Uma inovação em vacina para cães
Uma única injeção protegendo cães contra o vírus da raiva e com ação anticoncepcional é a proposta de pesquisa na Universidade Thomas Jefferson, na Filadélfia, EUA.
O professor Milosz Faber, do departamento de imunologia, recebeu bolsa de US$ 100 mil da Fundação Bill e Melinda Gates para estudar a viabilidade da produção de uma vacina que combata a raiva e evite o aumento da população canina.
A pesquisa tem por base o emprego de uma variante do vírus, não patogênica, que induz resposta imune para o vírus da raiva e inibe a liberação de gonadotrofina, hormônio que estimula os ovários.
Pasteur introduziu a vacina antirrábica em 1885 e já em 1890 muitas cidades no mundo, entre elas São Paulo, dispunham do imunizante.
Ao longo dos anos, a vacina vem sendo aperfeiçoada para evitar efeitos colaterais.
As contínuas campanhas de vacinação de cães vêm proporcionando diminuição de casos de raiva de transmissão canina (há também a transmissão por morcegos).
Em 2013, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, apenas Brasil e República Dominicana notificaram casos de transmissão da doença, mas somente três foram confirmados.
Com as campanhas e o reconhecimento pela população da importância dos cuidados preventivos, sanitaristas vislumbram a possibilidade de eliminar até 2015 a raiva humana transmitida por cães nas Américas.
Julio Abramczyk, médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico. Na Folha desde 1960, já publicou mais de 2.500 artigos. Escreve aos sábados na seção 'Saúde'.
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