sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Miley Cyrus chega à maioridade reposicionando sua marca com muito sexo

Vadia em construção
ISABELLE MOREIRA LIMA
FOLHA DE SÃO PAULO
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O que aconteceu com Miley Cyrus? Como se deu a transformação da garota doce e sorridente que deu vida à personagem infantil Hannah Montana no seriado da Disney (2006-2011) no furacão pelado e rebolativo de língua de fora? A pergunta ecoa na internet: nas redes sociais, nos sites de celebridades e até no Yahoo respostas.
As mudanças vêm sendo anunciadas há tempos. Mas foi neste ano que as ações de Cyrus se intensificaram: em dois meses, ela escandalizou com a performance de dança quase sexual no Video Music Awards da MTV, com o clipe em que aparece nua em cima de uma máquina de demolição e com um ensaio provocativo, os dois últimos assinados pelo polêmico fotógrafo de moda Terry Richardson.
Análise: De escândalo em escândalo, artista ganha mais espaço na mídia
"Senti que poderia finalmente ser a vagabunda que realmente sou", declarou no documentário "Miley: The Movement", exibido no começo do mês pela MTV norte-americana.

Miley Cyrus

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Robyn Beck/AFP/Facundo Arrizabalaga/Efe
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Miley Cyrus e Paul McCartney
Há quem ache que a cantora é um desastre pronto para acontecer, algo que lembra outras ex-atrizes-cantoras mirins como Lindsay Lohan e Britney Spears.
Artistas escrevem cartas abertas com críticas -- a cantora irlandesa Sinnead O'Connor disse que a indústria da música estava "a prostituindo" e Sufjan Stevens, músico hipster norte-americano, ao analisar a letra de "Get It Right", sugeriu que Cyrus estudasse gramática.
Enquanto eles falam, ela vende. Chegou ao topo da Billboard com 270 mil cópias de seu álbum "Bangerz" comercializadas nos dias seguintes ao lançamento. Tudo o que faz vira notícia e sua carreira segue firme.
Prestes a fazer 21 anos (dia 23 de novembro), Cyrus reposiciona sua marca. A mudança é estratégica.
O empresário Anderson Ricardo, que foi responsável pela carreira do cantor Luan Santana, diz que a transição de Cyrus é natural, a forma como acontece é que assusta. "Todo artista que faz carreira para o público teen, em um momento, vai querer se voltar aos adultos. Passei isso com o Luan. O modo como ela faz é que parece forçação de barra. Há pouco tempo, a gente a via na Disney. Agora, ela fez um clipe pelada em cima de uma bola", diz em referência a "Wrecking Ball".
O risco, na avaliação do empresário, é enorme. O público inicial fica vulnerável e o novo pode não comprar a ideia. "Ela foi muito radical."
A professora de marketing da ESPM Mariana Bussab concorda que a transformação é abrupta, mas considera que o "timing" pede. "O mercado infantil já era. Talvez fosse a única forma de se recolocar."
A polêmica, diz Bussab, pode ser um negócio em si. "A Madonna é rainha nesse sentido. E para quantas gerações ainda é ícone? É uma estratégia, a de ver o circo pegar fogo, que pode dar certo."
A professora de antropologia da USP Heloisa Buarque de Almeida vê a nova Miley Cyrus como um personagem. "É uma nova Hannah Montana, mas não mais a menina boazinha. Uma coisa que cola muito na mídia é a hipersexualização", afirma.
Almeida diz que a estratégia não é nova e que Cyrus negocia com as regras da indústria em que está inserida.
"Ela fez um tipo que deu certo, rendeu muitas temporadas de um seriado infantojuvenil. Para romper com ele, tem que ser radical porque a outra imagem colou."
Do ponto de vista da moda, a esquisitice que Cyrus apresentou no prêmio da MTV tem a ver com a contemporaneidade, e a nudez, com uma tendência fashion atual, a da não-roupa. A opinião é da consultora de moda e professora da Faculdade Santa Marcelina, Mariana Rocha.
"Não sei se a Miley vai impregnar o mundo do consumo. Funciona mais como susto, ruptura. Nesse sentido ela acertou", diz Rocha, que considera mais interessante o uso do politicamente incorreto que o bom mocismo.
"Antes, uma mulher para ficar adulta virava romântica. Hoje, é preciso esfregar a sexualidade na cara das pessoas. É excitante a ideia de arriscar a carinha de boa moça. Agora, o cabelo foi imperdoável. Ainda bem que cresce."
*
O ASSASSINATO DE HANNAH MONTANA
Veja o que a cantora Miley Cyrus está fazendo para provar que cresceu
1992
Nasce Destiny Hope Cyrus, filha do cantor country Billy Ray Cyrus
2001
Interpretou o primeiro papel na TV, na série 'Doc'
2006
Foi ao ar como Hannah Montana pela primeira vez em 24 de março. Os episódios da série tinham em média 4 milhões de espectadores, fazendo com que Miley Cyrus se transformasse rapidamente em febre infantil
2008
Em janeiro, mudou sue nome na Justiça de Los Angeles para Miley Ray Cyrus. Aos 15, faz ensaio para a revista norte-americana "Vanity Fair" em que posa coberta por um lençol de cetim em foto de Annie Leibovitz. A foto gera a primeira polêmica da carreira da cantora e atriz
2010
Lança clipe da música "Can't Be Tamed", que marca o momento da virada, em que aparece com roupa provocante e cabelão armado dentro de uma gaiola. Um vídeo mostra a cantora fumando um narguilé. A assessoria da cantora disse que a substância em questão era sálvia
2012
Manda fazer um bolo em forma de pênis para o aniversário do então noivo Liam Hemsworth e teve fotos em que brincava com o doce vazadas na internet. Corta os cabelos curtíssimos e adotou um tom loiro descolorido
2013
Cyrus faz menção ao ato sexual ao dançar com o cantor Robin Thicke em premiação da MTV e lança o clipe "Wrecking Ball" em que aparece nua e lambe sensualmente um martelo

ANÁLISE
De escândalo em escândalo, artista ganha mais espaço na mídia
ALBERTO PEREIRA JR.EDITOR DO "F5"Sinéad O'Connor clamou em uma carta aberta para que Miley Cyrus não deixasse a indústria prostituí-la. O conselho de quem já viveu no olho do furacão se transformou em mais uma das polêmicas e manchetes de sites, jornais e revistas que adotaram a ex-Hannah Montana como a próxima celebridade a ter a "queda" seguida.
Por ora, a cantora tem usado muito bem essa mídia espontânea -e devidamente calculada- para expurgar cada milímetro de seu alter ego mais famoso, a protagonista da série teen exibida entre 2006 e 2011. Assim, pode ressurgir como a "vagabunda" que, pasmem, sempre disse ser. Mudar sua imagem e vender mais discos.
Miley diz no "Saturday Night Live" que Hannah Montana foi assassinada. Vira manchete. Diminui progressivamente o comprimento de roupas e cabelo (moicano, raspado, descolorido, birotes, chifrinhos). Nova manchete.
Namora, noiva e depois termina romance com o galã de Hollywood Liam Hemsworth. Mais um título.
Compartilha nas redes sociais declarações sobre amor igualitário gay e pró-maconha. E diz que cocaína é "nojenta". Mais uma capa.
Junta-se a fotógrafos tarimbados como Terry Richardson, que também a dirigiu nua e toda rebolativa em cima de uma bola de demolição em um vídeo ("Wrecking Ball").
Emula as negras americanas que chacoalham seus traseiros como num stripclub, no VMA. É acusada de racismo e de degradar a honra de uma bailarina anã que participou do ato, embalado pelo lema: "Não podemos parar".
Bem calculada, essa Miley atrai a atenção do jovem adulto que não liga para o mundo cor-de-rosa das princesas, transgride a pasmaceira do pop teen e alimenta a indústria de celebridade. Preocupa os adultos. Mas tudo bem, de acordo com ela, após os 40 anos, eles não transam mesmo, precisam de alguma atividade. Não é Sinéad?

    José Simão

    folha e são paulo
    Bom dia, Timão! QUÉN, QUÉN!
    E os corintianos querem soltar os beagles e entregar o Pato pra cobaia. Trocamos 178 beagles por um pato!
    Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Bom dia, Ultimão! Quén, quén! Pato faz cavadinha, erra pênalti e elimina o Corinthians.
    Cavadinha com pé de pato? Cavadinha com pé de pato cava a cova do Corinthians. E um leitor me disse que a única cavadinha que corintiano sabe fazer é pra fugir da penitenciária! Rarará!
    E os corintianos querem soltar os beagles e entregar o Pato pra cobaia. É verdade. Já tem concentração de corintianos na frente do Instituto Royal. Trocamos 178 beagles por um pato!
    E ontem foi dia vinte e quaquatro! E eu acho que o Dida tá esperando até agora a bola que o Pato chutou.
    E eu acho que o Pato tá com aquela mão na cara até agora! Máscara da vergonha! Rarará!
    E o site tem a foto do Ceni segurando a faixa: "Fica Pato!" Rarará!
    E eu já disse que o Pato só fazia gol na filha do Berlusconi! E corintiano tá passando por cada uma. Um amigo meu corintiano foi pra 25 de Março e comprou de um chinês um pó pra ficar invisível. Mas o pó era falso: assim que ele saiu de casa, o vizinho cumprimentou com voz de pato: quén, quén.
    E o Pato não fez uma cavadinha, fez uma cagadinha! Rarará! Pato desarranjado!
    E de Pato passamos pra tucanos! Olha essa piada pronta: "José Serra usa termo cartel para criticar leilão de Libra". De cartel, os tucanos entendem. Isso que é opinião abalizada!
    E mais essa: "Alckmin cria o Dia Estadual do Ovo". Agora, vai. Fundamental importância! Só falta o dia do pinto. Dia Estadual do Pinto. Rarará!
    E aí o Alckmin quebra São Paulo e faz um omelete com os ovos! Rarará!
    E sabe por que os chineses ganharam o plé-sal? Porque o pré-sal é tão fundo mas tão fundo que eles vão extrair lá da China mesmo. Rarará!
    E o Timão virou o Quase Ultimão! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou como disse aquele outro: é mole, mas trisca pra ver o que acontece!
    O Brasil é Lúdico! Brasileiro escreve tudo errado, mas todo mundo se entende. Olha essa placa numa porteira: "VEDESE AUFASE". E em Salvador um cara botou um cartaz em cima dum sofá: "VEDIS". Deve ser o sofá do Mussum! Rarará!
    Nóis sofre, mas nóis goza!
    Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

      Barbara Gancia

      folha de são paulo
      Isolar ou não isolar? Eis a questão
      Alô, Haddad! Só tomando uns mé para engolir mais uma mudança na política das internações de dependentes
      Em um mundo ideal, tomates seriam os organismos mais indicados para servir de pi­loto de testes da indústria farma­cêutica. A ritalina, aquele remédio que é dado para crianças hiperati­vas, só seria receitado em casos em que se faz estritamente necessário, nunca como sossega leão. Que tal?
      Nos últimos anos, distúrbios co­mo o TDAH, TOC e a dislexia (difi­culdade de aprendizado de leitura que até ontem não era reconhecida por lei e excluía legiões de brasilei­ros do mercado de trabalho por fal­ta de acesso a diagnóstico e a méto­dos específicos de alfabetização) e a própria condição de dependente do álcool e de substâncias químicas começaram a ser tratadas à luz do dia. Problema é que em vez de a transparência prevalecer, quem dominou o debate foram a ideolo­gia e o mercantilismo.
      Ao contrário do que pensa Myres Cavalcanti, coordenadora de saúde mental da prefeitura, alguns dependentes precisam, sim, de inter­nações prolongadas. São casos ex­tremos, a minoria. Outros, cada ca­so é um caso, podem ser tratados tranquilamente em ambulatórios e conseguem trabalhar e funcionar em sociedade enquanto são trata­dos. No AME (Ambulatório Médi­co Especial) da Vila Maria, em SP, por exemplo, há um programa de acompanhamento de grande su­cesso.
      Outro modelo, em que o depen­dente de drogas ou álcool passa o dia, é o do Caps (Centros de Atenção Psicossocial). Além disso, se cada região tivesse um centro de emer­gência com um par de leitos em ca­da hospital e um psiquiatra para atender casos de surtos, nós já esta­ríamos bem munidos, certo, pre­feito Haddad? Governador Alck­min? Não seria mais preciso ficar discutindo qual o modelo ideal, se o das internações longas ou curtas, se o encaminhamento para hospitais, ambulatórios ou para a Ilha do Dia­bo na Guiana Francesa. Cada caso é um caso e deve ser contemplado como tal, se é que a gente quer mes­mo resolver e não ficar entrando e saindo de guerrinhas ideológicas.
      Em um mundo ideal, e naquele em que o Estado está inclusive dis­posto a atender mais gente com mais eficiência e por menos dinhei­ro, estes quatro modelos funciona­riam em conjunto a um programa perene de prevenção.
      Nesta semana, participei do lan­çamento da cartilha "Papo em Fa­mília" elaborada em conjunto com gente do calibre da nossa Rosely Sayão e dos estúdios da Maurício de Sousa Produções, seguindo as diretrizes estabelecidas pela Orga­nização Mundial de Saúde e patro­cinado pela indústria de bebidas (para quem eu presto serviços na forma de palestras sobre alcoolis­mo).
      Menor não pode consumir álcool porque suas sinapses ainda não es­tão formadas e, quanto mais cedo ele entrar em contato com a bebida, mais chances terá de desenvolver uma adição. Isso é fato. Como tam­bém é fato de que a melhor maneira de convencê-lo de que não pode in­gerir álcool é conversando em fa­mília desde cedo.
      Há uma pesquisa feita entre jovens tapuias indicando que ele confia mais nos pais do que nos amigos. Só que os pais não sabem conversar sobre certos temas mais tênues com seus filhos. Ou não se dão conta de que o exemplo dado em casa vale mais do que um mi­lhão de horas de blablablá. Ou não estão informados de que a conversa sobre a bebida deve começar a par­tir dos seis anos. Ou que amar é im­por limites e não ser um facilitador obsceno. Ou que estabelecer limites não significa moralizar nem a con­versa deve ocorrer de cima para baixo. Seja como for, viu, Haddad e Alckmin, educadores, pais, indús­tria, todo mundo: vamos apressar o passo?

      Michel Laub

      folha de são paulo
      O ponto final do cinema
      A série é tão espetacular assim que valha o esforço, numa época em que se tem pouco tempo para ler?
      É quase unânime que as séries de TV reúnem hoje o que há de mais talentoso no setor audiovisual, ao menos no caso americano. E que mobilizam de forma rara o público de ficção, vide o barulho provocado pelo final de "Breaking Bad".
      Não discordo, já que também me impressionei com o que vi de "Mad Men", "The Wire", "Roma" e da própria saga de Walter White. Apenas relativizo o discurso que vê nesses exemplos o fim do cinema como linguagem relevante.
      Na história da arte, toda mudança tecnológica/de suporte deixa para trás elementos suficientemente peculiares para terem seu valor reconhecido e cultivado. O teatro foi em tudo substituído por câmeras que registram cenas, menos na intensidade que um palco pode oferecer --a presença física dos atores, a intimidade da sala, a sensação de que aquilo nunca mais se repetirá daquela forma e naquelas circunstâncias.
      Dizem que a superioridade atual de "Breaking Bad" e congêneres é temática, porque Hollywood teria perdido a coragem de tratar determinados assuntos com determinados enfoques. Pode ser, mas o mundo não é só Hollywood e a arte narrativa não é feita só de enredo.
      Minha impressão é que o cinema sobreviverá menos por atributos técnicos, da textura da imagem em película ao som e tamanho de tela, cujos efeitos já são ou logo serão reproduzíveis em ambiente doméstico, do que por uma certa liberdade que seu formato permite.
      Ironicamente, é uma liberdade que começa com uma limitação: o tempo que dura um longa-metragem. Numa série, o que está em jogo é a eficiência. As coisas precisam andar para a frente, jogando iscas para que o espectador mantenha o interesse por várias temporadas ou maratonas de episódios.
      Há um investimento alto na trama, o que um filme não precisa ter. O espectador está ali por algo como duas horas, e o diretor pode manejar a disponibilidade fazendo a história ter pontos mortos, contemplativos, durante os quais são digeridas informações e sensações vindas das sequências mais movimentadas.
      Pode também fazer desses pontos a essência de sua obra. A duração menor de um filme permite testar a paciência e capacidade de concentração do público. Imaginem algumas das sinopses de títulos da Mostra de São Paulo, em cartaz agora na cidade, aplicadas a uma série que, como "Os Sopranos", durou nove anos.
      (Exemplo tirado do site do festival: "Fata Morgana", Áustria, 2012, é sobre dois amantes que "falam devagar, calmamente, procurando as palavras certas para seus demônios interiores", e "tudo se resume à impossibilidade de entender a si próprio, que dirá o outro").
      O que parece até charmoso de tão árido, integrando o folclore clássico de piadas com o cinema de arte, é o que faz do longa uma plataforma de experimentação e diversidade. Até em termos comerciais. É mais provável um sujeito do Uzbequistão financiar seu pequeno filme mudo sobre camundongos do que alguém conseguir algo parecido numa série da HBO ou da Sony.
      Mesmo em "filmes de enredo", gosto de saber que existe um ponto final próximo. Vi a primeira temporada de "House of Cards", tenho uma ideia razoável de quem é o (bom) personagem de Kevin Spacey e para onde ele vai, mas nada garante que eu esteja certo. Para tirar a prova, precisarei investir dezenas de horas acompanhando cada trama paralela conduzida por cada diretor convidado.
      A série é tão espetacular assim que valha o esforço, numa época em que se tem pouco tempo para ler, procrastinar trabalho, xingar os outros na internet? Tão melhor que um filme cujo argumento e condução são semelhantes, como "Ides of March", de George Clooney, e que me exigiu apenas uma caminhada distraída até a Augusta --durante a qual pensei no ser e no nada-- e um pacote de M&M's?
      Por precisar dar o ponto final, uma visão de mundo que seguirá repercutindo na memória e imaginação do espectador, o cinema busca conduzir trama, personagens, ambientação e sentidos de forma mais intensa e concentrada. É um desafio que, quando respondido à altura, nos dá a ilusão maravilhosa de conhecer um universo ou uma biografia completa num período tão curto.
      Tal concentração se opõe ao caráter folhetinesco das séries de modo análogo ao que a literatura moderna, lançando mão de atributos diversos, usou para se opor ao próprio e anterior caráter folhetinesco. Que era majoritário no século 19 e, outra ironia, começou a morrer quando surgiram os filmes.