Ele foi o rei da pamonha --ups, errei!
Rei do W.C. --ups, errei de novo!--, Alexander foi um Papai Noel fora de hora para paulistanos nesta semana
O primeiro mandamento do "rei do camarote" é ser uma florzinha enrustida com sorriso de porcelanato da C&C.
Não! Não! Não! Que zona é essa? Peço mil desculpas, tenho andado esquisita, há algo errado com meu segundo chacra, vamos começar tudo de novo.
Alô, prefeito Haddad! Queria sugerir que São Paulo entregasse uma comenda a um cidadão que nesta semana proporcionou alegrias à cidade como há muito não se via.
Refiro-me, é evidente, ao singelo Alexander Augusto de Almeida, ocupação: não importa, denominado pela revista "Veja São Paulo" de "rei do camarote" e indivíduo que usa a mesma régua para medir longo prazo que a liderança do grupo Procure Saber.
Alexander irrompeu a semana fazendo a felicidade da própria revista que o perfilou. Acelerando sua Ferrari lá da zona leste em direção à fama, ele fez com que o site da publicação, que andava meio na sombra, ganhasse 2 milhões de acessos em apenas quatro dias.
Ele capturou o coraçãozinho do paulistano sem fazer nenhum esforço extra, além daquele de que já se empenha cotidianamente, que é garantir o pão de cada dia na mesa das profissionais a quem contrata, digo, seduz, com seu charme trabalhado no plástico do cartão de crédito.
Alô, prefeito Haddad? O Senhor continua me ouvindo? É que a ligação do meu celular da Cielo parece estar falhando. Deve ser o meu Visa que está dando pau. Melhorou?
Então, para quem viu o vídeo, uma das trocentas paródias feitas a seu respeito ou leu a capa da tão comentada "Vejinha" do último domingo, o Alexander conseguiu um feito inacreditável.
Ele fez com que cada um de nós, comuns mortais, nos sentíssemos lindos, gostosos, satisfeitos com o que temos e, sobretudo, super bem-comidos. O cara funcionou como um Papai Noel que chegou antecipado. O senhor não entenderia nada sobre esse assunto, prefeito Haddad, porque já nasceu bonitão, mauricinho e abençoado e nunca precisou camelar para pegar ninguém. Mas posso lhe dar dois exemplos para esclarecer melhor o que estou tentando dizer.
Conversei sobre o Alexander nesta semana com o rapaz que conserta meu computador, um garoto de 22 anos que não é exatamente um Cauã Reymond ou ganha salário de executivo. Ele disse o seguinte: "Ué? Eu vivo pegando mulher no banheiro da balada e só preciso pagar o preço da entrada".
Em outra conversa, no percurso entre Interlagos e os Jardins no congestionamento monstro da última quarta, o motorista do táxi raciocinou comigo: "Dos R$ 50 mil que o Alexander gasta numa noite, eu guardaria R$ 49 mil para trocar meu carro, daí fecharia minha rua, gastaria R$ 1 mil comprando muita cerveja e carne para churrasco, faria uma festança que duraria um fim de semana inteiro e ainda aproveitaria para pegar quatro vizinhas que eu acho que são a fim de dar para mim".
Sentiu a parada, prefeito? Nosso Alexander merece uma medalha. Camarada ainda por cima é humilde à beça. Consegue ir na Armani, Gucci e Burberry's do shopping e sair de lá vestido como se tivesse passado por um outlet de Kansas City. É um verdadeiro São Francisco em matéria de despojamento. Quem de nós não gasta bem menos e se veste mil vezes melhor?
Só falta agora o pessoal da Receita "instagramar" o momento do pente fino na declaração de renda dele, né, prefeito? Hashtag glamour.
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