sábado, 5 de outubro de 2013

José Simão

Ueba! Marina vai virar PENtelha?
Quem é do PEN é pentelho, penetra e pendrive! E a Marina vira pentelha e abre a igreja pentelhocostal
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Avisa a Marina que quem não tem rede pesca com vara!
E uma leitora disse: "Já que a Marina não pode ir pra Rede, que vá pro Pufe! Partido dos Usurpados no Fórum Eleitoral". Rarará.
E a Marina vai pro PEN? Virar pentelha! Ops, continuar pentelha. Rarará!
Quem é do PT é petista, quem é do PMDB é peemedebista e quem é do PEN é pentelho, penetra e pendrive! E a Marina vira pentelha e abre a igreja pentelhocostal. Rarará!
E ela não parece uma tartaruga sem casco? Então pode ir pro Projeto Tamar!
E adoro a plataforma de governo da Marina: xampu de cupuaçu, desodorante de andiroba e camisinha de polpa de buriti. É o catálogo da Natura!
E sabe o que um corintiano falou do meu São Paulo? "Bambi não cai, se agacha". Ou seja, nós vamos nos agachar pra segunda divisão! Rarará!
E continuo adorando a fusão Portugal Telecom com a Oi: a Pois! E já tem logo: aquele logo amarelo da Oi escrito "Pois" e a menina com um bigodão, simples assim!
E torno a repetir que a Portugal Telecom lançou celular no Brasil pro povo parar de usar o telefone da padaria!
E votar na Marina tem um único problema: e se ela ganhar? Rarará. Outro grande problema: diz que se ela ganhar, ela vai SOLTAR O CABELO! E pode ir pro PPS! O partido do Roberto Freire. O Roberto Freire é um Fernando Henrique sem chantilly!
E a biografia da Marinárvore: ela é a mãe do Macunaíma e descende dos tururus bandeira, aquele povo que vive na árvore! E faz pose de Virgem Inca. Rarará!
É mole? É mole, mas sobe!
O Brasil é Lúdico! O Brasil é Lúdico! No Brasil todo mundo escreve errado, mas todo mundo se entende. Placa numa lanchonete de chineses na Liberdade: "Precisa de FUCINÁRIO". E essa outra na Bahia: "Fornecemos CONZINHEIRA". E essa faixa aqui: "Aluguel de RETOESCAVADEIRA". Epa! Rarará!
E esse outodoor em Minas: "PINTÓPOLIS tem 100% de energia elétrica". Pinto elétrico! Então avisa o Aécio que acabou a lanterna, agora é iluminar Minas com o pinto. O que não vai ser problema pra ele. Rarará!
Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

    Mônica Bergamo

    MÔNICA BERGAMO
    DOMINGO NO PARQUE
    A visitação ao Parque Nacional do Iguaçu (PR), que abriga as cataratas, passou de 764 mil para 1,5 milhão de turistas por ano na última década. No Parque Nacional da Tijuca, no Rio, o crescimento foi de 981 mil visitantes, em 2008, para 1,86 milhão no ano passado. Já no Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha, com entrada limitada pelo Ibama, o aumento foi de 51.463 para 67.737 turistas, entre 2003 e 2012.
    NO PARQUE 2
    "O potencial de crescimento é grande, mas é preciso investimento em estrutura e divulgação", diz Celso Florêncio, diretor da Cataratas S/A, empresa que tem a concessão para administrar o receptivo nas três unidades de conservação, em parceria com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
    FORA FELICIANO
    O GADvS (Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual) pediu ao Supremo Tribunal Federal urgência no julgamento de ação que anula a eleição do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos. A ONG de combate à homofobia fez solicitação para atuar no caso como "amicus curiae" (amigo da corte), dando subsídios à decisão.
    FORA FELICIANO 2
    O processo, movido pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), está com o ministro Luiz Fux desde março. "Pedimos a nulidade da eleição porque ocorreu a portas fechadas, o que contraria o regimento", diz Paulo Iotti, do GADvS.
    BIBLIOTECA
    Em sua visita ao Planalto, Jeferson Monteiro, autor do perfil Dilma Bolada, presenteou Dilma Rousseff com o livro "Não Conta Lá em Casa", sobre viagens a lugares inusitados. Na dedicatória, o autor, André Fran, escreveu: "Que essas histórias inspirem a presidenta a seguir lutando por um Brasil melhor!".
    PELO MUNDO
    Wagner Moura foi eleito por um júri americano o melhor ator no Los Angeles Brazilian Film Festival. O prêmio é pelo papel em "A Busca", da O2, escolhido melhor filme.
    SANTA AJUDA
    O bispo Robson Rodovalho prepara livro sobre saúde, beleza e longevidade, em parceria com o geriatra José Maria de Araújo. "É fácil saber o que é bom para a saúde e para a vida. Difícil é saber viver sem exageros", diz o presidente da igreja Sara Nossa Terra.
    EFEITO SANFONA
    Após temporada de desfiles em Paris e Milão, onde imperou o estilo esquálido, as tops que vão fazer o casting da Victoria's Secret começam a "operação engorda". Barbara Fialho, por exemplo, vai suspender a dieta para ganhar dois quilos e chegar aos 59 kg. A mineira quer exibir curvas no desfile de lingerie em novembro.
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    DOCE MATURIDADE
    Aos 40 anos, Reynaldo Gianecchini diz que passou a lidar melhor com sua sexualidade. "Com a maturidade aprendi a relaxar e a qualidade do sexo ficou muito melhor", afirma o ator, em entrevista à "Lifestyle Magazine Brasil" deste mês.
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    Durante a sessão de fotos, Giane, que está em cartaz em São Paulo até dezembro com o espetáculo "A Toca do Coelho", dançou ao som de Daft Punk, jogou doces para o alto e comeu kiwis.
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    Após o tratamento para se livrar de um linfoma, o ator diz que a experiência com o câncer o fez pensar na possibilidade de ter filhos.
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    Gianecchini conta que mudou sua rotina. "Tento evitar o estresse, mas muitas vezes não dá. Só que não deixo durar muito." Além de alimentação regrada, pratica esportes. "Se antes eu já tinha cuidado com a saúde, agora, então, chego até a ser um pouco neurótico com o assunto."
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    TIJOLO E CIMENTO
    O diretor Caco Ciocler e os atores Chris Couto e Daniel Infantini receberam convidados na pré-estreia da peça "No Exit - Entre Quatro Paredes" anteontem no Sesc Santo Amaro. A apresentadora e atriz Luisa Micheletti estava na plateia da releitura do texto do francês Jean-Paul Sartre.
    HORA MARCADA
    O alemão Joerg Hofmann, presidente da Audi, com a mulher, Stefanie, e os designers de tecidos Attilio Baschera e Gregorio Kramer estiveram, anteontem, no lançamento de relógio em comemoração aos 60 anos da Osesp, na Sala São Paulo. O evento também contou com um concerto da orquestra.
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    CURTO-CIRCUITO
    O espetáculo "O Homem Que Fala", com direção de Celso Frateschi e atores do elenco dos Doutores da Alegria, estreia hoje, às 21h, no Ágora Teatro, na Bela Vista. 14 anos.
    O Marcos Paiva Trio apresenta repertório de Pixinguinha, hoje, às 22h30, na Casa de Francisca. 18 anos.
    O Palmeiras, antigo Palestra Itália, comemora hoje 71 anos da mudança de nome, com rodízio de pizza para convidados e sócios.
    A Carbono Galeria inaugura hoje a exposição "Julio Le Parc, Multiples - 1960 ~ 2013", com obras do pioneiro da arte cinética. Às 11h, em Pinheiros.

      Em 'protesto', Paulo Coelho desiste de Frankfurt - Raquel Cozer

      Escritor diz a jornal alemão que não aprova 'o modo como o Brasil representa sua literatura' no evento editorial alemão
      Segundo a Folha apurou, desistência ocorre após autor ter tido suas exigências negadas pelo Ministério da Cultura
      RAQUEL COZERCOLUNISTA DA FOLHAUma relação tensa entre Paulo Coelho e o comitê organizador da participação do Brasil como homenageado na Feira do Livro de Frankfurt, que começa na próxima quarta, culminou com a desistência do escritor de integrar a delegação do país no maior evento editorial do mundo.
      O autor de "O Alquimista" foi anunciado em março entre os 70 selecionados pelo Ministério da Cultura (MinC) para representar o país.
      Em entrevista a ser publicada amanhã num dos principais jornais alemães, o "Die Welt", ele diz ter desistido de participar por não aprovar "a forma como o Brasil representa sua literatura".
      "Falei com vários de meus colegas que não foram convidados, como Eduardo Spohr, Carolina Munhóz, Thalita Rebouças, André Vianco, Felipe Neto ou Rafael Draccon [...]. Tentei ao máximo conseguir que fossem. Sem sucesso. Então, em protesto, decidi não ir a Frankfurt", disse.
      Segundo a Folha apurou, no entanto, o motivo da desistência foi outro. Fontes ligadas ao comitê organizador dizem que Coelho esperava tratamento especial pelo fato de ser o autor brasileiro mais vendido no mundo e fez uma série de exigências que o MinC não atendeu.
      Entre outras coisas, queria ficar responsável pelo discurso de abertura --que será realizado por Luiz Ruffato e Ana Maria Machado-- e falar em auditório de mil lugares. Sua agente, Monica Antunes, desmente. "Tínhamos dois auditórios reservados, um da feira e um pago pela [editora alemã] Diogenes no hotel Maritim [em Frankfurt]." O MinC não se pronunciou.
      Coelho vai à feira, mas apenas para dar entrevistas a dois canais de TV alemães.
      Em 1994, quando o Brasil foi homenageado pela primeira vez na feira, ele ficou fora da lista de 20 nomes levados pelo MinC, que incluía Chico Buarque, Darcy Ribeiro e Ferreira Gullar. Foi extra-oficialmente e virou a maior atração do país no evento.
      POP
      Na entrevista ao jornal alemão, Coelho disse que "duvida" de que todos os 70 convidados sejam escritores, que conhece só 20 dos nomes e que "presumivelmente são amigos de amigos de amigos. Nepotismo". Procurado, não comentou as declarações.
      Os autores citados como ausentes por Coelho se dedicam a uma literatura comercial, com boas vendas.
      "Fenômenos de venda, como Ziraldo, Mauricio de Sousa e outros infantojuvenis, também constam da lista", diz Antonio Martinelli, coordenador da programação brasileira em Frankfurt, destacando ainda a seleção de nomes consagrados, como João Ubaldo Ribeiro e Nélida Piñon, e de novas gerações elogiadas pela crítica, como Luiz Ruffato e Daniel Galera.

        Painel das Letras - Raquel Cozer

        Tudo sobre Morrissey
        Um mês após Morrissey cancelar a publicação de sua própria autobiografia por "discordância de última hora sobre conteúdo", o lançamento foi confirmado pela mesma Penguin Classics com quem o cantor dizia ter se desentendido. Na Inglaterra, em setembro, a imprensa considerou o caso um "embuste". "Não há evidência de que o livro exista", escreveu o "Independent", informando que livreiros nem sabiam da obra. Agora, o título aparece só como e-book na pré-venda da Amazon, para dia 17. De todo modo, os brasileiros terão em breve a chance de saber mais sobre o ex-vocalista do Smiths em "Mozipédia", de Simon Goddard, que a LeYa planeja para novembro. Com mais de 500 páginas e dois cadernos de fotos, compila 600 verbetes sobre a banda e o enigmático cantor.
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        // MUITO ALÉM DE FREUD
        Referência na área de psicanálise, a britânica Karnac estreia no mercado brasileiro em 2014, com obras de autores mais recentes e menos conhecidos que Sigmund Freud (1856-1939), nomes como Donald Winnicott (1896-1971) e Wilfred R. Bion (1897-1979).
        A casa contratou como editor assistente o psicanalista e escritor Paulo Cesar Sandler, que optou por convidar especialistas na área, em vez de tradutores, para verter os primeiros títulos ao português.
        Uma pesquisa em institutos de psicanálise do país rendeu 52 nomes de profissionais com bons conhecimentos de inglês, francês ou italiano. O mesmo método está sendo usado para selecionar autores brasileiros.
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        INFANTIL De olho na Feira do Livro de Bolonha em 2014, a Dsop negocia com editoras italianas a tradução de Futebolíada', de Eloar Guazzeli e José Santos, sobre a Guerra de Troia decidida em campo; por aqui, sai neste ano
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        Poetinha Leia os livros, ouça as músicas, prove os petiscos. O centenário de Vinicius de Moraes, no dia 19, será comemorado no Paribar, em São Paulo, com músicas citadas por ele no livro "Jazz & Co." e petiscos de sua predileção presentes em "Na Cozinha com Vinicius". É uma parceria do bar com a editora Companhia das Letras e a Biblioteca Mário de Andrade.
        Pós-feira Terminada a Feira de Frankfurt, terreno fértil para a proliferação de best-sellers, editores de vários países debaterão em seminário na mesma cidade, de 13 a 15/10, formas de ampliar as vendas de livros menos pop, nas áreas de ciências humanas e sociais. Do Brasil, participam Ivana Jinkings (Boitempo) e Araken Gomes Ribeiro (Contra Capa).
        Teatro A obra de Gertrude Stein (1874-1946) cai em domínio público em 2017, mas a Iluminuras se antecipou. Lança em breve "O que Você Está Olhando", com organização e tradução de Dirce Waltrick do Amarante e Luci Collin. Na orelha, Sergio Medeiros destaca "o período fértil em experimentações com a linguagem" das peças reunidas, feitas de 1913 a 1920.
        A dedo "O Cheirinho do Amor - 30 Textos Escolhidos a Dedo" é o nome da coletânea que Reinaldo Moraes lança pela Realejo ainda neste ano, com colunas escritas para a revista masculina "Status" nos últimos três anos.
        Das antigas Depois de vender 30 mil cópias de "A Revolta de Atlas", romance de Ayn Rand publicado originalmente em 1957, a Arqueiro resgata outro título da autora russa, "A Nascente", de 1945. Está previsto para novembro.
        Horizontes A independente Alameda agora entrega na Europa. Contratou a espanhola Arnoia para distribuir seus livros por lá --em português mesmo, para brasileiros no exterior. Sairá mais rápido que comprar um título importado por lojas virtuais, já que os volumes são impressos sob demanda, sem precisar atravessar o oceano.
        Estreia Há dois anos no mercado, a nVersos estreia em Frankfurt com 28 títulos no estande brasileiro, incluindo o finalista do Jabuti em projeto gráfico "Luís Antônio - Gabriela", de Nelson Baskerville, em versão bilíngue, como três outras obras a serem apresentadas na feira.

          Drauzio Varella

          Os males do mundo
          Mais de 6% das doenças existentes são provocadas pelo cigarro. É a principal causa evitável de morte
          A mortalidade está em queda no mundo inteiro, exceto na Europa Oriental e em algumas partes da África.
          Já aconteceu no passado. Entre nossos ancestrais australopitecíneos, que surgiram na África há 4,4 milhões de anos, a vida acabava depressa: para cada 80 privilegiados que resistiam até os 15 anos, 79 morriam antes de completar 30 anos.
          Já no Homo sapiens, que viveu na Europa entre 44 mil e 10 mil anos atrás, metade dos que sobreviviam até os 15 anos chegava aos 30.
          Graças ao advento das vacinas, antibióticos, saneamento básico e à qualidade da alimentação, a expectativa de vida no século 20 duplicou em diversos países.
          Fatores de risco como cigarro, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade e nutrição inadequada, por via direta ou por ação indireta através da hipertensão arterial ou do diabetes, são os responsáveis pela maioria dos males que afligem as sociedades modernas.
          1) Cigarro
          A prevalência vem caindo nos países de língua inglesa, no norte e centro da Europa e na América Latina, tendência acompanhada da redução de mortes por câncer e doenças cardiovasculares. O aumento contínuo da mortalidade por câncer de pulmão entre as mulheres europeias reflete o fato de que em alguns países do sul e do leste europeu mais de 40% das mulheres fumam.
          No Brasil, cerca de 15% dos adultos são fumantes, número mais baixo do que nos Estados Unidos, e muito menor do que na Europa (com exceção da Suécia), no leste da Ásia e algumas partes da África. Nos países situados abaixo do deserto do Saara, a popularidade do cigarro é menor.
          Fumantes ativos e passivos pagam preço alto: 6,3 milhões de mortes anuais. Mais de 6% das doenças existentes no mundo atual são provocadas pelo cigarro. É a principal causa evitável de morte.
          2) Consumo de álcool
          Beber com moderação pode reduzir a incidência de problemas cardiovasculares e de diabetes, principalmente em pessoas com fatores de risco para essas enfermidades.
          Ingerir quantidades exageradas num único dia, no entanto, além de provocar acidentes, aumenta o risco de complicações cardiovasculares e cirrose hepática.
          Em países produtores de vinho, como Itália ou França, o consumo de álcool diminuiu nas últimas décadas, período em que duplicou na Dinamarca e Inglaterra e aumentou em países asiáticos como Japão, China e outros.
          O abuso de bebidas destiladas é a principal causa de doenças na Europa Oriental. Na Rússia e nos países da antiga União Soviética, ele é responsável por 30 a 50% das mortes de jovens e de homens de meia-idade.
          3) Obesidade
          Há associação clara entre obesidade e mortalidade geral. Ganhar peso aumenta o risco de diabetes, hipertensão, ataque cardíaco, derrame cerebral, câncer, insuficiência renal e artrite.
          São poucos os países em que o peso médio dos habitantes não aumentou. A prevalência global da obesidade duplicou entre 1980 e 2008. Em valores absolutos, os maiores aumentos ocorreram nos Estados Unidos, seguidos pela China, Brasil e México.
          A prevalência varia de 2% em Bangladesh a mais de 60% em algumas ilhas do Pacífico.
          O excesso de peso é responsável por cerca de 3,4 milhões de mortes anuais. A ele estão associadas patologias com baixas taxas de mortalidade, mas causadoras de períodos longos de incapacitação.
          4) Nutrição e dieta
          Estudos observacionais demonstram benefícios em reduzir a quantidade de sal e substituir as gorduras saturadas pelas poli-insaturadas. Dietas pobres em frutas, vegetais, grãos integrais, nozes, amêndoas e sementes acompanhadas de excesso de sal contribuem com 1,5% a 4% do total de doentes do mundo.
          5) Atividade física
          Já na década de 1950, os estudos mostravam os benefícios da atividade física. A energia gasta em movimento diminui drasticamente à medida que os países se urbanizam e se desenvolvem, fator que contribui decisivamente para o aumento das doenças degenerativas.
          Está em curso um período de transição epidemiológica. O mundo sai da fase das mortes precoces por doenças infectocontagiosas, para entrar em outra, caracterizada por maior longevidade, inversão da pirâmide populacional e alta incidência de doenças degenerativas.

          sexta-feira, 4 de outubro de 2013

          A pergunta não se calou: "Cadê o Amarildo?"

          Editorial: A pergunta não se calou

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          Quase três meses depois de noticiado o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, 43, surgem, tão lamentáveis quanto se poderia imaginar, as primeiras respostas para a pergunta "onde está Amarildo?".
          Sabe-se agora o deplorável desenlace do que aconteceu com o morador da favela da Rocinha, no Rio, em 14 de julho. Naquela noite, ele foi detido para averiguação por agentes da Unidade de Polícia Pacificadora local, para explicar supostos vínculos com traficantes.
          Segundo o Ministério Público, Amarildo foi torturado por policiais. Testemunhas afirmam que, na UPP da Rocinha, choques elétricos e sessões de asfixia com sacos plásticos fazem parte de estratégia repulsiva para tentar arrancar confissões de moradores.
          O ajudante de pedreiro teria morrido em decorrência dos métodos violentos a que foi submetido. Essa a conclusão do inquérito que indiciou dez policiais, inclusive o ex-comandante da UPP, pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver --o corpo de Amarildo continua desaparecido.
          Por indícios de ameaças a testemunhas, pediu-se a prisão preventiva de todos os suspeitos. Eles negam envolvimento no caso.
          É salutar que o indiciamento dos policiais tenha ocorrido. Trata-se de passo importante para atenuar a sensação de impunidade que viceja em relação aos abusos das forças de segurança no país.
          Seria ingênuo imaginar, contudo, que o fim do inquérito marque o início de nova etapa na atuação da polícia fluminense, ou que represente amadurecimento das instituições. Permanecem sem solução, por exemplo, as diversas denúncias feitas por moradores contra a UPP da Rocinha. Mas não é só.
          Durante manifestação de professores nesta semana, por exemplo, policiais foram filmados enquanto forjavam a posse de um morteiro por um jovem. O vídeo foi divulgado pelo jornal "O Globo".
          Confrontada com cenas como essas, a população levará tempo para deixar de ver em policiais uma inaceitável fonte de insegurança.
          Em prazo menor, no entanto, é possível dar uma resposta a Elizabete da Silva, viúva de Amarildo: "Quero que falem onde estão os ossos do meu marido. Só quero enterrar meu marido de forma digna". A pergunta segue no ar.

          Igor Gielow

          ANÁLISE - folha de são paulo
          Participação da ex-senadora na eleição presidencial de 2014 ainda não acabou
          IGOR GIELOWDIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
          Marina Silva foi derrotada de forma acachapante ontem no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas a narrativa de sua participação no pleito de 2014 ainda não acabou.
          Sem a sua sonhada Rede, Marina terá de decidir entre apresentar-se como uma injustiçada pela obsolescência do sistema de montagem partidária no país e abster-se do pleito de 2014 ou abraçar alguma das várias legendas que lhe oferecem abrigo.
          Ao escolher a primeira opção, Marina corre o risco óbvio de perda de momento. Se já não disparou de forma incontestável na esteira dos protestos de junho, as pesquisas mostraram que a ex-senadora tem potencial de atrair o voto opositor difuso e que rejeita o PSDB como alternativa à hegemonia petista.
          Assumindo a segunda hipótese, Marina enfrentará a acusação óbvia de que alugou uma legenda de ocasião e abraçou as mesmas práticas que diz denunciar. Ainda é difícil avaliar qual seria o impacto dessa decisão em sua base de apoio.
          No esquema das coisas, contudo, parece um preço relativamente pequeno a pagar. Marina sempre poderá alegar que foi vítima de uma conspiração de um sistema bizantino de cartórios justamente no ramo mais informatizado do Judiciário brasileiro.
          Mais difícil será ela obter tempo de TV, estrutura e palanques estaduais.
          No Palácio do Planalto, sorrisos. Se Marina não for candidata, não são poucos os que veem a possibilidade de a polarização PT-PSDB se formar já no primeiro turno e favorecer quem tem a caneta e a liderança nas pesquisas. Se ela o for, as dificuldades para meramente criar uma sigla podem apontar obstáculos à frente do pretenso "novo modo" de fazer política.
          Na oposição, notadamente os tucanos de Aécio Neves, preocupação. Marina levaria o pleito para o segundo turno, mas ao menos com a fotografia disponível a pouco mais de um ano da eleição, havia o risco de ser ela a desafiante de Dilma Rousseff.
          Além disso, entre os aecistas há a percepção de que seu candidato reúne condições de enfrentar o PT sozinho --ou acompanhado do governador Eduardo Campos (PSB), que por sua vez teoricamente pode avançar sobre o espaço de Marina se ela estiver fora do jogo.