é que ela sanciona os piores vieses cognitivos dos eleitores.
hélio schwartsman Hélio Schwartsman é bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. 

Painel das Letras - Raquel Cozer

folha de são paulo

O estreante de US$ 2 mi

 Não é juvenil, erótico nem de fantasia o título que, nos últimos dias, foi comprado pela gigante americana Knopf por quase US$ 2 milhões (cerca de R$ 4,6 milhões) --bem mais do que a Vintage Books pagou, em 2012, pelos três livros da série "Cinquenta Tons". A obra é "City on Fire", romance de estreia do crítico Garth Risk Hallberg, 34. Aborda a Nova York dos anos 1970, tem 900 páginas e levou o autor a ser comparado, entre editores que leram trechos para participar do leilão, a Michael Chabon e Thomas Pynchon. No Brasil, quem venceu a disputa (com valores não divulgados) foi a Companhia das Letras. Os direitos cinematográficos ficaram com Scott Rudin, produtor de "Frances Ha".
Fenômeno incompreendido
Publicações internacionais vêm tentando entender o fenômeno "City on Fire", que, representante de uma literatura que se propõe séria, dificilmente venderá tanto quanto "Cinquenta Tons".

O site Vulture fez uma lista com "28 coisas que você pode especular" sobre o livro --já que o autor, colaborador do "New York Times" e do site "The Millions", não dará entrevistas até o lançamento.
Entre outras coisas, cita que o autor publicou em 2007 uma novela com 63 vinhetas associadas a fotos (que não precisam ser lidas na ordem) e que ele adora usar neologismos, como "N3J" (para "novo novo novo jornalismo").
Infantil
Divulgação
As aventuras do garoto Archibald, neto de exploradores famosos, e seus amigos Adelaine e Oliver (imagem) estão no centro de 'Doldrums', de Nicholas Gannon, comprado pela editora WMF Martins Fontes.
Biografia nacional
Aos 80 anos recém-completados, o sociólogo Francisco de Oliveira prepara para a Boitempo a "Biografia Não Autorizada do Brasil", que abordará sociedade, economia e política dos anos Vargas aos dias de hoje.

A obra, prevista para março, promete levantar debate na esquerda ao destacar a necessidade de uma revolução social num país ao qual faltam forças para isso e criticar um PT que se afastou dos ideais, inscrevendo o Brasil numa "hegemonia às avessas" --em que, segundo ele, o dominado conduz a política em benefício do dominante.
Som
"Sejamos todos musicais", reunião de crônicas de Mário de Andrade na "Revista do Brasil", publicadas de 1938 a 1940, quando o paulistano morava no Rio, sai em março pela Ateliê Editorial.

Som 2
Nos textos, o modernista aborda nomes como Radamés Gnatalli e Camargo Guarnieri e compara a produção carioca com a paulistana. "Não acho que se faça aqui música inferior a de São Paulo. [...] Mas a orientação da música pública que se faz no Rio e a sua qualidade é incomparavelmente inferior", escreveu, em 1938.

Menos é mais
Publicado apenas em 2009 na França, com exíguas 64 páginas, "O Corpo Utópico, as Heterotopias" traz Michel Foucault (1926-1984) mais confessional e próximo da literatura.

Menos é mais 2
O volume, feito a partir de conferência de 1966, ganhará edição bilíngue pela N-1 Edições.

Abuso
Da autora de "Assédio Moral", a Bertrand Brasil publica, em 2014, "Abuso de Fraqueza e Outras Manipulações". No livro, a psiquiatra Marie-France Hirigoyen mostra como a
capacidade de manipulação torna as pessoas vulneráveis.

Água
A tradicional livraria nova-iorquina Strand, famosa por oferecer as melhores pechinchas do ramo, anda mal na fita desde que o site DNAinfo noticiou o uso, pela loja, de um sistema de irrigação para tirar moradores de rua debaixo de seu toldo. A intenção foi confirmada por uma vendedora, mas depois a gerência disse que a ideia era só lavar a calçada.


painel das letras Raquel Cozer é jornalista especializada na cobertura de literatura, mercado editorial e políticas de livro e leitura. É colunista e repórter da "Ilustrada", na Folha, desde 2012, com passagem anterior pelo caderno de 2006 a 2009. Foi repórter do "Sabático", no "Estado de S. Paulo", e do jornal "Agora", do Grupo Folha. Também trabalhou nas editoras Abril, Globo e Record. Escreve a coluna Painel das Letras, aos sábados.

Bom Senso,seu moço - Xico Sá

folha de são paulo
 Amigo torcedor, amigo secador, no princípio foi aquele abraço coletivo, o grito de alerta, um "se liga", cartola, um "tome tento", seu Marin, um olha o bom senso, dona Globo. Nesta semana veio o gesto político de classe mais contundente da história do futiba, o manifesto no campo de batalha, e não era apenas por 20 segundos --se a regra é clara, a desobediência civil ficou explícita.
Você mudava de canal e lá estava o mesmo gesto, só trocava o nome dos times, com um bate-bola em que o pé-de-obra, como preferia chamar o doutor Sócrates, mostrou quem manda no jogo.
Rogério Ceni foi na mosca, na sua assertiva: "Isso aqui tem uma conotação muito maior do que imaginam". Bote maior nisso. E, em Itu, óbvio ululante, o gesto foi hiperbólico, gigantesco, naquele São Paulo 2x0 Flamengo.
Ah, se temos que esperar pelo fim da novela, como não esperar mais um pouco pelo início do embate que interessa. Nunca esperei com tanto gosto. Abri uma cerveja e brindei aos velhos rebeldes que abriram caminho, cavaleiros muita vezes solitários no faroeste da cartolagem.
Tintim, Paulo Cézar Caju, tintim, prezado amigo Afonsinho --o homem do passe livre ainda nos anos 1970--, tintim além-mar, meu caro Eric Cantoná, tintim, de novo e sempre, Sócrates Brasileiro, tintim, velhos e novos rebeldes da pelota.
Naquele minuto de Itu passou pela cabeça um longa-metragem. Um jantar inteiro, um dos últimos com o doutor corintiano, em um japonês da ministro Rocha Azevedo, em São Paulo, o olhar atento do zagueiro Paulo André em troca de ideia com o filósofo do calcanhar greco-paraense. Este cronista envelhecido em barris de bálsamo, Kátia Bagnarelli, Vladir Lemos e Mazinho Chubaci --o Sancho Pança do Magrão quixotesco--, por testemunhas oculares da história.
Nesta quarta, guarde a data, 13 de novembro do ano da graça de 2013, isto é história, na noite em que o cosmonauta russo Yuri Gagarin repetia "a terra é azul", em louvor aos cruzeirenses, apontando o dedo lá de cima, mochileiro das galáxias, para o amigo Trajano, mineiro exilado à beira do Capibaribe.
É, como grasna aqui o meu corvo Edgar, o secador-mor do país, se a regra é clara, o poder do pé-de-obra ficou explícito. Nunca é por 20 centavos, nunca é por 20 ou 30 segundos, é para fazer parte do jogo.
E que o país inteiro atinja o bom senso, a imunização racional, como cantava Tim Maia, em nome dos caboclos evoluídos, em nome da leitura, a salvação da história, em nome dos que jogam bola no Cruzeiro ou nos times do salário mínimo convertido ainda em cruzado, em nome do Araripina, o bode do sertão, e de outros times que atuam poucos meses no ano, em nome das bocas que esperam em casa, independentemente do resultado do futebol.
@xicosa

Xico Sá Xico Sá, jornalista e escritor, com humor e prosa, faz a coluna para quem "torce". É autor de "Modos de Macho & Modinhas de Fêmea" e "Chabadabadá - Aventuras e Desventuras do Macho Perdido e da Fêmea que se Acha", entre outros livros. Na Folha, foi repórter especial. Na TV, participa dos programas "Cartão Verde" (Cultura) e "Saia Justa" (GNT). Mantém blog e escreve às sextas, a cada quatro semanas, na versão impressa de "Esporte".

Mais como nos filmes - Ruy Castro

RIO DE JANEIRO - Saí à calçada e estiquei o braço em busca de um táxi. Passaram vários, todos cheios. Levei 20 minutos para conseguir um. Muito diferente do que acontece nos filmes, em que não apenas o vilão chega à rua e para imediatamente um táxi para fugir, como o herói toma outro segundos depois e começa a perseguição.
No cinema, os bandidos armam uma bomba atômica e a equipam com um mostrador para que o herói saiba a quantos segundos ela vai explodir. Quando o herói, que é um mosqueteiro, enfrenta 20 espadachins, eles o atacam um a um, em vez de todos de uma vez. O herói resiste bem às dezenas de socos que leva dos bandidos, mas geme quando sua namorada aplica um lencinho molhado aos seus ferimentos.
Ao fugir juntos de uma ameaça, o herói e a mocinha insistem em correr de mãos dadas quando fugiriam muito mais depressa se corressem separados. Quando o herói vai ao médico, nunca será por causa de uma diarreia, mas para enfaixar o ombro ou extrair uma bala. O herói só pode ser ferido no braço --jamais será visto mancando ou com uma atadura na cabeça. Ao acordar e pular da cama, toda mulher entrará imediatamente no chuveiro e nenhuma fará xixi.
Os cavalos do cinema são à prova de balas. Todas as invasões de extraterrestres começam pelos EUA. Qualquer monstro tipo morto-vivo, mesmo que recém-saído do túmulo e arrastando os pés ao andar, consegue capturar a mocinha que tenta escapar dele. Quando uma mulher recordar sua infância, será sempre mostrada de tranças, brincando de amarelinha ou pulando corda. Ao pagar uma conta no restaurante, o galã deixará várias notas na mesa --nunca apresentará o cartão ou fará um cheque.
E por aí vai. Estes são alguns dos casos recolhidos no livro "Tous les Clichés du Cinéma", pelo francês Philippe Mignaval. A vida devia ser mais como nos filmes.
ruy castro Ruy Castro, escritor e jornalista, já trabalhou nos jornais e nas revistas mais importantes do Rio e de São Paulo. Considerado um dos maiores biógrafos brasileiros, escreveu sobre Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda. Escreve às segundas, quartas, sextas e sábados na Página A2 da versão impressa.

José Simão

folha de são paulo

Feriadão! A Marcha dos Vadios!

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! "Babi Rossi termina namoro com filho do Eike." Tá certa! Quem dá aos pobrex, termina pagando a contex do motelzex. Ficou pobrex, levou um pé na bundex! E o pai vai pro semáforo vender MenteX!
E o Zé Dirceu que tá na praia de Itacaré, Bahia. Agora ele vai mudar de banho de sol. O banho de sol continua, só muda o local. E já imaginou estar na praia e receber a notícia de que vai pra cadeia? Morreu na praia! Rarará!
E o Pedro Corrêa, do PP, está esperando a ordem de prisão na fazenda Boa Esperança, município Brejo de Deus! A esperança foi pro brejo.
E o Roberto Jefferson (aaargh) tem cara de delegado de novela da Record!
E a manchete do Piauí Herald: "Dilma autoriza exumação dos restos mortais do DEM". Rarará!
E piada de internet: "Meu filho virou flamenguista, o que eu faço?". "Vai juntando dinheiro pra fiança!". Rarará!
"Meu filho virou são-paulino, o que eu faço?" "Vai juntando dinheiro pro baile de debutantes e pros CDs do Abba!"
"E o meu filho é corintiano, o que eu faço?" "Vai juntando dinheiro pra visita de domingo." Rarará!
E um amigo nesse feriadão levou a namorada pro motel, tirou a cueca e disse: "É pequeno, mas é de coração". E um outro foi passar o feriadão na casa da sogra e só tinha três tipos de comida: enlatada, congelada e queimada.
E na casa de um outro chegou o sogro, a sogra, a cunhada, a prima e o concunhado, a Marcha dos Vadios! Rarará!
Feriadão: A Marcha dos Vadios! E sabe o que uma amiga vai fazer no feriadão? Botar um adesivo na testa: "Tô dando!". Rarará!
E todo feriadão a gente se lembra que BR é abreviatura de buraco. BR-101 quer dizer que tem 101 mil buracos. E que São Paulo é uma cidade rodeada de pedágios por todos os lados!
E um cidadão estava numa fila imensa do check-in, quando a funcionária perguntou: "Qual o seu destino?". "Meu destino é sofrer!" E um outro estava no check-in e a funcionária: "Que poltrona o senhor quer?". "A poltrona da minha casa!" Rarará!
E trabalhar em feriadão dá ziquizira e EMPIPOCA TUDO!
Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
José Simão José Simão começou a cursar direito na USP em 1969, mas logo desistiu. Foi para Londres, onde fez alguns bicos para a BBC. Entrou na Folha em 1987 e mantém uma coluna que considera um telejornal humorístico.

Mônica Bergamo

folha de são paulo

Advogado de pivô do escândalo dos fiscais de SP estuda dizer que crimes foram eleitorais

 A defesa do auditor Ronilson Bezerra Rodrigues, um dos pivôs do escândalo dos fiscais da Prefeitura de São Paulo, estuda argumentar que os crimes, se existiram, foram eleitorais.
PÉ E CABEÇA
"O encaminhamento que o Ministério Público tem dado às investigações, com o envolvimento de vereadores que receberiam dinheiro para campanhas, mostram que as coisas caminham para esse lado. Do ponto de vista jurídico, é uma reviravolta", diz Ricardo Sayeg, advogado de Rodrigues.

É POSSÍVEL
Ele segue: "Ainda não temos um diagnóstico. Mas é uma das possibilidades, se tudo for retratado como um delito eleitoral".

BATE EM CHICO
O advogado de Antonio Palocci, José Roberto Batochio, diz que, caso seja constatado que os fiscais acusados de corrupção também quebraram o sigilo fiscal do ex-ministro, "ficará comprovado mais uma vez que ele é vítima de vazadores militantes juramentados".

BATE EM FRANCISCO
Palocci, que caiu do ministério de Lula quando foi acusado de vazar dados bancários de um caseiro, em 2006, teria tido os próprios dados vasculhados e vazados pelos fiscais na administração de Gilberto Kassab em 2011, segundo testemunha que depôs no Ministério Público. Então ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff, Palocci caiu de novo por não explicar o aumento de seu patrimônio, após série de reportagens da Folha.

TCHAU, MALUF
Antonio Amaral, presidente da CDHU, a estatal paulista de casas populares, vai sair do cargo. Ele foi nomeado pelo governador Geraldo Alckmin na cota do PP de Paulo Maluf --que deve apoiar o PT na disputa contra o tucano em 2014.

TUDO SE TRANSFORMA
Os apresentadores Luciano Huck e Flávio Canto, a atriz Fiorella Mattheis e o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) entregaram nesta semana alguns dos prêmios do Trip Transformadores 2013. A cantora Daniela Mercury e o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) estavam entre os homenageados da noite. O dono da Editora Trip, Paulo Lima, recebeu convidados como o humorista Rafinha Bastos no Auditório Ibirapuera.

Daniela Mercury e Marcelo Freixo são premiados

 Ver em tamanho maior »
Ali Karakas
Anterior Próxima
A cantora Daniela Mercury foi um dos homenageados no Prêmio Trip Transformadores 2013, que aconteceu na semana passada no Auditório ibirapuera
ESTRELA PRINCIPAL
O escritor Laurentino Gomes planejava escrever a biografia de Tiradentes. Desistiu depois de descobrir que o jornalista Lucas Figueiredo já iniciara pesquisa sobre o personagem.

CAMINHO
Lucas Figueiredo procurou saber --e descobriu que Tiradentes não tem herdeiros que poderiam complicar a publicação da obra.

TELA
E o agente de Laurentino nos EUA foi procurado por uma produtora de lá interessada em transformar "1889", seu livro mais recente, em série.

CARTA DE FORTALEZA
Mais de uma dezena de escritores reunidos em Fortaleza assinaram uma carta aberta defendendo a ação que tenta derrubar, no STF (Supremo Tribunal Federal), a exigência de autorização prévia para a publicação de biografias. E apoiando o projeto do deputado Newton Lima (PT-SP) sobre o mesmo tema. Assinaram o documento biógrafos como Fernando Morais, Paulo César de Araújo, Mário Magalhães e também Lucas Figueiredo.

CURTO-CIRCUITO
Verônica Ferriani canta hoje no Auditório Ibirapuera, às 21h. Livre.
A peça "A Geometria do Absurdo", de Marcio Aquiles, será apresentada amanhã, às 19h30, na SP Escola de Teatro. 14 anos.
A Cia Soma de Dança estreia o espetáculo "A Última Estrada", na Casa das Caldeiras, amanhã, às 21h. Grátis. Livre.
Alexandre Nero faz show de lançamento do DVD "Revendo Amor, com Pouco Uso, Quase na Caixa", no Auditório Ibirapuera, amanhã, às 19h. Livre.
O livro "Butantã, um Bairro em Movimento" (Versal Editores), do fotógrafo Edu Simões, será lançado no dia 27, no terraço do edifício Odebrecht, às 19h.
com ELIANE TRINDADE, JOELMIR TAVARES, ANA KREPP e MARCELA PAES

Mônica Bergamo Mônica Bergamo, jornalista, assina coluna diária publicada na página 2 da versão impressa de "Ilustrada". Traz informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999.