terça-feira, 12 de novembro de 2013

Suzana Herculano-Houzel

folha de são paulo
Faxina noturna
Dormir é a solução para o cérebro prejudicado: deixa o órgão pronto para começar tudo de novo
Sabemos por experiência própria que o sono não é apenas "o outro" estado de funcionamento do cérebro, mas uma necessidade básica para que o cérebro trabalhe direito enquanto acordado.
Não dormir o suficiente traz fadiga mental, más decisões, dificuldade de aprendizado e risco aumentado de crises de enxaqueca e epilepsia --e a insônia completa e crônica ainda é capaz de levar tanto humanos como camundongos e até mesmo moscas à morte.
Por que o funcionamento normal do cérebro depende de sono e deteriora quanto mais tempo se passa acordado? A neurociência tem uma forte candidata a resposta, vinda do laboratório de Maiken Nedergaard, nos EUA: o sono seria necessário para que metabólitos (quer dizer, produtos do metabolismo normal do cérebro) potencialmente tóxicos sejam eliminados do cérebro.
O interesse inicial da equipe de Maiken Nedergaard era estudar o espaço intersticial do cérebro: o volume situado do lado de fora das células, por onde circula o líquido que banha as células e "lava" embora tudo aquilo que elas excretam, inclusive os tais metabólitos. Para estudar o espaço intersticial, a equipe injetava um corante que se espalhava por esse espaço no cérebro de camundongos acordados sob o microscópio.
O experimento devia ser um tanto monótono para os animais, pois estes acabavam adormecendo. Foi o que levou à descoberta: para a surpresa dos pesquisadores, o cérebro adormecido parecia ter uma torneira aberta de corante, que agora se espalhava rapidamente pelo espaço intersticial.
Investigando o fenômeno inesperado, a equipe demonstrou que a circulação de líquido pelo espaço intersticial é mínima no cérebro acordado, quando o espaço intersticial é reduzido. Mas a transição para o sono leva a uma expansão de 60% desse espaço, o que aumenta enormemente a circulação de líquido.
Na prática, o resultado é que a remoção de toxinas produzidas pelo funcionamento das células essencialmente só ocorre durante o sono; no cérebro acordado, com pouca circulação de líquido, elas vão se acumulando.
É fácil pensar em como o cérebro, acordado, deve ficar gradualmente prejudicado conforme se acumulam os produtos tóxicos do seu próprio funcionamento. Dormir parece ser a solução para o problema: um estado transitório, mas obrigatório, repetido todos os dias após um certo número de horas acordado. E que deixa o cérebro pronto para começar tudo de novo...

    Rosely Sayão

    folha de são paulo
    Menino Maluquinho
    O que antes não era considerado problema médico agora são doenças, transtornos e distúrbios
    A mãe de um garoto de nove anos pediu que eu a ouvisse a respeito das dúvidas que ela tem, no momento, sobre como conduzir algumas questões do filho. A história dela vai nos ajudar a refletir sobre como a lógica médica tem transformado nossas vidas e, principalmente, a vida dos mais novos.
    O garoto é inteligente e, na escola, produz bem. Suas notas são altas mesmo sem estudar nada em casa ou fazer as lições que a professora envia. A mãe quer que ele estude, faz o possível para que ele faça as lições, mas toda a paciência dela desaparece em minutos e eles terminam, invariavelmente, brigando quando ela se dispõe a acompanhar as tarefas do filho, pressionada que é pela sociedade para que haja assim.
    É que o garoto não para e nem presta atenção em nada: fica pulando de uma coisa para outra e, por isso, a tarefa que poderia fazer em minutos se arrasta pelo dia todo. E é assim que ele se comporta na escola. A mãe já foi chamada várias vezes pela professora e coordenadora por causa do comportamento agitado e ruidoso do filho. Da última vez, a escola sugeriu que ela o levasse a um médico, e ela atendeu. Saiu do consultório com um diagnóstico do filho e uma receita nas mãos.
    Ficou transtornada porque nunca considerou a possibilidade de o filho ter problemas médicos e foi à casa da mãe para desabafar. E ouviu o que a deixou agoniada. A mãe lhe disse que ela, quando criança, era igual ao filho. Também foi uma criança muito ativa e barulhenta e que deu muito trabalho mas, naquela época, não se costumava pensar que isso era sinal de alguma doença.
    Essa mulher é uma executiva de sucesso, disputada no mercado de trabalho e, segundo ela, uma de suas características profissionais que a impulsionou é justamente conseguir fazer bem várias coisas ao mesmo tempo. "Um traço meu, que meu filho parece ter herdado, nele é doença?", perguntou ela.
    Pois é: em outras épocas, crianças assim eram celebradas e não diagnosticadas. Quem leu "O Menino Maluquinho" deve lembrar-se de como Ziraldo o descreveu: "...Ele tinha o olho maior do que a barriga, tinha fogo no rabo, tinha vento nos pés, umas pernas enormes (que davam para abraçar o mundo)...".
    De lá para cá, cada vez mais as crianças deixam de ser consideradas "crianças impossíveis" por causa de seu comportamento, como era visto o Menino Maluquinho, e passam a ser crianças doentes, portadoras de síndromes dos mais variados tipos e que precisam de tratamento.
    O que antes não era considerado problema médico --insônia, tristeza, angústia etc.-- agora são doenças, transtornos, distúrbios, síndromes. A essa maneira de pensar é que chamamos de "Medicalização da Vida", e no mundo todo há movimentos que resistem a esse estilo. Na cidade de São Paulo, por exemplo, há um dia --11 de novembro-- dedicado à luta contra a Medicalização da Educação e da Vida.
    Por que a Educação está em destaque? Porque nunca antes vimos tantas crianças diagnosticadas e tratadas, seja por "problemas de aprendizagem" como por características de comportamento.
    É bom lembrar que o comportamento das crianças está em sintonia com o mundo em que nasceram, e que a aprendizagem humana é um campo muito complexo e diverso. Diagnósticos e tratamentos têm lidado com muito simplismo tais questões.
    Que voltemos a ter mais crianças impossíveis (que, com seu comportamento, alegram a casa, como o Menino Maluquinho) do que crianças consideradas doentes!

    Eliane Cantanhêde

    folha de são paulo
    No ringue
    BRASÍLIA - A relação entre Fernando Haddad e Gilberto Kassab passou ao largo do campo diplomático, saiu do estritamente político e descambou para um pugilato verbal. Ponto para a Folha, que escancarou o ringue e a tensão entre sucessor e sucedido, sem subterfúgios e sem intermediários.
    Na edição de domingo, Haddad disse, sem citar nomes, que encontrou uma situação de "descalabro" e de "degradação", com "nichos instalados e empoderados".
    Na de ontem, Kassab deu o troco, e não foi com luvas de pelica, mas de boxe. Para ele, além de o real "descalabro" ser o primeiro ano da gestão Haddad, o descalabro é duplo. E meteu no meio o final da gestão Marta Suplicy, da qual Haddad participou.
    Eles, que conhecem a prefeitura da maior e mais rica cidade brasileira, com um dos maiores orçamentos do país, que se entendam. Para nós, olhando de fora, ninguém tem ainda razão. A única certeza é que descalabro há, havia e, muito provavelmente, ainda vai continuar havendo. Mas quem é o pai dessa criança? E quem a embalou mais ou menos?
    Haddad, que precisa compensar a falta de jeito com o aumento do IPTU e a interferência do padrinho Lula, arroga-se o fato de ter criado a controladoria e de ter aberto todo o processo de investigação na sua gestão. Sem explicar, claro, onde entra o seu secretário citado na confusão toda.
    Já Kassab, que está mal na fita e na troca de socos, defende-se dizendo que os esquemas já vinham de administrações anteriores à sua (pois ninguém "se torna desonesto de uma hora para outra") e que as investigações começaram quando ele ainda era prefeito. Sem explicar, claro, a fita em que um dos envolvidos diz, em bom português, que ele mandou arquivar as denúncias.
    Quanto mais os dois se atacarem em público, mais os podres continuarão saindo. Só não vale, no final, Kassab apoiando Padilha e abraçado a Haddad e a Maluf --o grande e disputado aliado de ambos.

    Helio Schwartsman

    Folha de são paulo
    Justiça no futebol
    SÃO PAULO - A virtual vitória antecipada do Cruzeiro no Brasileirão traz à baila uma discussão recorrente: o campeonato por pontos corridos é melhor que o velho mata-mata? Parece haver certo consenso de que, embora a antiga fórmula nos reserve mais emoções, os pontos corridos são mais justos. Será?
    Minha impressão, amparada num pouquinho de matemática, é que seria impraticável desenhar uma competição capaz de medir com exatidão qual o melhor time e, assim, assegurar a justeza do campeonato. Na verdade, a dificuldade se coloca não apenas para o futebol mas também para a esmagadora maioria das modalidades esportivas. O problema de fundo é que essas disputas encerram uma dose muito alta de aleatoriedade.
    Imaginemos dois times e suponhamos que um deles seja ligeiramente melhor do que o outro, derrotando-o em 55% das disputas, descontados os empates. A questão é que, mesmo com essa superioridade, o mais fraco vence o mais forte em 9 de 20 partidas que não terminam com igual número de gols. Para eu poder afirmar qual é o melhor com segurança estatística (margem de erro de cinco pontos e intervalo de confiança de 95%), seria necessário que eles se enfrentassem nada menos do que 269 vezes (a conta é de Leonard Mlodinow e me foi confirmada pelo Datafolha).
    Se os atletas já reclamam do calendário do jeito que está, o que não diriam de uma final de 269 jogos?
    É certo que evitar semifinais e finais de um ou dois jogos já reduz o espaço do acaso, mas não há como ignorar que mesmo as 38 rodadas do Brasileirão, nas quais os times se enfrentam apenas duas vezes, são uma amostra pequena demais para dizer quem é o melhor. O objetivo de "fazer justiça", receio, é algo inatingível.
    O lado bom dessa história é que nós, os torcedores dos 19 times que não foram campeões, podemos dizer de boca cheia que o fato de o Cruzeiro ter vencido, a rigor, não significa nada.

    Táticas fora de lugar - Alba Zaluar

    folha de são paulo
    ALBA ZALUAR
    Táticas fora de lugar
    Se o objetivo dos "black blocs" não era o fim da política de pacificação, o efeito terá sido este. Acabou o sossego nas favelas ocupadas pelas UPPs
    A globalização é, de fato, um processo irresistível, até mesmo nas novas formas de protesto contra diferentes governos em diferentes contextos sociais no nosso vasto e lindo planeta. O problema é que a imitação fica descontextualizada.
    Os "black blocs", a Mídia Ninja, com seus múltiplos grupelhos, são contra a globalização, mas nada mais global do que seus nomes de super-heróis e suas táticas de "occupy", ditas sempre em inglês.
    Copiam a tática dos "black blocs" e "squatters" na Europa e nos Estados Unidos, mas não a finalidade política destes, que é o combate ao capital financeiro.
    Lá, ocuparam a City em Londres, Wall Street em Nova York, além de atrapalharem as reuniões do G8 e do Fórum Econômico Mundial. Tinham foco e coerência política.
    No Rio de Janeiro, sem nenhuma palavra de ordem, ocupam sempre a Cinelândia e a avenida Rio Branco, locais históricos das reuniões políticas na cidade. Em São Paulo, ficam na avenida Paulista ou no largo São Francisco, também locais de manifestações políticas na construção do Estado de Direito no Brasil.
    Nas duas cidades, atacam prédios tombados pelo patrimônio, destroem equipamentos urbanos fundamentais para os moradores, arrasam vidraças e terminais eletrônicos de algumas agências usados pelos modestos clientes de bancos, obstruem o trânsito por horas depois das passeatas pacíficas com veículos ou lixo queimados, objetos variados espalhados no meio da rua e a formação do bloco de confronto com a polícia, impedindo que trabalhadores cheguem em casa para seu sono reparador.
    O maior objetivo de tais grupos, segundo suas declarações, é impedir a realização da Copa e da Olimpíada, que movimentam a economia das cidades e do país. Em vez de fazerem críticas pontuais aos erros cometidos na montagem dos eventos, querem que se jogue fora tudo o que já foi construído e gasto para realizá-los. Afirmam que combatem o capitalismo, inimigo maior da humanidade, mas escolheram alvos no mínimo deslocados.
    No Brasil, estamos na fase de consolidar a democracia, os direitos sociais tão importantes para combater a desigualdade, o respeito ao bem público, o acatamento ao espaço público ainda mal definido, mal compreendido e pouco respeitado.
    Não é a hora de impor mal-alinhavadas ideias sobre uma suposta sociedade futura sem mercado, sem Estado, portanto sem tudo que sabemos fazer parte da democracia. Tanto é que, na hora do sufoco, quando são presos, se valem das instituições que funcionam a ponto de defender e libertar aqueles que as atacam sempre.
    Ainda bem que o Estado democrático de Direito está se consolidando no Brasil e suas instituições ainda não foram desconstruídas como propõem Foucault, Negri e outros ideólogos do neoanarquismo.
    Há também as consequências não intencionadas. Entre elas, o aumento da criminalidade nas duas cidades, cuja curva de inflexão se deu justamente a partir de julho, quando a tática da violência esvaziou as manifestações populares.
    No Rio de Janeiro, jovens usuários de drogas e pequenos repassadores estão sendo pagos para participar "quebrando tudo". E os traficantes, com o moral reforçado e o espírito de luta recuperado, tentam reaver o domínio territorial perdido, reacendendo a guerra entre os comandos e destes com a polícia.
    Se o objetivo da tática não era o fim da política de pacificação, o efeito terá sido este. Acabou o sossego dos moradores de favelas ocupadas pelas UPPs. O tiroteio voltou.

    Vladimir Safatle

    folha de são paulo
    A ópera e seus fantasmas
    Principal equipamento cultural da cidade de São Paulo, o Theatro Municipal é, há alguns meses, objeto de polêmica. As razões são estas: denúncias de corrupção e propostas de modificações em seus corpos artísticos estáveis.
    Como maior patrimônio cultural da metrópole, palco de alguns dos mais importantes momentos da cultura brasileira, o destino do Municipal é algo que não interessa apenas a artistas e músicos, mas a todos os cidadãos.
    Nos últimos meses da gestão passada, o sr. Gilberto Kassab resolveu aprovar a criação de uma fundação que seria responsável pela gestão não apenas do Municipal, com suas orquestras, seus corais, seu corpo de baile e seu quarteto de cordas, mas também de escolas como o Conservatório Municipal e a Escola de Dança. Todo o processo foi obscuro, sem participação da sociedade e discussão aprofundada.
    Durante anos, boa parte dos músicos e professores viveram em regime inacreditável de precarização, com contratos de apenas três meses, periodicamente renovados. Obras como a da Praça das Artes chegaram a ter o fosso dos elevadores inundado após apenas alguns meses de sua entrega. Tudo isso demonstra a maneira inadequada com que as questões referentes a um dos corações da produção cultural da cidade foram cuidadas.
    Nesse momento, denúncias de corrupção contra o Coral Paulistano aparecem. Elas merecem ser tratadas da maneira mais dura possível. Há, no entanto, uma sobreposição de problemas em que tais denúncias parecem colonizar os debates a respeito do destino tanto do coral quanto da Orquestra Experimental de Repertório (OER). Certamente, não é bom que isso ocorra.
    O Municipal tem agora o projeto de se transformar em uma casa lírica de referência. Tal projeto só pode ser bem-vindo, já que, de fato, a cidade de São Paulo se ressente de tal ausência. Mas isso não implica, necessariamente, desconhecer a natureza historicamente multifuncional de um espaço com vários corpos estáveis.
    Corpos como o Coral Paulistano e a OER desempenham funções de extrema importância, como produzir encomendas para compositores nacionais, apresentar repertório contemporâneo desconhecido do grande público e fazer pesquisas sobre música brasileira. Sucateá-los ou fundi-los não parece a melhor solução.
    Um dos principais pontos do programa de cultura da atual gestão era a "democratização do Theatro Municipal". Isso significava que as decisões relativas ao Municipal seriam tomadas levando-se em conta todos os atores envolvidos em suas atividades. Esse é o melhor momento para mostrar que tais palavras não são letra morta.

    Mônica Bergamo

    folha de são paulo

    STJ retoma julgamento do pedido de pensão da ex-primeira-dama Rosane Collor

    Ouvir o texto

    O STJ (Superior Tribunal de Justiça) retoma hoje o julgamento do pedido de pensão da ex-primeira-dama Rosane Collor. Ela quer continuar recebendo 30 salários mínimos mensais (cerca de R$ 20 mil) do ex-presidente Fernando Collor, além do direito sobre imóveis estimados em R$ 950 mil.
    TUDO PARADO
    O caso pode firmar jurisprudência sobre uma tese defendida por Rosane que é relativamente nova nos tribunais: ela pede o pagamento de "alimentos compensatórios". Sustenta que foi obrigada a não trabalhar pelas circunstâncias de o ex-marido ser presidente da República quando eram casados.
    EMPATE
    A tese abre a possibilidade de pagamento, já que um simples pedido de pensão seria provavelmente negado a ela. Por ser jovem, era grande a possibilidade de o STJ entender que a ex-primeira-dama pode trabalhar e não precisa de pensão. A questão agora é ao menos polêmica: a votação está empatada em um a um. Outros três magistrados devem votar hoje.
    PONTO FINAL
    Ivo Herzog, presidente do Instituto Vladimir Herzog, está deixando o conselho da Fundação Padre Anchieta, por sérias divergências com a atual gestão da TV Cultura.
    FELIZ NATAL
    Donos de pequenos negócios estão com boa expectativa para o fim de ano. Segundo pesquisa do Sebrae, 96% acreditam que vão aumentar ou manter o faturamento até dezembro. E 98% deles esperam estabilidade ou crescimento nos empregos. As taxas são melhores que as registradas em 2012 --94% e 97%, respectivamente.
    FELIZ NATAL 2
    Para Luiz Barretto, presidente do Sebrae, o bom desempenho que as empresas tiveram durante o ano influencia o otimismo.
    DEBAIXO DOS CARACÓIS
    A cantora Simone recebeu convidados como Marina Lima na estreia do show "É Melhor Ser", no Complexo Ohtake Cultural. A atriz e dramaturga Denise Stoklos, a atriz Tuna Dwek e o estilista Lino Villaventura, com a mulher e sócia, Inez, estiveram no evento. O casal de empresários Claudio Pessutti e Helena Caio e a apresentadora Mariana Kupfer também passaram por lá.

    Show da cantora Simone

     Ver em tamanho maior »
    Bruno Poletti/Folhapress
    AnteriorPróxima
    A cantora Simone recebeu convidados na estreia do show "É Melhor Ser", no Complexo Ohtake Cultural
    OPERAÇÃO ABAFA
    Além de dar "um tiro" num aliado potencial do PT ao deflagrar a operação que prendeu fiscais suspeitos de corrupção na gestão de Gilberto Kassab (PSD-SP), o prefeito Fernando Haddad é criticado por dirigentes paulistas do partido por outro "efeito colateral": tirar das manchetes o escândalo do metrô de SP, que atinge o PSDB.
    OPERAÇÃO ABAFA 2
    Os mesmos dirigentes, em almoço na semana passada, afirmavam, contrariados, que Haddad teria que resolver o "dilema patológico" de "ser prefeito ou ser policial". A opinião foi compartilhada com a Folha no momento em que o encontro de descontentes era realizado.
    CENOURA E BRONZE
    Ronaldo segue em temporada em Londres com a namorada, a DJ Paula Morais, de onde mantém o olho nos negócios. O ex-craque continua em tratativas, por exemplo, para adquirir os direitos de publicação da revista "Playboy" no Brasil.
    FOGO AMIGO
    Filho do bispo Edir Macedo, Moysés Macedo criticou a Record e a Globo anteontem no Twitter. Ele, que é assessor da vice-presidência na emissora do pai, escreveu --e apagou o texto horas depois-- que os dois canais são "lixo puro". E que o "SBT só não está pq o jornalismo é inexistente" (sic). A Record não comenta o assunto.
    ARQUIVO
    E a emissora de Silvio Santos foi inocentada no caso de dois garotos que, imitando um mágico que apareceu no programa de Gugu Liberato, atearam fogo às próprias vestes. Uma das crianças teve queimaduras em 30% do corpo e até hoje, dez anos depois, tem sequelas. O STJ entendeu que, apesar da tragédia, não era possível estabelecer nexo de causalidade entre os fatos.
    VISTA MUSICAL
    Os atores Reynaldo Gianecchini, Alessandra Negrini e Thalles Cabral foram ao camarote do festival de música Planeta Terra, realizado no sábado, no Campo de Marte, em São Paulo. A banda inglesa Blur e a cantora americana Lana Del Rey foram algumas das atrações.

    Festival Planeta Terra

     Ver em tamanho maior »
    Greg Salibian/Folhapress
    AnteriorPróxima
    A atriz Alessandra Negrini foi ao camarote do festival Planeta Terra, realizado no sábado (9), no Campo de Marte
    CURTO-CIRCUITO
    Duca Leindecker autografa "O Menino que Pintava Sonhos", hoje, às 19h, na Fnac da avenida Paulista.
    Hebe Camargo é homenageada em mesa decorada criada por João Armentano para mostra que abre hoje no D&D Shopping.
    A Secretaria de Educação de Santo André capacita professores neste mês para o ensino da cultura indígena nas escolas municipais.
    A Timberland celebra 40 anos com festa para convidados, hoje, na Cartel 011.
    com ELIANE TRINDADE, JOELMIR TAVARES, ANA KREPP e MARCELA PAES
    Mônica Bergamo
    Mônica Bergamo, jornalista, assina coluna diária publicada na página 2 da versão impressa de "Ilustrada". Traz informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999.